segunda-feira, 18 de novembro de 2013

capitulo 6

Sentei na escada, não estava a fim de dormir. Tentei colocar meus pensamentos em ordem. Mas nada me tirava o Polegar da cabeça. Por que ele? O Bê era perfeito pra mim. Porque meu coração ainda fica insistindo em quem não presta? Chorei. Alguém chegou à cozinha e acendeu a luz. Era o Ph.
Ph: Ta fazendo o que aqui?
Ana: Pensando.
Ph: Ta chorando por quê?
Ana: Não é nada. –Ele sentou na bancada-. Cadê a Luísa?
Ph: Ela dormiu. Fala ai o que aconteceu. Se é o que to achando.
Ana: O que ta achando?
Ph: Que você gosta do Polegar.
Ana: Como adivinhou?
Ph: Você é ia largar ele, sabendo o que ele é.
Ana: Mas eu não consigo.
Ph: É, é difícil mesmo. Mas o que ele fez?
Ana: Hoje cedo, depois que você e o Menor saíram. Eu fui comprar sorvete, ai voltando eu vi o Polegar comendo a Andressa e ela me viu. Sorriu e debochou da minha cara, falando que ele era dela.
Ph: Por isso que as meninas estavam te abraçando?
Ana: Porra meu coração, caraw. Ficou tudo muito confuso.
Ph: Por causa do seu namorado né?
Ana: É. As meninas me ajudaram a ver que eu realmente gostava era do Polegar. Mas eu não consigo, porque ele sempre foi a primeiro lugar na minha vida.
Ph: Você ta confusa.
Ana: Muito.
Ph: E agora o que aconteceu?
Ana: Ele ficou com uma morena na minha frente e depois eu o vi transando com outra, uma loira.
Ph: Ela tinha as pontas do cabelo vermelho?
Ana: A loira sim.
Ph: Franja?
Ana: É.
Ph: Sei quem é. É uma dançarina das Tigresas do Funk.
Ana: Nossa!
Ph: Ah relaxa é lance antigo.
Ana: É isso que me deixa mais chateada.
Ph: Ela vai embora hoje. Só ta aqui com as meninas. São de SP.
Ana: Eu tentei da uma chance. Conversando com a Alice, ela me convenceu de não deixar ele, não deixar a Andressa ganhar ele de mão beijada assim. Mas ai agora, nossa não dá mesmo. Eu posso gostar dele, mas vou parar.
Ph: Não sei nem o que te falar.
Ana: Não precisa.
Ph: Realmente não dá pra saber o que se passa na cabeça dele. Ele não fala com a gente. Tipo quando ta eu e o Menor conversando, ele só ouve não fala nada.
Ana: Ele sempre foi assim?
Ph: Depois que o pai dele morreu ele ficou assim. Fechadão.
Ana: Mas faz tempo.
Ph: Mas o pai dele era tudo pra ele e a mãe dele, nossa ele a Dani choraram muito,
Ana: É, se eu perdesse meus pais também. Apesar deles não serem tão presentes, mas seriam os meus pais.
Ph: Nossa se eu perdesse os meus pais, cara. O mundo ia acabar pra mim.
Ana: Você levou a Luísa pra conhecer os seus pais. No dia que o Menor saiu com a Dani né?!
Ph: Foi o aniversário da minha irmã.
Ana: Ela gosta de você.
Ph: Eu sei.
Ana: Mas ela não assume pra gente de jeito nenhum.
Ph: Eu quero dar isso a ela. –Ele tirou uma caixinha de veludo do bolso e abriu. Tinha duas alianças lindas. Muito lindas. E pareciam ser caras.
Ana: Nossa Ph! São lindas. Quando vai dar a ela?
Ph: Quando eu tiver certeza que ela me ama mesmo. Parar de ficar na defensiva.
Ana: Ela é assim mesmo. Você vai ter que ter paciência. Ela tem um gênero forte.
Ph: Percebi.
Ana: E você gosta dela?
Ph: Gosto.
Ana: Woont’ que fofo!
Menor: Ah, são vocês que tão ai.
Ph: E aí. –O Menor e a Dani foram pro quarto-. Você e a Luísa são amigas há muito tempo?
Ana: Desde pequenas. Nossa a gente já fez cada coisa maluca.
Ph: Ela também não gosta da Andressa.
Ana: Ela roubou o namorado da Luísa.
Ph: Quem é?
Ana: Faz um tempão, acho que era Daniel o nome dele. A Luísa era louca por ele. Ah, desculpa Ph foi sem querer.
Ph: Tudo bem. Você disse que faz um tempão mesmo.
Ana: Ela gosta de você. E o Daniel, nossa ele era muito idiota. O jeito que ele tratava ela. Ele dava em cima das garotas na frente dela. Ela vivia chorando por ele. Ela é desse jeito, porque ele deixou ela assim. Ela era carinhosa, amorosa, romântica.
Ph: Difícil de acreditar que ela era romântica.
Ana: São coisas que acontecem nas nossas vidas que fazem com que a gente se esqueça que o amor existe mesmo. E você vê agora, ela já mudou muito desde que veio pra cá. Ela gosta muito de você. –Ele sorriu.
Ph: Ela ta mais carinhosa agora. Antes tudo pra ela só passava de curtição
Ana: Teve uma vez, que eu e a Dani quase batemos nela. Porque ela não parava de falar em você. Que saco. A gente pergunta uma novidade, “ah, o Ph fez isso e aquilo”. Ela não muda o disco.
Ph: Eu queria levar ela pra morar comigo.
Ana: Ah não. Você vai me separar dela. Ela já fica dias com você lá.
Ph: Mas ela não vai querer.
Ana: E se ela quiser?
Ph: Ela não vai querer. Ela tem vezes que parece que não gosta de mim.
Ana: Ela gosta, só fica na defensiva porque não quer sofrer de novo.
Luísa: Ph. –Ela o abraçou por trás e encostou a cabeça no ombro dele-. Vamos dormir comigo.
Ana: Vai lá.
Ph: Vamos.
Luísa: Oi Ana.
Ana: Oi. –Eles foram pro quarto. Resolvi ir dormir também. Desliguei a luz da cozinha. O Polegar havia chegado.
Polegar: Tava me esperando? –Ele me abraçou por trás. Ele tava com cheiro do perfume falso daquela vagabunda.
Ana: Não. Estava conversando com o Ph. Agora me solta. –Me soltei dele. Ele pegou no meu braço e segurou, me prendeu na parede.
Polegar: Ih, ta nervosinha porque amor? –Ele sorriu torto e pegou na minha bunda-. Deixa o papai aqui te relaxar.
Ana: Sai Polegar. –Tentei o empurrar, mas ele é mais forte-. Eu não quero você. Sai.
Polegar: Melhor você melhorar o jeito que fala comigo. –Ele apertou a minha bochecha.
Ana: Me deixa em paz, por favor. Me deixa. –Comecei a chorar. Ele bateu no meu rosto.
Polegar: Sossega vadia. –Ele começou a massagear os meus seios. Ele abaixou as calças -. Vai me chupa.
Ana: Não.
Polegar: Anda logo. –Ele segurou no meu cabelo. Ele me jogou no chão e me fez chupar ele. Não estava bom isso. Não era como antes. Eu tava com nojo dele. Mordi o pau dele com força-. Filha da puta. –Ele me jogou longe. Bati a cabeça na escada. Ele tava sentido dor-. Caralho, isso dói. Sua piranha. –Tentei correr, mas ele segurou no meu cabelo e me jogou pra trás. Cai no chão-. Você vai aprender a não brincar comigo. Chutei o pau dele e ele caiu sentado no chão. Aproveitei pra correr.Ele veio atrás, mas corri mais rápido. Entrei no quarto e o tranquei.
Polegar: Ana, abre essa porra. –Ele bateu na porta. Me encolhi na porta. Ele continuava batendo-. Aninha, se colaborar não vai te acontecer nada.
Ana: Vai embora. –Chorando. Ele continuou ali e depois parou. Deve ter ido embora. Mas não abri a porta. Eu estava assustada com ele. Eu to morrendo de medo. Ele vai me matar. Vi a janela e corri pra fechar. Ele pode entrar por ela. Sentei na cama. Comecei a chorar.
Dani: Ana, abre aqui, por favor. Tenho que pegar uma roupa pra dormir.
Ana: Calma aí. –Enxuguei as lágrimas. Abri a porta. Ela entrou e acendeu a luz.
Dani: O que aconteceu com você? Sua cabeça ta sangrando.
Ana: Ta? –Coloquei a mão e ardeu.
Dani: Vamos lá embaixo limpar isso.
Ana: Não.
Dani: Por quê? Você ta sangrando. Quem fez isso?
Ana: O Polegar me jogou longe e bati a cabeça na escada.
Dani: Não acredito nisso.

Ana: Eu devia ter subido junto com o Ph e a Luísa.
Dani: Vem, ele ta dormindo. Vamos lá e ele não vai fazer nada com você comigo perto.
Ana: Tudo bem. –Descemos as escadas. Fomos à cozinha, ela limpou a minha testa.
Dani: O que ele fez além de machucar a sua cabeça? –Contei tudo o que aconteceu. Ela queria matar o Polegar. Mas eu não deixei.
Menor: Dani o que aconteceu? Ta demorando. –Ele chegou à cozinha.
Ana: Eu termino agora Dani, pode ir.
Dani: Menor, espera ai. Que eu to terminando aqui.
Menor: O que aconteceu?
Dani: Meu irmão a jogou longe e ela bateu a cabeça.
Menor: Agora isso?
Ana: Uns minutos atrás.
Dani: Viu Menor, eu sabia que estava acontecendo alguma coisa aqui e você disse que era na rua.
Menor: Eu não sou adivinha.
Dani: Se você tivesse me deixado descer pra ver o que estava acontecendo. Ela não tinha se machucado.
Ana: Gente não discute por isso. Ta tudo bem. Obrigado Dani.

Fui para o quarto e dormi. Eu queria esquecer tudo e eu vou conseguir. Ah vou.
Acordei, estava com um pouco de dor de cabeça. Levantei e fui ao banheiro. Tomei um banho, fiz minhas higiênes. Retirei o esparadrapo da cabeça, já estava melhor. O galo havia diminuído e o corte foi pequeno. Coloquei um short jeans e uma blusa xadrez de alça. Estava calor. Dei um nó no cabelo e prendi a franja atrás da orelha. Fiz um make leve. Só pra disfarçar que eu chorei ontem.
Não quero que mais ninguém saiba o que aconteceu entre eu e o Polegar. Era 11:00 horas. Desci as escadas. A Dani e a Luísa conversavam na sala.
Dani: Você gosta dele é inevitável.
Luísa: Vocês são muito chatas.
Ana: Ah Luísa o homem é louco por você.
Luísa: Ata. Ontem ele tava com a puta dele. Vocês não viram? Ata, então antes de falarem que ele é louco por mim. Procurem o conhecer melhor.
Dani: Ei! Calma.
Luísa: To calma. –O Polegar desceu as escadas. Ele me lançou um olhar maligno. Minha barriga congelou. Meu coração disparou e a minha garganta se fechou. Já ia me preparar pra correr. A Dani segurou na minha mão.
Dani: Calma. –Ela apertou a minha mão. Respirei fundo. Ele foi pra cozinha. O Ph estava lá.
Luísa: Boiei agora. O que eu não to sabendo? –Mostrei o machucado a ela e o roxo no meu braço e nas minhas costas. Contei a ela tudo o que aconteceu ontem -. Você ta bem?
Ana: Vou ficar melhor.
Dani: Vai passar. –Escutamos um barulho de algo explodindo praticamente.
Luísa: O que foi isso?
Dani: Tiro.
Ana: Meu Deus.
Dani: Cadê a porra do Menor. –Passou uns 5 minutos o Menor chega a casa-. Onde você estava?
Menor: Fui resolver uns problemas. –Ele entrou na cozinha.
Dani: Meu Deus do céu.
Ana: Ta tudo bem?
Dani: O Menor matou alguém.
Luísa: Arma na cintura, Ana. –Os meninos estavam conversando algo na cozinha.
Ana: O que acontece agora?
Dani: Não sei.
Ph: Meninas, a gente vai ter que voltar pro morro. Acabou “as férias”.
Luísa: Ta a gente vai arrumar as nossas coisas.
Menor: Vocês ficam. Só nós três vamos.
Polegar: É mais seguro pra vocês.
Dani: Ta bem. –Nós fomos lá pra cima e entramos no quarto.
Luísa: O que será que aconteceu?
Dani: Vão invadir. –A Dani já estava chorando. O Menor entrou no quarto. Ela o abraçou forte.
Menor: Oh, minha gatinha ta tudo bem. Eu vou ficar bem.
Dani: E se você não voltar mais? Como eu vou ficar.
Menor: Todas às vezes que isso aconteceu eu não voltei? Então, Deus vai me proteger.
Dani: Mas o que ta acontecendo?
Menor: Tinha um informante rodando a casa.
Dani: Você o matou?
Menor: Foi necessário. Vocês vão ficar aqui. Os mlk já tão pra cá, proteger vocês e nós tamo indo.
Dani: Promete se cuidar.
Menor: Tudo bem. –Eles se beijaram e ele saiu. A Luísa saiu logo após.

Ana: Depois diz que não gosta do Ph.
Dani: Tomara que tudo dê certo.
Ana: Com certeza. –Fomos lá pra baixo, os meninos estavam indo. Eles foram embora. Sentamos no sofá.
Dani: Daqui a pouco os meninos tão aqui. –Passamos o dia trancadas dentro de casa. Ou seja, os meninos deram ordem pra não deixar a gente sair. E se sairmos tem que ser acompanhadas. Foi um saco o dia todo. Até que os meninos conversaram com a gente. Mas não são muito de falar não. E eles estavam fortemente armado. Dava muito medo.
Mais um dia havia se passado e estávamos sem notícias deles. A Dani já estava pra morrer. A Luísa fingia não ligar, mas tava doida pra ver o Ph.
Era quase meia-noite, quando bateram lá na porta do nosso quarto. A Luísa abriu a porta. Ela pulou no colo da tal pessoa. Acenderam a luz. Olhei era o Ph abraçando a Luísa.
Dani: Aé! –Eles se beijaram. Fizemos a maior algazarra. Porque ela automaticamente assumiu que gosta dele-. Ph cadê o Menor?
Ph: Acho melhor você ir lá ao quarto dele, ele não está bem.
Dani: Eu sabia que isso iria acontecer. –Ela saiu do quarto correndo.
Ana: O que aconteceu com ele?
Ph: Nada é só pra dar um susto.
Luísa: Que horrível.
Dani: Seu filha de uma puta. –Ela bateu nele.
Menor: Quase matou ela porra.
Ph: Bate nele também. Ele que falou pra fazer isso.
Dani: Seu idiota. –Ela bateu no Menor-. Podia ter acontecido algo de vdd. Seu filho da puta.
Menor: Não fala da Dida assim porra. –Ele riu.
Dani: Para de falar isso.
Menor: Vc que chamou ela de puta.
Dani: Ai calem a boca. E cadê o meu irmão?
Ph: A gente tem que voltar pra casa.
Dani: Ele se machucou?
Menor: Não é que vc sabe não podemos sair de lá por muito tempo. Viu o que aconteceu ontem.
Ana: Ta a gente vai arrumar as nossas coisas.
Ph: A gente vai amanhã de noite.
Luísa: Ta bem. –Os dois casais saíram e fiquei só no quarto. Resolvi ir dormir.
Acordei, havia dormido bem abeça. Levantei disposta. Tomei um banho, coloquei uma roupa e sai do quarto. Cheguei à cozinha, estavam tomando café da manhã.
Ana: Bom dia. –Disse sorrindo.
Todos: Bom dia. –Sentei na mesa e tomei o meu café. Resolvi ir pra praia com as meninas. O Ph e o Menor eles foram fazer algo, não quiseram contar a gente. Coloquei meu biquíni e parti pra praia com as meninas. Era pertinho da casa. Estendemos as nossas cangas e ficamos tomando sol.
Luísa: Gente, olha o que o Ph me deu ontem. –Ela mostrou o anel.
Dani: Que lindo!
Ana: É lindo mesmo.
Dani e Ana: Ta apaixonada!
Luísa: Ta, eu gosta dele. –Ela deu o braço a torcer.

Ficamos lá até umas 14 horas e fomos embora. Comemos algo e arrumei as minhas coisas. Tomei um banho, tirar à areia e o sal do corpo. Coloquei um short jeans e uma regata estampada. Fui dar uma volta sozinha. Angra é um lugar tão bonito. Sentei num banco em frente à praia. Fiquei pensando nos dias em que estive fora de casa. Será que estão me procurando? Sinto tanto a falta deles, não que eles sejam presentes. Mas aquela correria e bagunça diária, queria aquilo de volta. Voltei a caminhar, andava olhando pro chão. Acabei esbarrando em alguém.
Xxxx: Ana? –Olhei pra pessoa.
Ana: Bernardo? –Meu coração parou de bater quando o vi. É ele.
Bernardo: Ana. –Ele me abraçou. –O que aconteceu com você? Você fugiu de casa? –Continuei abraçada a ele. Ele devia estar na casa dos avós. Que saudade dele.
Ana: Não.
Bernardo: Esquece tudo, vamos pra casa. –Ele me beijou-. Meu carro está ali na frente.
Menor: Ana! –Me virei-. Vambora.

Bernardo: Quem é esse Ana?
Menor: Ana, não pode.
Bernardo: Que não pode o que Mané. Vaza daqui. Não se mete com a minha namorada. –O Menor riu torto.
Ana: Não Menor. –O segurei.
Menor: Vamos embora Ana.
Bernardo: Ela não vai sair daqui caralho. –O Bernardo peitou o Menor.
Ana: Bê tudo bem. Eu estou bem. Ta?
Bernardo: Você vai com ele? Há quanto tempo você ta com esse cara Ana?
Ana: Eu não tenho nada com ele. Eu to bem ta. Não precisa se preocupar.
Bernardo: Tudo bem Ana, já saquei.

Ana: Não é isso que está pensando. Eu só não posso ir com você. –O Polegar deixou bem claro pra mim e pra Luísa se fugirmos ele vai matar a nossa família-. Nunca vou me esquecer de você bb. Nunca. –Ele me deu um beijo. Paramos o beijo.

Menor: Isso aqui não aconteceu, playboy. Nada de abrir o bico.
Ana: Tchau Bê. –Dei um último beijo nele.
Menor: Não se esqueça. X9 morre cedo. –Entrei no carro do Menor. A Santa Fé dele é linda. Ele deu partida. Chorei ao ver o Bê ir embora.
Ana: Menor, por favor. Você não pode fazer nada?
Menor: Ana, eu não posso.
Ana: Eu sei que você pode, por favor. –Pedi chorando.
Menor: Eu não posso. –Encostei a cabeça na janela. Chegamos a casa dele. Colocamos nossas coisas no carro e voltamos para o morro.
Chegamos em casa. Sai do carro e peguei minhas coisas. Primeira coisa que fiz foi tomar um banho e dormi. Dormi pensando no Bê. Como ele deve ter ficado? Ele deve ter pensado que eu tava com o Menor. Meu coração não podia estar mais esmagado. Tentei dormir aquela noite. As meninas entraram no quarto.
Dani: Ela ta dormindo.
Ana: To acordada.
Luísa: O que aconteceu quando vc saiu?
Ana: Eu vi o Bê, conversei com ele.

Dani: Sério? Conta mais. –Elas sentaram na minha cama. Me ajeitei.
Ana: Eu fui andar e acabei esbarrando no Bê. – Contei o resto do que aconteceu pra elas e fomos dormir já era bem tarde.
Acordei era 11:00 horas. Levantei, fiz minhas higiênes e desci. Sentei na sala junto com as meninas.
Dani: O Menor tava me contando ontem que o Caíque vai voltar pro morro.
Luísa: Quem é Caíque?
Dani: Amigo dos meninos. Ele é muito gostoso. Oh! Homem bom.
Ana: To doida pra conhecer.
Luísa: Sossega hein Ana?
Ana: Ih, ta assim chata só porque ta namorando. Vou denunciar querendo minha amiga de volta.
Dani: Ele é lindo. O Menor não pode saber que eu fiquei com ele não.
Luísa: Você já estava com o Menor?
Dani: Não. Eu fiquei com o Caíque e uma semana depois eu comecei a ficar com o Menor.

Ana: Como foi que você e o Menor, assim começaram a ficar.
Dani: Foi no meio do ano passado. Eu tava no colégio à tarde. E o Polegar esqueceu de mim no colégio. E tava chovendo pra cacete. Nossa parecia que tava caindo o céu. Eu fiquei na padaria que fica ali em frente o colégio. Esperando a chuva parar um pouco para eu voltar. Nisso o Menor passou voado de moto.

Dois minutos, não foi menos. Ele foi e voltou na mesma hora. Ai ele chegou pra mim e falou: “Ta esperando o Polegar?” eu disse que: “Ele esqueceu de mim aqui”. Ai ele falou: “Vamos que eu te deixo em casa” eu falei “Mas ta chovendo”. Tava ficando escuro já. E chovendo, a rua tava deserta.
Luísa: Pergunta. Tava fazendo o que no colégio àquela hora?
Ana: Porra, Luísa é pergunta?
Luísa: Sou curiosa ué.
Dani: Eu tava fazendo a segunda chamada de uma prova. Voltando. Ai ele falou “Ta escurecendo e a chuva não vai parar agora. Ta com medo de se molhar?” eu disse “Ah um pouquinho, vai molhar o meu fichário”. Ele disse: “Antes o fichário do que você ficar aqui até 23:00 horas”. Ai eu fui pra casa com ele. Cheguei em casa eu tava ensopada. Meu cabelo tava uma coisa horrorosa. Ele tava todo molhado. A camisa dele tava transparente porque era branca.
Ana: Até a cor da camisa ela se lembra.

Dani: Foi um dia inesquecível. Ai eu agradeci a ele e tal. Ai ele disse assim: “Dani, vamos dá uma volta comigo”. Eu nem sabia o que responder, eu peguei e falei: “O Polegar, pode chegar. E eu tenho que fazer o jantar.” Ele pegou no meu queixo, ele estava de pé na minha frente. Com um sorriso perfeito que só ele tem no rosto e disse: “Foda-se o Polegar”. Nisso o Polegar foi pras cucuias. Ele me beijou. Nossa que beijo. O melhor beijo de todos. Ele tinha me suspendido pra não ficar curvado. Eu naquela época já gostava dele, desde quando eu vim morar aqui. Ai fomos ficando dia a após dia só que veio a surpresa. A mulher dele me ligou.
Luísa: A mulher dele?
Dani: Pois é. Eu não sabia que ele tinha mulher. Eu sabia que ele ficou com ela num baile ai e só.
Ana: Mas o que ela falou?
Dani: Perguntou se eu era a Daniella. Eu disse que sim. Cara, ela ficou nervosa começou a gritar, me chamar de piranha. Que o Menor era dela. Ela ia me arrebentar se me ver na rua. Eu falei assim se o Menor está atrás de mim é problema dele. Porque homem só procura mulher na rua quando a de casa não está dando assistência. Eu desliguei o celular. E comecei a chorar. Porque porra, eu gostava do Menor pra cacete e ele me apronta uma daquelas? Cara, eu tava com uma raiva dele. Eu tava muito puta com ele.

Dani: Ai eu fui atrás dele. Ele tava na boca. Eu tava querendo esganar ele. Matar. Que bom que o Polegar e nem o Ph estavam lá. A gente foi pra dentro de uma sala e comecei a falar um monte de coisa. Esculachei ele. Falando que ele não era homem. Que era um idiota. Falei um monte de coisa. Ele ficou quietinho. Eu não deixei ele falar. Ai ele no final, pegou e disse: “Quem foi que te ligou?” eu disse: “Não quero saber o nome da piranha. Só sei que ela me ligou, falando que ia me arrebentar. E se ela fazer isso, o meu irmão vai ir atrás de você”. Ele disse: “Ta vendo, ta me julgando e não sabe nem quem foi à filha da puta que te ligou”. Eu disse: “Para de jogar comigo. Porque eu não gosto de fazer o papel da outra”.
Ele me puxou pelo braço e grudou nossos corpos e tentou me beijar e eu dei um tapa na cara dele. Ele me soltou. E disse: “Ta você veio aqui, me esculachou e vai me ouvir”. Eu não queria ouvir mais a voz dele. Ver ele na minha frente. Eu fui pra minha casa, antes ele tentou me impedir, segurou no meu braço, me jogou na cadeira. Ai eu consegui ir embora. Cheguei em casa. Eu fiquei um mês se ver ele. A mulher tornou a me ligar. Eu desligava. Ele me ligava, mandava mensagem. Me enchia o saco. O Polegar nem ai. Ele é muito desligado cara. Ai teve o aniversário do Polegar. Foi uma semana direto de festa. Coisa de gente doida. Ai ele tava lá em casa conversando com o Polegar, no mesmo pé que eu fui eu voltei pro meu quarto.

Ana: Mas assim, você descobriu quem era a mulher?
Dani: Descobri, era tal de Luana, e ainda tava grávida dele. Ainda moravam juntos. Ai uns minutos depois ele apareceu lá no meu quarto. Ai começamos a conversar. Por incrível que pareça eu não conseguia ter raiva dele, por mais cachorro que era. Ai ele disse que não era o pai da criança. Ai eu comecei a rir debochando na cara dele. Eu disse: “A criança não tem culpa de nada e nem tem culpa de ter um pai cachorro que nem o dele” ele disse. Que não tava com ela já fazia um tempão que nem dormir juntos eles dormiam mais. Que ela tava grávida de outro. Que ela tava fazendo isso pra ver se eu vou ficar com raiva. Por ciúmes por ele ter ficado comigo. Ai eu mandei ele ir embora. Ele foi. Num dia na rua, ele tava com a Luana. Ele puxou ela e colocamos os três de frente. E ela disse que era mentira. Ele tirou ela de casa. Pra ela ir procurar o pai do filho dela e que ela se fodesse sozinha. Ai como o Polegar tava pra festa. A gente foi pro beco e ficamos. Ai foi que o Ph tava lá e viu. Ai ele pediu pra ele ficar quieto e tamo ai até hoje.

Luísa: E a Luana?
Dani: Sei lá.
Ana: Mas ela era mulher dele mesmo?
Dani: Era.
O dia passou rápido e logo chegou à noite. A Dani tinha ido pra casa do Menor (Pra casa da Alice, na cabeça do Polegar) e a Luísa pra casa do Ph. Fiquei sozinha em casa, eu tava cagando de medo do Polegar. Ele ia me matar. A Alice não estava em casa. Porra eu to fudida hoje. Fui tomar um banho pra relaxar. Coloquei um short jeans curtinho e um top. Tava um calor do cacete. E fiquei sentada na sala vendo um filme. Ouvi uma música tocando. Olhei à hora 23:00 horas. Ele chegou! Puta que pariu.
Ana: Eu to fudida. –Ele entrou em casa e me olhou. Subiu as escadas. Não podia ligar pra ninguém. Porque o idiota quando eu fui seqüestrada, eles tiraram o meu celular e o da Luísa e não devolveram. E nem vão. Eu tentava me acalmar. Ele vai me matar. Nada tirava isso da minha cabeça. Ele desceu as escadas, ele tava de banho tomado já. Foi na cozinha, aproveitei pra tentar fugir pro meu quarto.
Polegar: Você acha que eu esqueci né sua vadia?-Ele me puxou pelo cabelo e me jogou no chão. Minha cabeça quicou no chao



gente eu vou dividar essa historia em 3 temporadas a primeira temporada ja ta pronta  . ea segunda ja to começando a escrever to louca pra terminar  de postar a primeira vcs vao adorar a segunda :)

7 comentários: