capitulo 58

Brunna: Todas as coisas que você me disse, as coisas que estava na carta, essa aliança. –Passei o dedo nela pra tirá-la-. O que significa agora? Eu só quero entender. Você me deixa confusa, você me deixa sem ação a todo tempo. Eu não sei o que você quer, eu não sei o que você ta fazendo, eu não sei o que você ganha fazendo isso comigo. Eu não sei. Literalmente eu não sei. –Tirei a minha aliança-. Eu pensava que a gente iria ficar junto depois que meu pai tivesse aceitado a gente, mas vejo que agora que ele descobriu a gente o desejo acabou. Aquele seu grande amor pra mim não passou de atração. Cara como eu pude ser tão burra? Na boa Galo você só me fez perder meu tempo.
Galo: Ele nos aceitou?
Brunna: Não.
Galo: Então você não sabe nem o que você ta falando.
Brunna: Claro que eu sei, Galo você sumiu por 3 semanas o que espera que eu faça?
Galo: Desculpa.
Brunna: Desculpas não resolve poxa, eu senti sua falta.
Galo: Mas tínhamos terminado.
Brunna: Terminado mas não era pra me esquecer.
Galo: Você também não ligou e nem nada.
Brunna: Você que quis dar um tempo a iniciativa de procurar devia ser sua e não minha.
Galo: Ta certo. Me dá um beijo?
Brunna: A gente deu um tempo.
Galo: Acho que devíamos conversar com o meu pai hoje.
Xxx: Eu acho que devíamos conversar sobre o que a July está fazendo com você Brunna. –Olhamos rapidamente pra pessoa ao nosso lado.

Galo: O que você está fazendo aqui?
Aryane: Vim buscar a minha filha.
Brunna: Você ainda tem coragem de chamar a July de filha? Você nem cuida da garota Aryane se toca.
Aryane: Se toca você sua ridícula, roubou a minha filha. Se quiser uma arranja um pau que nem isso você deve arranjar de feia que é.
Brunna: Garota ta pensando que ta falando com quem ein? –Fui pra cima dela só que o Galo me segurou-. Me solta caralho.
Aryane: Fica longe da minha filha ta me entendendo?
Brunna: Não fico não, você deixou a garota sozinha.
Aryane: Deixei com a Thaís.
Brunna: Mas com um estuprador né? Você nem sabe com quem deixa sua filha, ele podia ter feito maldade com a menina.
Aryane: Mas não fez.
Brunna: Você não sabe nem cuidar de si mesma.
Aryane: Por isso eu pago a Thaís.
Brunna: Pagava né.
Aryane: Às vezes quando eu ficava sem dinheiro eu não pagava.
Brunna: Não precisa mais, ela morreu.
Aryane: Como assim morreu?
Brunna: Passou para o andar de cima, capotou, morreu, saca? Ou você precisa que eu desenhe pra você entender.

Aryane: Você não vai ficar mesmo com a minha filha sua putinha. Você não vai tocar em nada mais que é meu. –Ela entrou na casa dos meus pais, eu e o Galo fomos atrás dela. Chegamos no deck ela estava puxando a July pelo braço.
Brunna: Tira a mão dela agora.
Aryane: Eu vou levar minha filha pra casa.
Brunna: Só por cima do meu cadáver.
July: Tia Brunna. –Ela correu pra trás de mim.
Aryane: Vamos embora agora July. –Ela puxou o braço da July forte.
July: Não.
Brunna: Solta ela sua cachorra. –Dei um soco no rosto dela.
Ana: Brunna do céu para com isso.
Brunna: Se mete não porra. Eu hein essa vadia pensa que é quem pra chegar assim ir agarrando o braço da garota? Se for mulher o suficiente resolve comigo.
Aryane: Sou mulher o suficiente pra resolver todos os meus problemas sua vagabunda. –Ela veio pra bater na minha cara só que meu pai segurou no braço dela.
Polegar: Se for pra vocês brigarem é do portão pra fora, dentro da minha casa.
Brunna: Jaé então. Vamos resolver isso na rua. Mãe deixa a July aqui dentro. –Sai da casa prendendo o cabelo e tirando meus brincos. Cheguei na rua a Aryane saiu junto com todo o pessoal.
Já fui pegando ela pelo pescoço e trazendo pra calçada. A coloquei contra o muro e enchi a cara dela de soco e de tapa. Ela tentava me defender arranhando meu braço e meu rosto. Joguei ela no chão e virei os dedos dela tudo pra trás quebrando os mesmos. Ela começou a gritar de dor. Me levantei dei dois chutes na barriga dela só que o Galo me segurou.

Brunna: Me solta eu vou acabar com a cara dessa vadia.
Galo: Chega Brunna, já fez estrago o suficiente. –Ele segurou no meu pulso e foi me levando pra dentro de casa. Ele me sentou na cadeira. Fiquei olhando pra ele de braços cruzados. Estava muito irritada.
Brunna: Vontade de quebrar mais ainda a cara de cu daquela piranha. Ela vai ver só deixa eu ver ela na rua de novo.
Galo: Vai fazer nada.
Brunna: Você não me manda.
Galo: Sou seu homem.
Brunna: Sabia disso não. –Olhei para o lado e vi meu pai olhando pra gente.
Polegar: Se separaram?
Brunna: Faz tempo.
Galo: Faz nada.
Brunna: 3 semanas. Pra quem ama faz muito sim.
Polegar: Gosta tanto dele assim?
Brunna: Não quero conversar agora. Cadê a July?
Polegar: Com a sua mãe.
Brunna: Ela não vai levar a July de mim mesmo.
Galo: Talvez seja até bom.
Brunna: Claro que não é.
Polegar: Se ela levar logo ela vai ver que não consegue cuidar de uma criança.
Brunna: Mas não quero ficar longe.
Polegar: Mas ela volta.
Brunna: Não volta. Se ela teve coragem de dizer para o Digo que era pai que a menina estava morta, vai saber o que ela é capaz de fazer agora.
Galo: Vou conversar com ela.

Brunna: Vai nada.
Galo: Por quê?
Brunna: Porque o problema é entre mim e aquela piriguete.
Polegar: E você acha que vai resolver algo?
Brunna: Posso tentar.
Polegar: Galo vai conversar com a Aryane.
Brunna: E você vai passar por cima de mim desse jeito, pai?
Polegar: Devo. Você não conhece a Aryane direito, o Galo é amigo dela de anos e com certeza irá ouvir ele melhor do que você. Vai logo Galo ta fazendo o que aqui ainda.
Galo: Ata to indo. –Ele sorriu sem graça e saiu.
Brunna: Aff. –Cruzei os braços e bufei.
Polegar: Não adianta fazer essa cara.
Brunna: Você passou por cima de minha ordem.
Polegar: Eu sou mais velho do que você.
Brunna: E daí poxa? Você nem me considera mais sua filha não devia mais te ouvir.
Polegar; Considero sim.
Brunna: Considera não, você bem disse.
Polegar: Desculpa?
Xxx: Nossa que evolução, o grande Polegar pedindo desculpa. –Olhamos para a porta que dava ao deck e tinha uma moça loira em boa forma, mas aparentava ter a idade de meu pai.

Polegar: Carol! –Meu pai foi até ela e a abraçou-. O que faz por aqui?
Carol: Resolvi passar um tempo com a minha família ué.
Polegar: Ata.
Carol: E quem é essa garota? Da ultima vez que apareci também estava com uma novinha, mas não acha que ela seja muito nova pra você não irmão? –Ela disse me olhando parecendo nem ligar que eu estivesse ali.
Polegar: Só fala merda né. Brunna essa é a Carol minha irmã, no caso sua tia. Carol essa é a Brunna minha filha. –Me levantei e fui até ela. Demos dois beijos no rosto.
Brunna: Prazer.
Carol: Brunna, Brunna?
Polegar: Existe outra?
Carol: Por que não me contou?
Polegar: Você sumiu né.
Carol: Nossa como ela é linda. A cara da Ana. –Ela passou a mão no meu rosto e mexeu no meu cabelo.
Ana: Mas não tem nada a ver comigo. É o Polegar todinha.
Brunna: Mentira.
Polegar: Garota patética.
Brunna: Pelo menos eu não posso por cima das ordens dos outros o namorado é meu ele tem que me obedecer.
Polegar: Seu namorado? Ah pouco tinha terminado.
Brunna: Não interessa, ele tem que me obedecer ele não pode ir falar com aquela puta que adora roubar tudo que é meu.
Polegar: Até então a filha é dela.
Brunna: Mas eu cuidei dela. Podia simplesmente largar ela lá morrendo de fome. Só cuidei dela pelo Digo.

Carol: Ixi é sempre assim?

Ana: Vira e mexe é assim.
Carol: É pra se meter?
Ana: Deixa rolar.
Polegar: Mas ela tem o direito de levar a filha dela pra casa.
Brunna: Que casa? Desde quando a Aryane tem casa? Aquela puta mora de motel a motel só isso.
Polegar: Não fala o que você não sabe.
Brunna: Eu falo sim. Ai dela se levar a July de mim. Ta arrumando briga com a pessoa errada. –Sai de lá e fui para a sala já fula da vida.
Ana: Filha.
Brunna: Me deixa mãe.
Ana: Vamos conversar. –Uma lágrima caiu dos meus olhos. Passei a mão a secando.
Brunna: Não quero.
Ana: Claro que quer.
Brunna: Não quero.
Ana: Eu sei o que ta passando.
Brunna: É tudo injusto mãe. –Me levantei-. Eu não posso ficar com o cara que eu amo, o cara que eu amo não me ama mais pelo menos é o que parece, a Aryane vai levar a July pra num sei pra onde, meu pai mal fala comigo só se for pra brigar, to longe das pessoas que eu amo. Não aguento mais isso. –Disse chorando em um desabafo só.
Ana: Oh filha. –Ela se levantou e me abraçou forte.
Polegar: Ana deixa eu conversar com ela.
Ana: Sem brigas vocês dois, por favor.
Polegar: Chama o Galo.

Ana: Ta. –Minha mãe saiu.
Brunna: Tem que ser agora pai? Não to com cabeça pra isso não.
Polegar: Eu sei, mas é importante. –Ele sentou no outro sofá virado pra mim e logo o Galo chegou.
Galo: Fala.
Polegar: Senta ai. –Ele sentou do meu lado em uma distância razoável.
Brunna: Vai fala pai.
Polegar: Olha, vocês dois são meus filhos mais velhos, já estão grandes e tão na idade de decidirem o que querem e tudo mais. Eu sei que eu sou grosso, não aceito as coisas logo de cara, mas eu queria que vocês entendessem o meu lado.
Brunna: Olha pai, a gente até entende. A gente já estava decidindo te contar no dia que você descobriu.
Galo: Quem te contou sobre a gente foi um puta vacilo.
Polegar: Eu não acho que seja. Eu odeio ser feito de idiota.
Brunna: Quem gosta?
Polegar: Mas foi isso que vocês fizeram, eu fui o último a saber.
Galo: Pode ter certeza que não. Quem sabia era só a tia Ana, a Júh e o Guto, a Yasmin e o TL.
Polegar: Só a Ana já me deixou mais bolado ainda.
Brunna: Eu sei pai como se sentiu.
Polegar: Não sabe não, porque não é a primeira vez.
Galo: Claro as pessoas tem medo de você.
Polegar: Não sou um monstro.

Brunna: Mas não aceita as coisas.
Polegar: Você queria que eu aceitasse que dois irmãos namorassem? Isso não existe.
Galo: Mas não fomos criados juntos, essas coisas acontecessem.
Polegar: Eu sei que aconteceu, mas não deveria.
Brunna: Mas eu gosto dele pai.
Polegar: Eu sei. E você Galo? Sente o mesmo por ela?
Galo: Sinto sim pai. –Ele disse me olhando e sorriu.
Polegar: Tem minha benção então.
Brunna: Ai paizinho. –Corri pra abraçá-lo forte.
Galo: Valeu ai pai.
Polegar: Ai moleque se fizer algo com ela saiba que eu posso te matar.
Galo: Sou seu primogênito, teria remorso.
Polegar: Isso nunca. –Rimos. Depois que os ânimos se acalmaram por ali eu resolvi ir embora sem a minha pequenininha. Já fazia tanta falta. Era tarde da noite umas 2 horas da manhã. A rua tava fazia, mas o som do baile rolava a mil no alto do morro. Fiquei procurando a chave de casa no meio daquele molho de chaves até que elas caíram da minha mão. Me abaixei para pegar as chaves. Senti alguém me puxar por trás e tampar minha boca com um paninho. Senti o cheiro forte e fui apagando lentamente até apagar total.
Ana Narrando
Eu fico feliz que o Polegar finalmente tenha aceitado o Galo e a Brunna. Eles fazem um belo casal até. Depois de tanta conversa com ele e ele me ver chorando por falta dos dois ele acabou aceitando os dois.
Estava com tanta saudade da Carol, até que enfim que ela voltou.
Fim da Narração

Wesley Narrando

O sábado em si foi muito produtivo em questão de mulher, peguei tantas ainda mais no baile as minas tudo de vestido coladinho e com a bunda quase aparecendo. O Wesley aqui fica louco né.

Logo chegou domingo, acordei umas 10 horas, fiz minhas higiênes, tomei um banho, comi uma coisa e fui pra boca. Cheguei lá tava o Roni e os moleques. Fui logo já ajudando ele a enrolar os malotes de dinheiro com a patroa gostava.

Roni: Ai a patroa vai parecer por aqui hoje não?

Wesley: Sei não cara, a vi ontem não.

Roni: Deve ter saído né.

Wesley: Aham. –Passei o dia lá com os moleques. Executamos umas missão que a patroa tinha deixado pra nós fazer e ainda resolvi uns bagui da Rafa lá. Estava descendo o morro a pé mesmo pra ir em casa. Eram umas 23 horas. Vi o Galo encostado no carro dele em frente a casa da loira. Cumprimentei ele de longe.

Galo: Wesley chega ai. –Atravessei a rua e fui até ele.

Wesley: Fala.

Galo: Viu a Brunna?

Wesley: Vi não cara, a patroa nem apareceu na boca hoje não. Desde ontem.

Galo: To ligando pra ela direto desde cedo e num atende.

Wesley: Ela deve ter saído.

Galo: Ela ia avisar, até você mesmo. Não ia deixar o morro assim.

Wesley: Faz sentido. Já tentou entrar. O carro dela ta ai. –Olhei para o carro dela.

                

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