sábado, 8 de março de 2014

capitulo 57

Lorena: Não ri de mim seu feio.
Galo: Parei.
Lorena: É que eu pensei em tantas formas de te falar e agora não consigo.
Galo: Relaxa. –Ele fez uma massagem gostosa no meu pescoço-. Diz ai.
Lorena: Promete não me achar uma completa idiota?
Galo: Hmm... Acho que não to entendendo aonde você quer chegar nesse assunto.
Lorena: É que Galo, você mesmo me ensinou que o que aconteceu no passado fica no passado certo?
Galo: Aham.
Lorena: E o que importa é o presente. Ultimamente veio acontecendo tantas coisas, minha cabeça ta a mil e você sabe. Veio acontecendo umas coisas comigo que nunca aconteceu antes quando eu te via.
Galo: O que ta acontecendo?
Lorena: Eu esqueço o que tenho pra falar, minha mão sua frio. Sente só. –Ele segurou na minha mão que estava um pouco suadas-. Parece que tem borboletas fazendo cócegas na minha barriga.
Galo: Deixa eu ver se eu entendi aonde você quer chegar: Você está me amando é isso?
Lorena: O que você acha? –Sorri apreensiva pra ele esperando uma resposta.
Galo: Olha Lorena, sempre fui muito sincero contigo tudo que eu tinha pra falar pra você eu dizia. Sinto um imenso carinho por você, pelo João Victor, mas eu não consigo corresponder o mesmo a você. Entende?
Senti o meu chão se desfazendo quando ele me disse essas coisas, meus olhos lacrimejaram.
Lorena: Eu já podia esperar por isso né?
Galo: Porra Lorena quando eu queria algo sério contigo você me traia cara. O encanto acabou. Agora que você quer correr atrás do prejuízo? Ta tarde já mew.
Lorena: Entendi. Desculpa se roubei seu tempo por besteira. –Me levantei do sofá dele e caminhei até a porta.
Galo: Lorena! –Me virei pra ele já com a mão na maçaneta.
Lorena: Diz.
Galo: Não quero te dizer algo e não sentir. Eu sei que você mudou e precisa de um homem que te dê atenção, carinho, cuide de você e do João. Mas meu coração é de outra.
Lorena: Você já cuida da gente se perceber. –Uma lágrima caiu dos meus olhos- Essa outra ai tem sorte. Você é um grande homem. –Sai da casa dele e todas as lágrimas que eu estava prendendo saíram de uma vez só. Encostei no muro da casa dele e desabei em chorar. Tentei secar as lágrimas, fui pra casa correndo. Cheguei em casa me deitei no sofá e chorei até não aguentar mais. Me lembrei que tinha que buscar o João Victor. Limpei meu rosto com demaquilante, joguei uma água. Meu rosto estava muito inchado. Sai de casa e fui até a casa da minha mãe. Cheguei lá toquei a campainha e a minha mãe veio atender.
Miriam: Oi filha. Que cara é essa?
Lorena: Nada mãe, chama o Victor ai, por favor.
Miriam: Quer entrar não? Fiz o jantar.
Lorena: Não mãe. –Passei o mão no rosto-. Eu também fiz comida. –Menti para evitar perguntas da minha mãe.
Miriam: Ta bom. O João já jantou. Vou chamar ele. –Ela entrou e logo me trouxe o João com a mochila nas costas. Nos despedimos e fomos pra casa.

No caminho vi o Galo no portão, ele me olhou e o João Victor atravessou a rua correndo e nem viu o carro vindo à direção dele e o atropelando.
Lorena: JOÃO VICTOR. –Gritei. O carro parou e o cara do carro saiu. Corri até o João Victor já chorando. Ele estava desmaiado no chão com a cabeça sangrando.
Galo: Vamos levar ele para o hospital. E tu te preparas que se acontecer algo com esse moleque você morre. –Ele avançou em cima do cara só que eu o puxei. Ele pegou seu carro e corremos pra emergência com o João. Chegamos lá logo veio um grupo de enfermeiros colocaram o João na maca e o levaram para dentro de uma porta fui com eles segurando a mão do João.
Enfermeiro: Senhora não pode passar daqui. –Ele me impediu de seguir enquanto os outros enfermeiros seguiam com o João para dentro de uma porta. Sentei na sala de espera e desabei em chorar. O Galo veio até a mim com um copo de água.
Galo: Bebe Lorena.
Lorena: Não quero. –Disse em soluços. Ele sentou ao meu lado. Colocou o copo em cima da mesa que tinha ali e me abraçou forte.
Galo: Vai tudo ficar bem, o João Victor é um moleque forte você vai ver.
Lorena: Eu não posso perder meu filho, ele é a única coisa que eu tenho. Eu o amo muito. –Chorei mais ainda.
Galo: Bebe a água, por favor. –Ele me deu o copo novamente, aceitei e bebi tudo.
Enfermeira: Com licença, queria saber quem é o responsável pela criança que acaba de chegar?
Lorena: Sou eu moça. –Me levantei.
Enfermeira: Senhora queira me acompanhar, por favor?
Lorena: Aconteceu algo com o meu filho?
Enfermeira: O médico o está examinando. Mas você tem que preencher a ficha dele.
Lorena: Ta bom. Eu só tenho que passar no banco.
Galo: Deixa que eu pago Lorena. –Ele parou em pé do meu lado.
Lorena: Não precisa
Galo: Faço questão. –Seguimos a enfermeira até a recepção, fizemos a ficha, o Galo pagou e tudo mais. Voltamos para a sala de espera.
Lorena: Pode deixar que assim que tudo tiver resolvido eu te pago ok?
Galo: Que isso Lorena, precisa não.
Lorena: Claro que precisa. –Me levantei e andei de um lado para o outro. Ele segurou na minha mão, parou em frente a mim e me penetrou com aquele olhar que me derrete.
Galo: É claro que não precisa. –O abracei muito forte. Liguei pra minha mãe avisando o acontecido e pedi pra ela trazer os documentos do João Victor. Fiquei aflita por toda essa demora. Andava de um lado para o outro.
Miriam: Calma filha assim vai cavar um buraco no chão.
Lorena: Eu to bem mãe. –Parei na janela, estava de noite e chovendo. Fui até a lanchonete do hospital e comprei um lanche. Senti alguém me abraçar por trás.
Galo: To com fome também.
Lorena: Vai comer ué.
Galo: Me desculpa se fui grosso com você mais cedo. Não queria que tivesse chorando.
Lorena: Não quero falar sobre isso se você pagou o hospital para o meu filho por se sentir culpado pode ir embora agora ok?
Galo: Não foi por isso. Foi porque eu gosto muito dele e queria te ajudar.
Lorena: Não preciso da sua ajuda se for assim.
Galo: Para de graça cara.
Lorena: Galo me deixa, por favor. Eu preciso do meu filho agora, preciso de notícias dele. Se você não se importa a porta é logo ali. –Apontei pra porta.
Galo: Vamos parar de brigar?
Lorena: Me deixa acabar de comer. –Ele saiu. Terminei de comer e voltei junto aos meus pais. Às 23 horas o médico apareceu na sala de espera.
Médico: Responsável pelo João Victor Gonçalves?
Lorena: Eu doutor. –Me aproximei e fui até ele.
Médico: Olha o quadro do seu filho está ótimo, ele teve apenas um corte no supercílio que demos alguns pontos e fizemos um curativo. O rosto dele está me inchado por conta do contato do rosto com o chão. Ele apenas torceu o pé e desmaiou fato o susto. Fora isso ele está bem e poderá receber alta amanhã.
Lorena: Ain muito obrigado. E eu posso vê-lo?
Médico: Pode sim. Me acompanhe.
Lorena: Mãe, vamos lá comigo. –Minha mãe se levantou e veio até a mim-. Pode mais um?
Médico: Aham. Só três de cada vez.
Lorena: Galo. –Olhei pra ele-. Vem também. –Ele se levantou e veio até a gente. O doutor nos mostrou o quarto do João Victor. Ele estava com a
Um curativo na testa e o rosto meio inchado e arroxeado.
Fiz carinho na testa do meu filho. O Galo e a minha mãe foram embora e eu fiquei ali cuidando dele. Logo o outro dia chegou, o médico fez uns exames do João e o liberou para casa.
Brunna Narrando

Já fazia bastante tempo que eu não via o Galo e a July já estava começando a perguntar sobre a tia dela. Eu tinha medo de contar a verdade, mas eu sentia necessidade de contar. Acho que vou esperar ela ficar maior pra eu poder explicar. Minha mãe havia voltado com o meu pai, mas ele continuava sem olhar na minha cara. Muitas vezes eu pensei que nada disso tinha valido a pena, porque o Galo sumiu e não me liga mais. Sabe-se lá o que ele ta fazendo. Estou bastante chateada esses dias que nem saindo to mais. A semana correu monótona igual a minha vida tem estado ultimamente. Era final de semana, sábado pra ser mais exata. Acordei cedo, fui ao banheiro, fiz minhas higiênes, tomei um banho e coloquei essa roupa, prendi o cabelo em um rabo de cavalo. A July ainda dormia então eu fui na padaria comprei as coisas para o café da manhã e voltei pra casa. Preparei tudo e a July umas 10 horas acordou e veio até a mim na sala que estava vendo TV.
July: Bom dia tia.
Brunna: Bom dia dorminhoca. Ta com fome?
July: Aham.
Brunna: Fica ai que eu vou pegar seu café. –Ela sentou na sala. Me levantei e fui até a cozinha. Preparei um pão pra ela com Nescau e levei pra ela na sala.
July: Obrigado. –Meu celular começou a tocar e sai pra atender.
Início da Ligação
Brunna: Alô?
Ana: Oi filha tudo bom?
Brunna: Tudo mãe e você?
Ana: To com saudades de você né.
Brunna: Você não vem mais me ver ué.
Ana: Eu que tenho que te ver? Eu sou a mãe e você a filha esqueceu?
Brunna: Não né mãe. –Rindo-. Mas eu não posso ir mais ai né?
Ana: Claro que pode quem manda é eu também, esqueceu-se disso?
Brunna: Nem né. Você que se esqueceu que meu pai não me quer na casa dele.
Ana: Eu falei que estava com saudades de você, ai disse que ia te chamar pra vir almoçar aqui e ele não disse nada.
Brunna: Ele foi indiferente?
Ana: Aham.
Brunna: Então ele não quer minha presença. Era muito mais fácil ele ter perdoado o Galo do que a mim.
Ana: Sabe que você é a paixão dele né?
Brunna: Mas não a primogênita.
Ana: De mim você é sim.
Brunna: Ain mãe nem vem. Acho que não vou não.
Ana: Poxa, por favor. Eu detesto ver minha família assim porque seu pai é um cabeça dura. –Ela falou com voz de choro.
Brunna: Oh mãe é assim mesmo algum dia ele esquece. –Ela ficou em silêncio, mas eu ouviu sua respiração abafada pelo choro-. Mãe?
Ana: Me desculpa filha.
Brunna: Você que tem que me desculpar, eu causei tudo isso.
Ana: Mas ele vai ter que te aturar quer queira, quer não.
Brunna: Não quero estragar um almoço de família.
Ana: Galo vai vir.
Brunna: Faz tempo que eu não o vejo.
Ana: Seria uma boa pra vocês três se acertarem não acha?
Brunna: Eu nem sei mas o que acho. Faz 3 semanas que não vejo o Galo.
Ana: Ele deve ta ocupado.
Brunna: Com as galinhas da rua com certeza, mas ele não é mais meu né?
Ana: Isso não quer dizer nada.
Brunna: Quer dizer que quando passou de ser secreto ele perdeu o interesse.
Ana: Filha não é assim né?
Brunna: Eu posso até ir, mas a conversa eu não quero ter.
Ana: Tudo bem.
Brunna: Daqui a pouco estou ai. Só o tempo de eu me arrumar e arrumar a July.
Ana: Ta bom. Te espero aqui ta?
Brunna: Ok.
Fim da Ligação

Voltei para a sala e a July via desenho.
Brunna: July vai tomar banho pra gente sair.
July: Aonde a gente vai tia?
Brunna: Vamos à casa da tia Ana.
July: Ta bom. –Ela foi lá pra cima e eu fui atrás dela. Ela entrou no banho. Separei a roupa dela, deixei em cima da cama e eu fui me arrumar. Peguei minha roupa e fui para o banheiro do corredor. Tomei um banho não muito demorado. Coloqueiessa roupa, fiz um make básico e voltei para o quarto. A July estava colocando sua sandália. Terminei de arrumar ela, saímos de casa, entramos no carro e fomos para a casa da minha mãe. Chegamos lá, toquei a campainha e quem atendeu foi meu pai com uma cara de cu do cacete.
Brunna: Oi. –Sem graça.
Polegar: Hm. –Ele saiu deixando a porta aberta. Entramos, fechei a porta e fui até o deck onde vinha vozes. Cheguei lá estava minhas tias, meus tios, o TL, o Galo, a Yasmin, a Juh que tava com um barrigão, o Guto, a Manu. O povo todo.
Brunna: Oi gente. –Cumprimentei um por um. Chegou na vez do Galo ele só me deu um beijo no rosto e se afastou entrando na casa. Me senti o maior saco de lixo do universo. Engoli em seco, a July foi brincar com a Manu.
Juliane: Pow você sumiu ein.
Brunna: Pra você ver.
Guto: Não vem ver mais os outros.
Brunna: Ah gente tem que cuidar da July também né.
Yasmin: É assim mesmo. –Ficamos conversando e tudo mais. Almoçamos e depois passou a tarde ali. O clima estava razoável, dava pra levar. Só o Galo que ficou meio distante e ficou dentro de casa todo o tempo.
A Yasmin me chamou de canto.
Brunna: Fala.
Yasmin: O que ta rolando entre você e o Galo?
Brunna: O que ta na cara né? Ele ta me evitando.
Yasmin: Por quê?
Brunna: A gente termino né pensei que fosse óbvio tudo isso.
Yasmin: Mas vocês não se gostam?
Brunna: Eu só respondo por mim depois do gelo que ele me deu hoje cedo e também esses dias ele não me mandou um sms, uma ligação nem nada.
Yasmin: Ta assim?
Brunna: Desse jeito.
Yasmin: Vai conversar com ele.
Brunna: Eu queria né. Mas a casa é do meu pai, não quero que ele nos veja aqui.
Yasmin: Brunna, uma hora meu pai vai ter que aceitar. Vocês três precisam conversar. Não dá pra ficar cada um no seu canto e tal.
Brunna: Eu sei, sinto tanta falta de vocês.
Yasmin: O Galo está no quarto dele.
Brunna: Olha a July então, vai ser rápido.
Yasmin: Até parece. –Ela riu maliciosa.
Brunna: Cala essa boca Yasmin.
Yasmin: Ok, ok. –Ela diz rindo. Entrei na casa, subi as escadas e fui até o quarto do Galo. Cheguei lá bati na porta e ninguém respondeu. Entrei e o quarto estava vazio. Desci às escadas, sai na rua e vi que ele estava na rua fumando. Me aproximei dele.
Brunna: Oi. –Meia sem jeito.
Galo: Oi.
Brunna: Será que podemos conversar?
Galo: Agora?
Brunna: De preferência.
Galo: Ok, diz ai.
Brunna: O que tem feito nessas 3 semanas?
Galo: O mesmo que eu faço todos os dias.
Brunna: Hm... E as mulheres como estão?
Galo: Acho que na casa delas
Brunna: Ata. Só me responde uma coisa?
Galo: O que? –Ele jogou o cigarro fora.
         continua com 10 comentarios:)

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