segunda-feira, 26 de maio de 2014

capitulo 2

João: Vamos deixar o trabalho de lado e vem cá. –Dei outro beijo nela. Ficamos nos beijando e dançando ao mesmo tempo. Paramos o beijo mesmo com a pouco luz eu vi que seu rosto estava corado-. Que foi?
Clarice: Nada.
João: Vergonha de que? –Coloquei uma mecha de cabelo dela atrás da orelha.
Clarice: Bobeira minha.
João: Deixa de graça. –Sorri maroto.
Clarice: Só fico com vergonha.
João: De mim?
Clarice: Claro.
João: Sou tranqüilo.
Clarice: Sei bem. –Ficamos curtindo o restante da noite juntos.
Tati Narrando

Eu havia amado a nova casa, o meu novo quarto, mesmo com saudades dos meus amigos eu poderia me acostumar a morar ali. Só demoraria um pouco mais a me acostumar com esse frio. Meu Deus que lugar horrível de frio. Eram quase 2 horas da manhã quando resolvi desligar a TV e for para o quarto dormir.
Cheguei a meu quarto, fechei a janela e a porta. Deitei na cama, me cobri com o edredom e dormi feito um anjinho.
Sábado e Domingo praticamente se arrastaram. Passei os dois dias em casa terminando de ajudar minha mãe na arrumação da casa e no PC conversando com os meus antigos amigos. No outro dia haveria meu primeiro dia de aula no colégio Drummond e eu estava morrendo de ansiedade. Fiquei assistindo uma maratona de The Big Bang Theory e acabei pegando no sono no sétimo episódio.
Ainda bem que havia posto o meu celular para despertar no dia seguinte senão haveria perdido a hora.
Acordei meio sonolenta ainda, fui para o banheiro, tomei um banho de 15 minutos somente para acordar. Fiz minha higiene matinal. Sai do banho enrolada na toalha, escolhi a minha roupa e me vesti. Fiz um make não muito exagerado, ajeitei meu cabelo, arrumei minha mochila com dois cadernos e desci às escadas. Meus pais estavam tomando café na cozinha.
Tati: Bom dia.
Lívia (mãe): Bom dia filhota. Animada?
Tati: Ansiosa.
Marcos (pai): Então come logo para não se atrasar. –Sentei-me à mesa e tomei meu café. Subi as escadas, escovei os dentes e desci.
Marcos: Vamos?
Tati: Aham.
Lívia: Boa sorte para vocês. –Eu e meu pai saímos de casa. Também era o primeiro dia de trabalho do meu pai. Ele tirou o carro da garagem, entrei e fui observando o caminho inteiro até o colégio. Ele parou o carro em frente ao que parecia ser meu novo colégio.
Marcos: Quer que eu entre com você?
Tati: Não precisa, eu me viro.
Marcos: Tudo bem. Boa sorte.
Marcos: Tudo bem. Boa sorte.
Tati: Obrigado. –Peguei minha mochila e sai do carro. Entrei no colégio junto com alguns outros alunos. Tinha gente por todos os cantos e fiquei totalmente perdida.
Quando seus pais disserem que vão se mudar no meio do ano e eles disserem que você vai com eles para outro estado se joguem no chão e chorem eternamente. É uma bosta. Você fica confusa. Você tem que aprender tudo de novo. O caminho da escola, o caminho da padaria, onde é a pracinha, o shopping mais próximo. É como se você voltasse a ser bebê.
Andei pelos pátios procurando alguém que me pudesse da algum tipo de informação. O sinal bateu e eu não achei ninguém que pudesse me ajudar.
Xxx: E você deve ser a Tatiana. Acertei? A aluna nova? –Parou um homem na minha frente. Mais velho que eu. Não tanto, mas era.
Tati: Sou eu sim.
Xxx: Venha comigo, sou o Daniel, seu novo professor de Física. A Diretora está cheia de serviços e como eu seria o primeiro professor a te dar aula ela me pediu que te ajudasse com as coisas da escola.
Tati: Ah muito obrigado. –Sorri-. Eu estava já pirando.
Daniel: Terceiro Ano acertei?
Tati: Sim. –Fomos andando até a minha sala que ficava no Segundo Andar. Ele também me mostrou no caminho onde ficava a quadra e o banheiro feminino.
Chegamos a minha sala e o pessoal falava, ria, cantava, uns escreviam no quadro. Não eram muitos alunos, no máximo 20.
Daniel: Bom dia classe.
Turma: Bom dia. –O pessoal rapidamente sentou.
Daniel: Me deixa apresentar. Essa é a Tatiana, ela se mudou pra cá recentemente e vai ficar conosco aqui. –Vi que alguns meninos sorriam e falavam entre si-. Ali atrás da Nathalie tem lugar. Importa-se de ficar atrás?
Tati: Sem problema algum. –Fui andando até o lugar que ele me indico.
Daniel: Meninos finjam pelo menos discrição. –A turma inteira riu. Sentei em meu lugar e peguei um caderno e meu estojo-. Bom turma vamos iniciar nossa aula e fingirmos que temos educação. –Eu e algumas pessoas rimos. Ele parecia ser um professor legal. Logo ele começou a explicar as matérias. Me perguntou algumas coisas do meu antigo colégio, se eu já havia aprendido as coisas que ele passava ou não. Depois veio a professora de português que era particularmente um saco. A voz dela me irritava já. No final do último tempo a garota que sentava na minha frente virou pra trás e sorriu pra mim.
Nathalie: Sou a Nathalie.
Tati: Tatiana, ou só Tati.
Nathalie: Era de onde?
Tati: São Paulo.
Nathalie: E como é lá?
Tati: Legal.
Nathalie: Já foi no São Paulo Fashion Week?
Tati: Não, mas tenho vontade.
Nathalie: Também tenho vontade. Quantos anos têm?
Tati: 17 e você?
Nathalie: 18. Essa aqui oh é a Nanda. –Ela apontou para uma menina que estava em uma fila ao lado da nossa. A menina sorriu e deu um tchauzinho.
Tati: Ah sim. –Sorri de volta. Ela foi me apresentando às pessoas da sala e logo o sinal para o intervalo tocou. Desci às escadas junto com ela e a Nanda.
Nanda: E ai Tati tem irmãos?
Tati: Não.
Nathalie: Feliz é você.
Tati: Ah não ter irmãos é tão chato.
Nathalie: Ah é um saco ter que dividir.
Nanda: Pow divido de boa com o seu irmão.
Tati: Ele já é velho?
Nathalie: Três anos só a mais que eu.
Nanda: Uma delícia que só menina.
Tati: Ui. –Ri.
Nathalie: Aff. –Sentamos em uma das mesas e ficamos conversando. Elas foram me falando do pessoal dali. Até que o sinal tocou. Voltamos para sala, conversamos o restante das aulas inteiras.
Assim que o sinal tocou para saída sai junto com as meninas.
Nanda: A gente podia marcar de sair agora a tarde.
Tati: Para onde?
Nathalie: Tem nada para fazer né? Ah vamos lá pra minha casa.

Nanda: Ah vamos.
Tati: Onde é?
Nathalie: Vai com a Nanda. Ela sabe onde é.
Nanda: Só me fala o endereço. –Dei meu endereço pra elas.
Nathalie: É uma rua antes da minha.
Nanda: É pertinho do meu prédio também. –Fomos saindo do colégio.
Tati: É a terceira casa da rua.
Nanda: Pode deixar. Passo lá 14 horas.
Tati: Ok.
Nathalie: Meu irmão chegou. Vão de carro comigo.
Nanda: Uh se for pra ver aquele gato eu aceito.
Nathalie: Para de ser tarada Nanda. Ele nem é tudo isso.
Nanda: Porra!
Nathalie: Vem com a gente Tati, ele te deixa lá.
Tati: Nem precisa, vai incomodar ele.
Nathalie: Que nada. Vamos! –Elas me puxaram até um carro. Entramos no carro e sentamos as três atrás. Tinha dois garotos no carro. O que estava dirigindo e um outro no banco do carona.
Xxx (1): Oi meninas. –Disse o menino que estava no carona.
Nathalie: Ah deixa eu apresentar. Meninos essa é a Tati. Entrou no colégio hoje.
Xxx (2): Oi. –Ele me olhou pelo retrovisor e sorriu.
Tati: Oi. –Sorri.
Nathalie: Esse que ta dirigindo é o meu irmão, o João, o outra é o Juca.
Juca: Prazer.
Tati: Prazer.
Nathalie: Ela mora na rua do Juca.
Juca: Na minha rua? Como eu não vi esse monumento antes?
Nanda: Meu Deus Juca racha mais a cara.
Nathalie: Se você tivesse passado o final de semana na sua casinha linda em vez de ir atazanar na minha casa teria notado.
Juca: Bem que a minha mãe disse. Ela deve ter se mudado pra casa da Belle.
João: Ótimo agora você vai poder parar de ficar se lamentando que ela foi embora. –Eu estava morrendo de vergonha.
Nathalie: Sejam mais discretos meninos, por favor.
Juca: Que isso Nathy. –Ele riu. Logo chegamos na minha rua e o João parou com o carro em frente a minha casa.
Tati: Muito obrigado pela carona. Vejo vocês mais tarde meninas.
Nanda: Passo aqui daqui a pouco. –Sai do quarto, entrei em casa e a minha mãe estava descendo as escadas.
Lívia: Já fez amigos?
Tati: Duas meninas do colégio.
Lívia: Só toma cuidado na hora de escolher as amizades ein.
Tati: Pode deixar mãe.
Lívia: Eu vou dá uma saída e mais tarde eu volto.
Tati: Está bem.
Lívia: Se for sair quero você em casa antes da 17 horas ta?
Tati: Ta. –Fui para o meu quarto, tirei a roupa que fui para o colégio, tomei um banho, coloquei uma roupa de ficar em casa e fui almoçar. Comi a comida com um copão de coca-cola. Fui para o meu quarto, liguei o PC e fiquei mexendo em minhas redes sociais. Vi que tinha solicitação de amizade da Nanda e da Nathalie. Quando foi umas 13:30 fui me arrumar. Coloqueiessa roupa, fiz um make básico, passei hidratante corporal, deixei meu cabelo solto com uma trança de lado como mostra a imagem e prendi com um lacinho. Coloquei minha Melissa, passei perfume, coloquei meus acessórios e estava pronta. Faltando 5 minutos para às 14 horas. A Nanda chegou lá em casa. Fomos andando conversando até a casa da Nathalie. Chegamos à frente da casa dela e a Nanda tocou a campainha.
Logo a Nathalie saiu.
Nathalie: Vamos à pracinha.
Tati: O que tem lá?
Nathalie: Gatos.
Nanda: Uiui. –Ri.
Fomos andando até que chegamos à pracinha. Compramos um sorvete e ficamos na pista de skate olhando os meninos andarem.
Nathalie: O Matheus não vai vir aqui não?
Nanda: Não sei ainda não o vi.
Tati: Quem é Matheus?
Nathalie: Um amigo nosso, depois a gente te apresenta pra ele.
Fiquei ali na pracinha com as meninas até umas 17 horas e depois fui embora.
João Narrando

Até que essa amiga da Nathalie e da Nanda era bonitinha, o Juca durante o almoço não parou de falar dela um minuto. Voltei para o trabalho e a Clarice já estava em sua mesa fazendo as coisas dela.
João: Boa tarde.
Clarice: Boa tarde. –Ela sorriu tímida e voltou a fazer suas coisas.
Ela era uma menina legal, me simpatizei com ela e agora que a conheço um pouco melhor vamos ver no que isso vai dar.
Sentei em minha mesa e comecei a fazer as notas que estavam lá.
Era um saco trabalhar ali, não que o trabalho seja ruim é que a Clarice não gosta de conversar durante o trabalho. O chefe às vezes até desconfia da gente, mas tem câmera então ele sabe que a gente vai lá realmente para trabalhar.
João: Clarice...
Clarice: Oi.
João: Vamos sair hoje à noite?
Clarice: Para onde?
João: Cinema.
Clarice: Estou sem grana. Foi mal. O patrão ainda não pagou.
João: Eu sei, mas eu estou te convidando e eu pago.
Clarice: Não vou fazer você gastar seu dinheiro. –Ela disse sem parar o que estava fazendo no PC.
João: Ah vamos, só um encontro.
Clarice: 19 horas te dou a resposta.
João: Não judia vai.
   continua

domingo, 18 de maio de 2014

capitulo 3

Clarice: Pensar no seu caso. –Ela sorri. Dei um sorriso e voltei a trabalhar.
Assim que tocou o sinal para sermos dispensados às 19 horas em ponto. Juntei minhas coisas, coloquei minha mochila nas costas.
João: Quer carona?
Clarice: Não precisa. Eu vou de ônibus mesmo.
João: Ah que isso vamos. Te dou uma carona.
Clarice: Não. –Ela pegou sua bolsa e foi saindo
João: E a nossa saída ainda está de pé?
Clarice: Está sim. –Ela sorriu tímida.
João: 20:40 posso passar na sua casa?
Clarice: Tudo bem.
João: Dá tempo de se arrumar né?
Clarice: Aham. –Ela sorriu.
João: Vem te dou uma carona. –A segurei em sua mão e saímos da empresa.
Clarice: Você já vai ter que me buscar, não quero te incomodar.
João: Não é incomodo. –Passamos pelo portão e vimos o Juca de xaveco com umas das funcionárias da empresa. Ela até era bonita. Ele me deu um tchau em sinal que eu podia ir. Entramos em meu carro que estava no estacionamento.
Liguei o rádio do carro e estava tocando uma música animada.
Fomos conversando até chegarmos à casa dela.
Clarice: Então, até mais tarde.
João: Até mais tarde. –Sorri. Ela ia sair do carro só que eu segurei sua mão.
Dei um beijo nela calmo e com carinho. Ela correspondeu no mesmo ritmo. Alguns minutos depois de beijo fomos parando com selinhos.
Clarice: Até. –Sorrimos e ela saiu do carro.
Fui pra casa rapidamente. Cheguei em casa e joguei as chaves em cima da mesa de centro. Subi para o meu quarto. Já eram 20 horas. Fui logo me arrumar.
Clarice Narrando

Assim que entrei em casa a Thalia já veio na minha direção sorrindo.
Thalia: Vai me dizer que quem te trouxe em casa foi o João?
Clarice: Certo.
Thalia: Não acredito. –Ela deu pulos de alegria.
Clarice: Menos Thalia, quase nada.
Thalia: Aquele gato ficou contigo na balada, no outro dia você saem, agora ele te traz em casa. Com certeza ele ta afim de você. Tem noção prima? É João Pedro Rangel que te trouxe em casa. Na época de colégio todas as meninas eram doidas pra ficar com ele e ele era tipo super seletivo.
Clarice: Legal. –Sorri.
Thalia: Não sente nada por ele?
Clarice: A gente se fala praticamente somente há 3 dias só acho.
Thalia: Mas trabalham juntos.
Clarice: É eu sei. Deixa-me ir que eu tenho que me arrumar.
Thalia: Aonde vai?
Clarice: No cinema. –Sorri de felicidade.
Thalia: AAAAh! Eu sabia que você tava afim dele.
Clarice: Deixa baixo. –Ri tímida. Fui para o meu quarto. Sentei na cama. Eu desde que conheci o João tive uma queda por ele, mas como ele não me dava ideia e eu era tímida demais para falar com ele.
Peguei minha roupa e fui para o banheiro. Tomei um banho de 15 minutos, me vesti e voltei para o meu quarto. Coloqueiessa roupa, fiz um make básico não muito trabalho, um penteado no cabelo como indica no look. Passei perfume e coloquei meus acessórios. Ouvi batidas na porta e a abri. Era a minha tia, irmã da minha mãe e mãe da Thalia.
Vera: Oi, a Thalia avisou que iria sair. O seu amigo está te esperando lá embaixo.
Clarice: Ah sim. –Peguei minha bolsa e fui para a sala com a minha tia. O João Pedro estava lindo me esperando.
João: Oi de novo. –Ele sorriu.
Clarice: Oi. –Sorri.
João: Vamos?
Clarice: Sim. Tia eu não vou chegar tarde. –Saímos da casa.
João: Ta linda. –Ele colocou uma mecha de cabelo meu atrás da orelha e me deu um selinho.
Clarice: Obrigado. –Sorri. Entramos no carro dele.e fomos para o shopping. Chegando lá, ele deixou o carro no estacionamento e entramos no shopping de mãos dadas.
João: É estranho.
Clarice: O que?
João: Andar de mãos dadas com a menina que eu pensei que fosse muda.
Clarice: Por quê?
João: Você mal fala no serviço ai no meu primeiro dia eu pensei né.
Clarice: Você nunca puxou papo.
João: Você nunca deixou eu me aproximar também.
Clarice: Sou tímida.
João: Também sou.
Clarice: Sei essa sua timidez. –Ri.
João: Se sabe então não diz nada. –Ele riu me abraçando de lado. Fomos andando assim pelo shopping até a parte do cinema-. Qual filme quer ver?
Clarice: Tanto faz, escolhe qualquer um ai. –Escolhemos um filme que ambos queríamos ver, comprei os ingressos e ficamos andando pelo shopping esperando a sessão iniciar. Compramos pipoca e refrigerante. Assim que deu o tempo fomos para a fila do filme e logo entramos na sala. Sentamos na última fileira.
João: Será que é bom?
Clarice: A Thalia disse que era bom. Ela veio ver com o Juca.
João: Sério? Eles dois viram o filme?
Clarice: Ela devia ta falando do beijo dele então.
João: Obviamente. –Ri. Logo o filme iniciou e não deu muito tempo eu puxei a Clarice para um beijo.
Clarice: João... –Sussurrei entre o beijo.
João: Hm... –Ele parou o beijo com selinhos.
Clarice: O povo ta olhando.
João: Nada a ver.
Clarice: Tenho vergonha. –Virei pra frente e acabou que vimos o filme inteiro. Resultado? O filme terminou um cu. Saímos da sala de cinema.
Clarice: Hmm... Posso perguntar uma coisa?
João: Acho que estamos pensando o mesmo.
Clarice: Nunca mais eu levo em consideração ao que a Thalia diz.
João: Ainda mais com o Juca junto meu Deus.
Clarice: Merece um beijinho por ter aturado o filme. –Dei um selinho nele demorado que acabou virando um beijo de cinema no meio do cinema literalmente. Paramos o beijo com selinhos. Ele tinha um beijo ótimo e a pegada sem comentários. Era surreal.
João: Vamos lanchar.
Clarice: Sem fome.
João: E um Milk shake, você topa?
Clarice: Não faz mal. - Fomos até o Bobs e compramos Milk shake. Ele tomou de Ovomaltine e eu fiquei no morango.
Demos mais uma volta no shopping e resolvemos ir embora. Entramos no carro e ele deu partida.
João: Está cedo ainda.
Clarice: 23 horas. Amanhã a gente trabalha esqueceu?
João: Infelizmente. –Ele deu um sorriso desmotivado.
Estava tocando um som e fomos em silêncio até a minha casa.
Ele parou o carro assim que chegamos a frente a minha casa.
Clarice: Adorei a noite.
João: Também, gostei muito de sair com você.
Clarice: Até amanhã. –Me virei para dar um beijo nele.
João: Até. –Ele sorriu, dei um tchauzinho com a mão e desci do carro.
Ele acelerou com o carro e foi embora. Entrei em casa, dei boa noite para minha tia avisando que havia chegado e fui para o meu quarto.
Nathalie Narrando

A Tati é uma garota legal, me simpatizei muito com ela e acho que podemos ser grandes amigas. Fiquei em casa vendo filmes, comendo pipoca e pintando as unhas. O João chegou em casa iria dar meia-noite.
Nathalie: Está encrencado mocinho. –Disse com voz de criança. Ele deu risada.
João: Aiai.
Nathalie: Onde estava?
João: Sai.
Nathalie: Quem era a piriguete?
João: Não é piriguete.
Nathalie: É bonita pelo menos?
João: É a Clarice cara. –Ele sentou no sofá e jogou as chaves em cima da mesinha de centro.
Nathalie: Não gostei dela.
João: Por quê? Ela não te fez nada e é legal.
Nathalie: Não fui com a cara dela.
João: O importante sou eu gostar e não você.
Nathalie: Isso me dá fora mesmo.
João: Nem foi fora.
Nathalie: Imagine. Enfim, o idiota do seu amigo ligou pra você.
João: Deixei o cel em casa.
Nathalie: Eu me sei atendi e eu retornei ai ficamos batendo papo.
João: Isso acaba com os meus créditos.
Nathalie: E acabou mesmo. –Ri.
João: Não acredito Nathalie.
Nathalie: Não sabia que o dele gastava muito.
João: Puta que pariu. Meus pais já dormiram?
Nathalie: Muito tempo.
João: Era pra ligar do seu e não namorar no meu.
Nathalie: Não estava namorando.
João: Ah imagino. –Ele subiu as escadas e foi para o quarto dele.
Fiquei assistindo TV até um pouco mais tarde e depois fui dormir.
A semana passou como flash e logo chegou sexta-feira. Marquei de ir ao point com as meninas, mais o Juca. Não sabia que o João ia querer ir. Agora que está saindo com aquelazinha acho meio difícil querer ir.
Chamei as meninas para dormir na minha casa e às 17 horas a Tati e a Nanda estava na minha casa.
Tati: O que tem nesse point?
Nathalie: Ah depende do final de semana.
Nanda: Tem dia que tem show ao vivo outras DJ.
Tati: Ah que bom.
Nathalie: Vamos esperar meu irmão chegar pra ver se ele vai ai a gente pega carona com ele.
Nanda: Está namorando ele né?
Nathalie: Namorando não, mas ta saindo com aquela menina da boate.
Nanda: Ata.
Tati: Que menina?
Nathalie: Você não conhece. Trabalha com ele. Muito quenga pelo amor de Deus. Parada no ponto.
Nanda: Tadinha.
Nathalie: Pow contei não? Quarta ele trouxe ela aqui né? Mas não foi pra apresentar como namorada só veio aqui e eles ficaram no quarto dele. Mas ai né teve uma hora que eles vieram pra sala e ela é toda songa monga. O João cheio de terceiras, quartas, quintas intenções e ela que nem criança.
Tati: Se ela foi para o quarto dele então não quer dizer que ela é tão songa monga. Ela é sonsa.
Nathalie: Não ouvi nem um gemido e nem barulho estranho. Só conversa.
Nanda: Ficou ouvindo atrás da porta?
Nathalie: Do meu quarto da pra ouvir né.
Tati: Mas tadinha, às vezes ele gosta dela pelo o que ela é.
Nathalie: Aff tenha dó.
Nanda: Está sendo injusta com a menina.
Nathalie: Que seja. Não gostei e pronto.
Ficamos fazendo o cabelo, as unhas e o essencial: fofocando. Eu iria me encontrar no point com o Juca. Eu nunca fiquei com ele e nem tenho vontade. Bom eu já o vi ficando com outras meninas e digo que eu acho que a pegada dele deve ser gostosa. Mas sei lá, ele não chega junto. Ai não da né? E quando chega o meu irmão sempre está por perto ai não rola.
Eram 19 horas e pouco quando ouvi o barulho do carro do João. Desci às escadas correndo e vi-o entrando na sala.
Nathalie: Maninho lindo.
João: Eu sei que sou bonito e gostoso e sei que você me ama e me quer. –Ele cantou e riu.
Nathalie: Ai meu Deus o que fez com o meu irmão?
João: Que foi gata não gostou do meu desempenho?
Nathalie: Nem um pouco. –Disse entre risadas.
João: Quem está ai? –Ele disse por provavelmente está ouvindo as risadas das meninas vindo do meu quarto.
Nathalie: A Tati e a Nanda.
João: Ata.
Nathalie: Então, a gente vai ao point quer ir não?
João: Ah o Juca vai?
Nathalie: Vai sim.
João: Então eu vou.
Nathalie: Ai Meu Deus, que tipo de alien possuiu o seu corpo?
João: Ah para só quero tomar umas cervejas hoje.
Nathalie: Que legal. Estaremos prontas as 20 e alguma coisa.
João: 22 horas eu me arrumo.
Nathalie: Besta. –Fui para o meu quarto e fechei a porta atrás de mim.
Tati: E ai? Ele vai?
Nathalie: Aham.
Nanda: Milagre ein.
Nathalie: Está todo feliz.
Tati: Ele está amando ué.
Nathalie: Meu irmão? O João? Amando? –Ri ironicamente- Novidade essa ein.
Nanda: É amiga, vai que...
Nathalie: É, tanto faz. –Dei de ombros.
Tati Narrando

Estava gostando de andar com a Nanda e a Nathalie. Marcamos de ir ao point e a Nathalie me chamou pra dormir na casa dela pra não ficar ruim de ir pra casa sozinha. Minha mãe acabou deixando. Assim que o irmão dela concordou e ir também ao point, fomos nos arrumar.
Fui a primeira tomar banho, depois a Nanda e a Nathalie foi tomar banho em outro banheiro. Já havia escolhido minha roupa.
Coloquei essa roupa, fiz um make lindo, passei um hidratante corporal, desodorante e perfume. Coloquei meu salto e estava ótimo. Ajeitei o cabelo e me olhei no espelho para dar os últimos retoques.

capitulo 1



“O fato de o mar estar
calmo na superfície não significa que algo não esteja acontecendo nas
profundezas.”
— 
O Mundo de Sofia.  


João Pedro Narrando

Já estava quase no fim do expediente, trabalho em uma empresa de empreendimentos imobiliários. Estava terminando de concluir uns papéis para poder entregar ao meu patrão quando o Juca invade a minha sala, ele era de outro setor.
Juca: Ai irmão, partiu baladinha hoje pra mexer o esqueleto? –Ele disse dançando em frente a minha mesa.
João: Que Mané mexer o esqueleto. Nem minha vó diz isso mais.
Juca: Sua vó. –Ele sentou na minha mesa-. E ai vai?
João: Não.
Juca: Nathalie vai, vamos também mano? Vai deixar sua irmã sozinha comigo mesmo é?
João: Você nem é maluco de encostar um dedo na minha irmã. –Dei um tapa no braço dele.
Juca: Ah qual é João, libera aê.
João: Pra você? –Olhei pra ele rindo irônico-. Jamais.
Juca: Mas então...
João: Ah cara estou cansadão.
Juca: Você sempre está cansado é incrível.
João: Porque eu realmente estou.
Juca: AFF. É muito chato ir pra balada sem um companheiro de fé.
João: Chama uma mina.
Juca: Não gosto de levar marmita não cara.
João: Quando se vai pra balada tem que levar sua marmita pronta, porque lá nunca se sabe o que vai encontrar.
Juca: Isso não acontece com o Juca delícia.
João: Já aconteceu. –Ri da cara dele.
Juca: Tempos passados meu caro, tempos passados. Ai cara se anima ai que eu vou está passando na sua casa às 22 horas pra buscar a delícia da Nathalie. –Ele piscou e saiu da sala.
João: Aff. –Revirei os olhos.
Clarice: Sei como você ainda aguenta o Juca. –Ela falou com aquele sotaque gostoso do Nordeste. Eu morria de rir com ela durante o dia. Ela é uma menina simples, de boa família, serve até pra namorar, bonita, mas nunca nem deu em cima acho que ela tem namorado.
João: Também não sei.
Clarice: Eu termino por aqui. –Ela pegou a bolsa dela e parou na porta-. Tenha uma boa noite.
João: Para você também. –Sorri. Ela saiu da sala. Terminei com os papéis. Peguei minha mochila. Sai da minha sala, levei os papéis para o meu patrão, ele me dispensou, sai da empresa, entrei em meu carro e fui para a minha casa.
Cheguei e vi a minha mãe sentada no sofá vendo TV. Ela trabalha na mesma empresa que eu, foi ela que arrumou serviço para mim e para o Juca. Só que o expediente dela acaba mais cedo que o meu. Eu largo às 19 horas e ela às 18 horas.
João: E ai mãe.
Sônia: Oi João.
Fui para o meu quarto, fiquei enrolando um pouco na cama e fui para o banheiro.
Tati Narrando

Já passava das 16 horas quando chegamos ao Aeroporto de Congonhas, São Paulo. Eu, meu pai e minha mãe fomos fazer logo o check-in do passaporte.
Faltava somente 15 minutos para a hora marcada do vôo em direção à cidade de Floripa. Sentei em uma daquelas cadeiras e fiquei olhando para o povo chegando e indo.
De longe avistei meus amigos vindos correndo até a nossa direção. Dei uma risada e logo a minha melhor amiga, Luane me alcançou. Levantei e nos abraçamos forte.
Luane: Ain amiga, não vai embora não.
Tati: Quem me dera amiga. Ficaria aqui pra sempre se pudesse.
Luane: Tem alguém aqui doido para se despedir. –Olhei por cima do ombro dela e vi o Bruno, ele havia pedido para namorar comigo. Antes ficávamos. Só que depois que meu pai anunciou que iríamos nos mudar eu acabei desistindo de aceitar o pedido de namoro dele. Namorar a distância não dá né.
Bruno: Cada vez mais linda. –Ele sorriu. Não pude evitar acabei sorrindo junto. Era impossível. O Bruno tinha um feitiço sobre mim incrível.
Tati: Ain Bruno. –O abracei. Ele tinha um perfume incrível. Amava seu cheiro.
Bruno: Vou morrer de saudade.
Tati: Nem fala Bruno, mas me promete uma coisa?
Bruno: O que?
Tati: Que vai me visitar nas férias?
Bruno: Eu vou ver com os meus pais, se eles deixarem eu vou sim.
Tati: Eu te amo muito Bruno. –O abracei forte, ele sorriu.
Bruno: Te amo. –Ele selou nossos lábios.
Tati: Meus pais Bruno. –O repreendi rindo.
Bruno: Se você não fosse embora eles iam ver isso sempre.
Tati: É. –Olhei para o meu pai que não estava com uma cara boa. Mas ele fazia isso de implicância. Ele conhecia o Bruno e gostava muito dele.
Chamaram o meu vôo e eu terminei de me despedi de todo mundo. Peguei minhas coisas e caminhei até o portão de embarque. Já sentiu um peso sobre o coração só de deixar todos àqueles que eu tanto amo para trás.
Entrei no avião, peguei meu fone de ouvido e os coloquei. Liguei na música “93 millions – Jason Mraz” 
Logo o avião decolou, fiquei olhando pela janela do avião. Pensava em toda a minha vida, na Luane, no Bruno, no colégio, na minha família. Olhei para os meus pais e a minha mãe sorriu. Encostei a cabeça na poltrona. Minha cabeça girava. Nunca fui de me enturmar facilmente. Sou um tanto tímida. Estudei toda a minha vida escolar no mesmo colégio e agora mudar seria difícil. Ainda mais com o ano letivo iniciado. Estávamos no mês de Agosto.
Em meio a tantos pensamentos o vôo logo passou e pousamos em solo gaúcho. Saímos do avião e passamos pelo portão de desembarque. Ajeitamos-nos com tudo no aeroporto e saímos. Pegamos um táxi, onde meu pai deu o endereço de nossa nova casa para ele.
O taxista parou em frente há uma casa que era bonita, pouco parecida com a nossa, só mudando a cor e que é um pouco maior. Saímos do táxi, meu pai pagou e o taxista nos ajudou a colocar nossas coisas dentro da casa. Fomos arrumando tudo dentro da casa.

João Narrando

Não deu outra 22 horas meu celular começou a tocar e a Nathalie entrou com tudo em meu quarto. Fiz para ela fazer silêncio e atendi sem ao menos ver quem era.
Início da Ligação Juca: Fala meu negão.
João: Já me arrependi de ter atendido.
Juca: Ah que isso meu tesão fica de boas ai que eu já chego.
João: Fala logo o que você quer Juca.
Juca: Que mau humor é esse João? Dia de baladinha, de pegar mulher, sair da seca se é que me entende.
João: Não te entendo não.
Juca: Vou explicar: Faz tempo que você não transa.
João: E você sabe da minha vida íntima.
Juca: Saber não sei não, mas tu não sai pra se divertir só fica em casa ai eu tenho minha duvidas né.
João: Aff. 
Juca: Vamos cara! Vai ser divertido. Vai me deixar com a Nathalie mesmo? Sabe como eu sou depois que bebo.
João: Juca...
Juca: Meu velho, sacudir, mexer o esqueleto.
João: Ah então vamos nessa porra.
Juca: É isso ai meu mano. Vamos fuder muito essa noite.
João: Faz a presença do silêncio, por favor. Você quieto é um poeta.
Juca: Eu sei né. Partiu.
João: Partiu.
Fim da Ligação

Joguei o celular em cima da minha cama e a Nathalie me olhou.
Nathalie: Já que o Juca já fez todo o trabalho nem vou gastar saliva.
João: Mas eu vou...
Nathalie: Faz a presença do silêncio, você quieto é um poeta. E o Juca? Pelo amor né. –Ela saiu do meu quarto fechando a porta atrás de si.
Acabei rindo e fui tomar um banho no banheiro do meu quarto mesmo. Entrei no banheiro, tirei minha roupa, tomei um banho de 15 minutos. Sai do banheiro com a toalha enrolada na cintura. Liguei uma música qualquer no meu celular e deixei tocar. Escolhi uma roupa e vesti, calcei meu tênis, passei um pouco de gel no cabelo só pra dar um jeitinho, passei bastante perfume, desodorante e estava ótimo.
Sai do quarto e bati na porta da Nathalie.
Nathalie: Já estou quase pronta. –Desci às escadas e sentei no sofá ao lado da minha mãe.
Sônia: Vai sair filho?
João: Aham.
Sônia: Para onde?
João: Você em uma boate com o Juca e a Nathalie.
Sônia: Ta certo, estava precisando sair mesmo.
João: Até você mãe?
Sônia: Seu pai pensou que você estivesse com depressão.
João: Cruzes.
Sônia: Você adorava sair agora nem sai mais.
João: Desanimei.
Sônia: O Juca vai?
João: Vai passar aqui daqui a pouco.
Sônia: Ta bom. –Minha mãe saiu da sala e subiu as escadas. Logo em seguida, a campainha tocou. Fui atender e era o Juca.
Juca: Que isso ein amor, caprichou.
João: Vai se tratar Juca.
Juca: Me ama que eu sei.
João: Aff.
Juca: Minha deusa já está pronta?
João: Sua deusa? –O encarei.
Juca: Sua adorável irmã. –Dei as costas pra ele e fui andando até a cozinha-. Gostosinha.
João: Vai tomar no cu Juca. –Disse entrando na cozinha
Juca: Ei cara libera aê.
João: Mesmo se eu libera-se ela não ia ficar contigo.
Juca: Não sei por quê.
João: Ela não quer ficar contigo.
Juca: É porque eu ainda não joguei meu charme irresistível. –Ri sarcasticamente, peguei um suco na geladeira e tomei.
João: Vamos ver então.
Juca: Deixa comigo então irmão. –Bebi o suco, ofereci, mas ele não aceitou.
Nathalie: JOÃO! –Ela chamou da sala.
João: To indo. –Saímos da cozinha. Minha irmã realmente era muito linda. Os meus amigos sempre quiseram ficar com ela. Mas eu nunca deixei.
Nathalie: Ta bom? –Ela disse dando uma voltinha e nos olhando sorridente.
Juca: Opa! Se colocar mais estraga. –O viele mordendo os lábios. Dei uma cotovelada nele.
João: Está legal. Agora vamos. –Peguei as chaves de casa e a chave do carro. Saímos de casa, tirei meu carro da garagem, eles entraram e o Juca foi me indicando o caminho da boate. Quando chegamos à rua havia muito movimento, já dava pra ouvir o som vindo da boate. Deixamos o carro no estacionamento e fomos andando pra entrada. Tinha umas meninas passando meu deus que delícias.
Juca: Mesmo esquema Nathalie?
Nathalie: Claro. A minha cara de quem espera na fila. –Fui seguindo eles né. Chegamos à entrada da área vip. A Nathalie falou com o segurança e ele deu pulseirinha pra nós três. Entramos e subimos pra área vip.
João: Suas amigas não vem não, Nathalie?
Nathalie: Daqui a pouco elas aparecem. –Fomos andando, estava tocando uma música eletrônica.
Juca: Ai parceiro vamos andar.
Nathalie: Aff, vai levar meu irmão para o meu caminho.
Juca: O que você não sabe é que ele é o próprio mal caminho. –Fiz uma cara de parecer ofendido.
João: Ei.
Nathalie: Se cuida ein irmãozinho.
João: E você que tem que se cuidar. Quando você começou a sair eu já estava cansado de sair. –Dei as costas e fui até o bar com o Juca. Pedimos um combo de Big Apple e Whisky com energético.
Nathalie: Opa! –Começamos a beber.
Juca: João vem comigo.
Nathalie: Aonde vocês vão? Vão me deixar aqui sozinha?
João: Espera suas amigas aqui.
Nathalie: Aff. –O Juca saiu me puxando.
João: Aonde vamos?
Juca: Thalia.
João: Thalia que estudou com a gente?
Juca: A própria. –Nos aproximamos de um grupo de garotas e junto com elas estava a Thalia-. Thalia!
Thalia: Gatinho! –Ela praticamente pulou no colo do Juca.
Juca: Oi delícia, tudo bem?
Thalia: Tudo sim e você?
Juca: Estou ótimo. Lembra-se do João? –Ele apontou para mim e ela me olhou.
Thalia: João? Meu Deus, João! Quanto tempo. –Ela me abraçou toda alegre. Dei um sorriso todo sem graça pelo escândalo dela-. Você sumiu. Ta diferente.
Juca: Eu sei ele ta velho. Cheio de cabelo branco.
João: Muito engraçado você. –Ri irônico-. Quanto tempo mesmo ein. Ta linda.
Thalia: Obrigado. –Ela sorriu.
Juca: A gente se esbarra por ai então.
Thalia: Que nada que isso. Fica aqui.
Juca: Deixamos a irmã dele lá sozinha.
Thalia: Aff a chata da Nathalie? Ela já cresceu?
João: Ela não é tão mais nova que a gente né.
Thalia: Mas ela pentelhava a gente sempre que íamos fazer alguma coisa.
João: É mesmo.
Xxx: Prima, aqui a bebida que pediu. –Olhei para a garota que se aproximou. E não acreditei quando vi que era a Clarice. Ela estava linda.
Thalia: Obrigado prima. –A Clarice me olhou e deu um sorriso.
Juca: Clarice gatinha! –Ele a abraçou de lado.
Clarice: Oi Juca.
Thalia: Se conhecem da onde?
Juca: Ela trabalha no mesmo setor que o João.
João: Oi. –Dei um “oi” com a mão pra ela. Ela sorriu e me deu um “oi” tímido.
Thalia: Que interessante. –Ela fez cara de entediada-. Vamos dançar Juca. –Ela saiu puxando o Juca que foi com ela. Aproximei-me da Clarice.
João: Não sabia que curtia vir em boates.
Clarice: Não curto.
João: Por que veio então?
Clarice: Forçada ta bom para você?
João: Somos dois então.
Clarice: Não curte sair também?
João: Ando desanimado.
Clarice: O trabalho é puxado.
João: Nem fala. Quer dançar?
Clarice: Não danço muito bem não.
João: Ah vamos. –Fiquei olhando para ela até ela ceder.
Clarice: Ah ta bom. –Sorri, descemos as escadas que dava até a parte de baixo. Segurei em sua mão para não nos perdermos um do outro e fomos até a pista de dança. Encontramos a Thalia e o Juca dançando.
Juca: Ui casal.
Clarice: Érr... Nada a ver.
João: Cala a boca Juca. –Puxei a Clarice para um pouco mais longe deles e ficamos dançando ao som das músicas que tocavam. A maioria era pop e eletro. O jeito de ela dançar me deixava louco e ela naquela roupa não parecia a mesma Clarice que trabalhava comigo. A puxei pela cintura colando nossos corpos.
Clarice: João... –Sorri sínico pra ela.
Ela entrelaçou os braços em volta do meu pescoço.
Clarice: Não é certo.
João: Qualquer coisa a gente põem culpa no álcool. –Ri. Eu mal tinha bebido era só mais uma desculpa pra ficar com ela.
Clarice: Eu nem bebi menino.
João: Só curte menina. –Ri e aproximei meus lábios dos dela e a beijei. No início fui indo delicadamente. A pegava pela cintura a colando mais no meu corpo. Fui acelerando o beijo. Ela arranhava a minha nuca e dava leves puxada no meu cabelo. Nossas línguas se entrelaçavam. O beijo dela era uma delicia e não dava vontade de parar hora nenhuma. Desaceleramos o ritmo até que paramos com alguns selinhos.
Clarice: Vamos voltar lá pra cima?
João: Vamos. –Voltamos para área vip e fomos para onde eu estava. Cheguei lá estava a Nathalie com suas amigas.
Nathalie: Maninho lindo deixa eu te apresentar a uma amiga minha. –Acho que ela não tinha notado que a Clarice estava comigo e segurando a minha mão.
João: Outra hora. –Peguei mais bebida pra mim-. Quer também?
Clarice: Não. –Encostei-me à parede de onde dava para ver o pessoal que estava na pista. A puxei pela cintura e ela ficou com o corpo colado no meu. Ficamos nos encarando. Sorri.
Clarice: Ela é sua irmã né?
João: É sim
Clarice: Sua mãe falava muito dela quando eu ficava com ela no setor dela.
João: Entendi. Mas sabe como meu chefe é tipo muito bom. Ele colocou uma gatinha no mesmo setor que o meu. Só nós dois naquela sala. Naquele silêncio de 8 horas até as 19. –Ri.
Clarice: Fazer o que né?