quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

capitulo 20

Caíque: Ta bom. –Subi para o meu quarto, peguei o notebook e entrei na internet. Olhei o site de vôos. Comprei a passagem dela. Liguei para o meu pai afirmando a ida da Ana. Ela vai na quinta. Ela entrou no meu quarto.
Ana: E aí?
Caíque: Você vai na quinta.
Ana: Ata. –Recebi uma mensagem, outra da Fabi: “Caíque pelo amor de Deus, eu preciso falar com você”-. Não vai responder?
Caíque: É a Fabi.
Ana: Vão voltar?
Caíque: Ela quer falar comigo.
Ana: O que?
Caíque: Eu que sei.
Ana: É sério.
Caíque: Parece.
Ana: Então liga pra ela.
Caíque: Não vou. Ela me deu mow esculacho e agora ficar correndo atrás. Ela tem que seguir a vida dela porra.
Ana: Se ela quer falar contigo é porque é sério.
Caíque: Ta Ana dps eu decido o que faço.
Ana: Você quem sabe. –Sai do quarto e sai de casa. Subi na moto e fui descendo o morro. Sai do morro, segui pra faculdade dela. Ela deve ta saindo agora. Cheguei lá, parei a moto em frente à faculdade. Ela veio saindo do portão, sozinha. Com a cabeça baixa. Ela passou do meu lado, mas não me viu. Ou ela fingiu que não me viu ou ela ta no mundo da lua.

Dei meia volta e parei a moto do lado dela.
Caíque: Fabi. –Ela levou um susto-. Porra to assustando geral hoje. To até me sentindo feio, porra... –Sorri, mas ela continuou com a mesma expressão no rosto.
Fabi: Oi. –Levantei o rosto dela. Ela tava com marcas vermelhas, olheiras. Andou chorando. E ainda tinha alguns roxos pelo rosto, mas eram pequenos.
Caíque: O que aconteceu?
Fabi: Nada.
Caíque: Não agora vai falar. Porque você foi lá à boca atrás de mim, coisa que você nunca fez. Nem se fosse emergência. E me mandou duas mensagens.
Fabi: Você não vai se importar. Acho que nem vai fazer diferença.
Caíque: Sobe ai, vamos da uma volta. –Liguei a moto.
Fabi: Pra onde?
Caíque: Onde fiquemos sozinhos, é sério né?!
Fabi: Pra mim é muito. –Ela subiu na moto, fomos pra Prainha. Ela gosta de ir lá. Fomos para as pedras. Ela sentou, sentei do seu lado.
Caíque: Começa falando o que aconteceu com o seu rosto. Ta meio roxo.
Fabi: Calma. É meio difícil pra eu falar sobre isso. Desculpa.
Caíque: Vai pelo começo então.
Fabi: Não tem que voltar pra boca?
Caíque: Polegar segura as pontos por lá.
Fabi: Tudo bem. –Ela abaixou a cabeça-. Eu terminei com você, por que...
Caíque: Você deixou bem claro naquele dia. Eu não sou surdo, eu entendi tudo que você disse.
Fabi: Não briga comigo. –Ela começou a chorar. Ela esfregou os olhos.
Caíque: Não to brigando com você.

Fabi: Eu não sei o que fazer. –A puxei para o meio das minhas pernas e a abracei por trás.
Caíque: Pode falar, eu to te ouvindo.
Fabi: Eu terminei contigo, por causa. -Longa pausa. Soluços-. Do meu irmão.
Caíque: O que aquele fdp fez? Foi ele que fez isso no seu rosto? –Me alterei.
Fabi: Para Caíque. –Ela chorou.
Caíque: Parei.
Fabi: Ele descobriu sobre a gente e me fez terminar com você. Eu disse que não. Ele me ameaçou disse que ia mandar a polícia lá no morro, ia contar pros meus pais. Ele fez um rebu em casa. Só estava nós dois. Eu persisti no não. Ai ele...
Caíque: Fala.
Fabi: Eu não consigo... –A abracei mais forte-. Ai.
Caíque: Ta sentindo dor? –A abracei de leve.
Fabi: Ta doendo. –Tentei levantar a blusa dela, mas ela me impediu.
Caíque: Me deixa ver.
Fabi: Não!
Caíque: Me conta o que ele fez.
Fabi: Ele me bateu e muito.
Caíque: Eu não acredito que aquele fdp fez isso cntg.

Fabi: Para.
Caíque: Para? Ele te bateu Fabiana.
Fabi: Eu sei. Mas tem mais.
Caíque: O que?
Fabi: Eu to grávida.
Caíque: Do seu irmão?
Fabi: Grávida de você.
Caíque: Espera que eu to confuso.
Fabi: Antes de eu te deixar, eu tava grávida. Eu fui ao médico e o exame confirmou.
Caíque: Meu Deus Fabi.
Fabi: Sabia que não iria aceitar. Tchau Caíque, esquece que eu algum dia estive na sua frente. –Ela ia se levantando, a coloquei sentada.
Caíque: Calma a gente tem que conversar.
Fabi: O que? Você não quer esse filho mesmo. Eu vou embora, vou morar com a minha tia e criar o meu filho.
Caíque: Para de drama Fabi.
Fabi: Drama? Você não sabe a humilhação que eu passei você não sabe o que é levar um tapa na cara de um pai, o ouvir te chamar de vagabunda e te por pra fora de casa.
Caíque: Fabi, se acalma você ta grávida.

Fabi: Eu não sei o que fazer.
Caíque: Vamos pra minha casa, lá você se acalma. Bebe uma água. Vamos.
Fabi: Vamos. –Nos levantamos. Ela tava pálida.
Caíque: Fabi você ta bem?
Fabi: To, eu to sim. –Ela fechou os olhos e me olhou. Descemos as pedras e fomos pra minhas casa. Ela não ta passando bem. Chegamos em casa, ela sentou no sofá.
Caíque: Ei, ta se sentindo bem?
Fabi: To enjoada.
Caíque: Deita lá no meu quarto. Descansa um pouco. Nem dormiu a noite né?
Fabi: Eu não consegui.
Caíque: Vou te colocar na cama. –Ela levantou do sofá e fomos para meu quarto. Desabotoei a calça dela.
Fabi: Não!
Caíque: Que foi Fabi? Nada ai é novidade pra mim. Para.
Fabi: Não quero que veja.
Caíque: O que?
Fabi: As marcas.
Caíque: Ei minha princesa. –Coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha dela-. Nada mais de ruim vai te acontecer. Acredita em mim. Aquilo é passado, você está comigo agora. E agora as coisas vão melhorar. –Passei a mão na sua barriga-. Eu vou ser pai. –Sorri.

Fabi: Ah bobo.
Caíque: Porra eu to feliz abeça, vou ser pai cara.
Fabi: Que bom que gostou.
Caíque: Por que não me disse antes?
Fabi: Porque eu te vi com a Jéssica.
Caíque: Que Jéssica?
Fabi: Não se faz de idiota.
Caíque: Porra eu não sei quem é.
Fabi: A que o pessoal chama de Barbie.
Caíque: Ata.
Fabi: Então.
Caíque: Eu não fiquei com ela.
Fabi: Só comeu ela.
Caíque: Nada a ver cara. A Ana tava do meu lado no dia.
Fabi: Ta Caíque não vou me estressar com você.
Caíque: É você não pode se estressar. –Dei um beijo nela.
Fabi: To cansada.
Caíque: Ta?
Fabi: Muito. Fica aqui comigo.
Caíque: Deixei o Polegar sozinho lá.
Fabi: E o Ph e o Menor?
Caíque: Saíram.

Fabi: Tudo bem.
Caíque: Quando eu voltar eu fico contigo.
Fabi: Ta. –Tirei a blusa dela, ela tava com roxos e marcas vermelhas por todo corpo. Tirei sua calça e suas pernas estavam marcadas e com roxos e machucados.
Caíque: Foi seu irmão.
Fabi: Ele tava com raiva.
Caíque: Nossa.
Fabi: Mas se não fosse a minha prima, nem sei o que poderia ter acontecido.
Caíque: Ta tudo bem. –Peguei uma camisa minha e coloquei nela.
Fabi: É eu vou ficar bem. Agora eu tenho outra coisa pra me preocupar. –Ela alisou a barriga. Sorrimos.
Caíque: Descansa ai. Qualquer coisa me liga. –Ela deitou na cama-. Tchau. –Dei um selinho nela e sai de casa. A Ana tinha ido pro colégio. O dia correu rápido hoje, já era 18 horas. Agora eu vou de carro, tenho que resolver umas paradas pessoalmente. Subi pra boca. Achei o Polegar.
Polegar: Porra me deixou sozinho aqui caralho.
Caíque: Porra segura ai de novo pra mim. Que eu tenho que resolver umas paradas.
Polegar: O que rolou?
Caíque: Mexeram com a pessoa errada. Presta seu carro ai.
Polegar: Vai trocar com o seu?
Caíque: Pode ser. Manda ai. –Dei minhas chaves pra ele e peguei as dele.
Polegar: A porra é séria?
Caíque: Pra cacete. To metendo o pé. –Sai da boca e entrei no carro. Mandei um rádio pro Gasolina, pro Petróleo e pro Fósforo. Sai do morro. Corria rápido pela pista.

Cheguei ao meu destino. Parei o carro em frente o colégio da Ana do outro lado da rua. Só vieram buscar o resultado das provas. Vai ser mole. O irmão da Fabi tava sentado num banco, com o Léo do lado. Porra! O Léo olhou pro carro e ele sabe que é do Polegar. A rua ficou vazia por um instante e então tava na hora. A van parou em frente ao banco e saiu em disparada. Eles levaram os dois. Eles seguiram para o morro, a Ana veio saindo do colégio. Abaixei o vidro do carro.
Caíque: Ei! Ana.
Ana: Já vou. –Ela terminou de falar com uma amiga sei lá e veio atravessando a rua e entrou no carro-. Ué, mas não é o carro do Polegar?
Caíque: É sim. Ele ta com o meu e eu com o dele.
Ana: Que doidos.
Caíque: E aí passou?
Ana: Passei!
Caíque: Parabéns. –Deixei ela em casa e fui pra boca.
Polegar: Porra quem são aqueles mlqs?
Caíque: Vlw! –Devolvi a chave pra eles.
Polegar: Flw! –Fui pro terraço da boca, entrei no quartinho que tinha lá.
Caíque: Tira o capuz. –Eles estavam amarrados. O Fósforo tirou o capuz.
Gabriel: Seu fdp me solta porra. –O Léo olhava assustado.
Caíque: Não se acha o machão pra fazer aquilo com sua irmã. Quer bancar uma de machão. Machão comigo aqui roda flw
? –Dei um soco nele.
Gabriel: Eu comi ela mesmo e aí? Se você me matar ela nunca mais vai olhar na sua cara. –Dei outro soco nele. Peguei um pedaço de madeira que tinha no canto e tava cheio de prego. O Léo soava frio, olhando eu bater no Gabriel.
Caíque: Fósforo, tira o Léo daqui.

Gabriel: Por que ele?
Caíque: Porque eu to mandando caralho! –Ele tirou o Léo dali-. Essa é pra você aprender não tocar mais um dedo na Fabi. –Meti a madeira com os pregos na cara dele. Começou a sangrar e ele gritou-. Para de gritar, vira homem porra. Na hora de bater na Fabi não bateu, então agora agüenta a dor que ela sentiu. –Bati novamente. Bati várias vazes, pelo corpo inteiro, ele sangrava e vomitava sangue num canto da sala.
Caíque: Não é bom sentir dor?
Gabriel: Chega... –Ele balbuciou.
Caíque: Eu vou fazer você parar de sentir dor. –Saquei a arma e dei um tiro na cabeça dele. Coloquei a arma na cintura. Sai da sala. O Petróleo e o Gasolina estavam do lado de fora-. Queima o corpo.
Petróleo: Podexá. –Sai da laje e entrei na sala da boca. O Léo tava sentado numa cadeira e o Polegar na mesa.
Caíque: Mete o pé Léo.
Léo: E o Gabriel?
Caíque: Ele não tava merecendo viver.
Léo: E o que eu faço.
Caíque: Fica de bico calado. Se abrir a boca pra quem que seja, vai rodar que nem o amigo.
Léo: Flw! –Ele se levantou da cadeira e saiu da boca. Ele tava assustado.

Polegar: Haha’ Léo foi a minha diversão hoje.
Caíque: Por quê?
Polegar: Chegou aqui tava quase se borrando nas calças KKK’. Mas ai quem era aquele outro.
Caíque: Irmão da Fabi.
Polegar: Crlh vei. O que pegou?
Caíque: Ele meteu a porrada na Fabi, fez ela me largar, a Fabi ta grávida e os pais dela tiraram ela de casa e fdp ajudou.
Polegar: Porra! Vai ser pai vei.
Caíque: Poisé. –Sorri.
Polegar: Ta todo bobão.
Caíque: Se fode.
Polegar: Vou meter o pé.
Caíque: Também. –Fomos saindo da boca. Tinha uns caras largados pela boca. Arrastamos eles até a varanda.
Polegar: Ela ta bem?
Caíque: Vai ficar melhor. Mas ela não queria deixar eu ver os machucados. Tavam feios pra cacete.
Polegar: Porra.
Caíque: Flw vei. Amanhã nos se fala.
Polegar: Flw! –Entrei no meu carro e fui pra casa, cheguei em casa. A Fabi tava sentada no sofá vendo TV com a Ana.
Caíque: Oi.

Ana: Oi.
Fabi: Oi. –Dei um beijo nela.
Caíque: Vou lá em cima tomar um banho. E depois eu desço ta?
Fabi: Ta. –Fui no meu quarto, tomei um banho. Coloquei só uma bermuda. Sai do banheiro, a Fabi tava no quarto. Se olhando no espelho e alisando a barriga.
Caíque: Ta melhor? –A abracei por trás.
Fabi: To sim.
Caíque: Que bom.
Fabi: Eu liguei pra minha tia.
Caíque: Pra que?
Fabi: Pra avisar que eu vou ficar aqui.
Caíque: Ata.
Fabi: Amor o que você acha?
Caíque: Do que?
Fabi: Meus pais não me apoiaram quando eu mais precisei. Quem me apoiou mais foi a minha tia que nem da família é. Só de consideração.
Caíque: Ela tem uma visão diferente da história.
Fabi: Ela que sabe tudo de nós dois. Eu confio nela e muito.
Caíque: Eu vou querer conhecer ela.
Fabi: Ta. Eu confio mais nela do que na minha mãe.
Caíque: Para de pensar assim. –Dei um beijo nela-. Esquece as coisas ruins e vive as boas.
Fabi: Sei lá. É que o jeito que a minha mãe me olhava, meu pai, meu irmão. Nossa aquilo foi tão, sei lá. Eles me humilharam demais.
Caíque: Vai passar ok?
Fabi: Ta. –A abracei. Ela caiu em cima de mim-. Nossa eu fiquei morrendo de medo de perder nosso filho.
Caíque: Ainda bem que não aconteceu nada com ele. Mas foi no médico ver se estava tudo bem?
Fabi: Fui sim. Ta tudo bem.
Caíque: Eu to com fome.
Fabi: Nem comeu nada hoje né?!
Caíque: Foi tão corrido hoje que nem deu tempo.
Fabi: Vamos lá embaixo, que eu vou preparar algo pra você.
Caíque: Ta.

Ana Narrando
Comuniquei a minha ida pra Londres as meninas, elas fizeram a maior guerra pra eu ficar. Disseram que eu não ia. Que elas iam sentir muito a minha falta, mas quem decide sou eu. Eu já tomei a minha decisão e eu vou. Disse que voltava pra visitar elas.
Cheguei em casa do colégio, achei estranho o Caíque estar com o carro do Polegar. Eles tão aprontando alguma.
Vi a Fabi sentada no sofá vendo TV. Sentei do seu lado.
Ana: Ué você e o Caíque voltaram?
Fabi: É.
Ana: O que aconteceu com você? Com seu rosto, suas pernas, braço.
Fabi: Meu irmão. Você estuda com ele, o Gabriel.
Ana: Ai ele é muito idiota. Fica mexendo comigo.
Fabi: Muito.
Ana: Por quê?
Fabi: Ele descobriu que eu e o Caíque estávamos juntos.
Ana: Ele contou para os seus pais.
Fabi: Contou. Ai eu deixei uns papéis cair e ele viu o papel do exame que dizia que tava grávida.
Ana: Cê ta grávida?
Fabi: Sim. –Sorrimos.
Ana: Parabéns. –Nos abraçamos-. Vou ser tia.
Fabi: Eu to muito feliz.
Ana: Caíque ta todo bobo né?!
Fabi: É.
Ana: Que pena que não vou nem poder ver o meu sobrinho lindo nascer.

Fabi: Por quê?
Ana: Eu vou embora.
Fabi: Ah não fica.
Ana: Eu tenho que ir. Vou morar com os meus pais.
Fabi: Em Londres?
Ana: Eu quero esquecer alguém.
Fabi: Entendi. –O Caíque chegou em casa e eles foram para o quarto. Fui para o meu. Tomei um banho, coloquei um short e uma camiseta de ficar em casa mesmo. Peguei as malas em cima do meu guarda-roupa e abri. Abri meu guarda-
Abri meu guarda-roupa e comecei a arrumar minhas coisas dentro das malas. Fui ver era 00:30, não tinha arrumado quase nada, amanhã eu termino tudo. Coloquei as malas num canto do meu quarto. Deitei na cama e dormi.
Acordei com alguém me chamando.
Xxxx: Ana! –Olhei a hora, 2 horas. Levantei pronta pra matar o indivíduo que me incomoda agora. Fui até a janela e abri. Olhei era o Polegar-. Desce ai, eu quero falar com você.
Ana: Toma no cu Polegar, é 2 horas da manhã.
Polegar: Por favor, eu preciso falar contigo.
Ana: Para de gritar, vai acordar o Caíque. Eu vou descer ai. –Coloquei um short jeans, uma blusa gola v rosa e minhas havaianas. Escovei os dentes e passei a mão mesmo no cabelo. Sai do quarto, desci às escadas e sai de casa-. Que doidera é essa de me aparecer a essa hora aqui? Ta maluco?

Polegar: Ta bom, então eu vou embora.
Ana: Não. Agora já que me acordou fala né?!
Polegar: Cê ta toda coisa ai. –Ele tava uma delícia, de bermuda, blusa preta gola v de manga comprida. Mas continuava uma delícia e muito cheiroso.
Ana: Não. Eu vou ficar curiosa e não vou conseguir dormir.
Polegar: Vamos dá uma volta.
Ana: Vamos. –Ele ligou a moto, subi e ele deu partida. Fomos para uma praça, tava vazia. Milagre o morro está quieto hoje. Sentamos em um banco-. E aí o que quer conversar comigo?
Polegar: Você vai embora mesmo?
Ana: Vou.
Polegar: Fica aqui comigo.
Ana: Hãn?
Polegar: Sério, fica.
Ana: Não.
Polegar: Por quê?
Ana: Eu não consigo mais ficar aqui. Não quero mais.
Polegar: E vai me deixar de novo?

Ana: A gente estava junto?
Polegar: Não, mas você tava aqui e eu podia sempre te ver. Mas você vai não sei lá pra onde.
Ana: Londres.
Polegar: É.
Ana: Polegar você tem mulher cara.
Polegar: E daí? Ela caga e anda pra mim. E quem cuidava realmente de mim ta indo embora.
Ana: Tudo que fazemos na vida tem suas conseqüências.
Polegar: To provando isso agora.
Ana: Segue sua vida. Cuida do morro, do Pedro. Como sempre fez antes. Esquece que eu passei um dia pela sua vida.
Polegar: E quem disse que eu quero esquecer?
Polegar: E quem disse que eu quero esquecer?
Ana: Eu ficando aqui eu sei que não vou te esquecer. Por isso to indo.
Polegar: Então fica aqui comigo. Vamos ficar juntos.
Ana: Não Polegar, eu não posso.
Polegar: Se você quiser eu te peço 1 milhão de desculpas. Me desculpa Ana.
Ana: Eu não sei se consigo te desculpar. Eu posso dizer, mas estarei me enganando e ti enganando. Eu não sei se falar que te desculpo e eu não sinta que tenha realmente te perdoado.
Polegar: Sei. Ana fica comigo hoje.
Ana: Não.
Polegar: Me dá um último beijo. Por favor. –Ele tentou me beijar, afastei ele.
Ana: Não é certo.
Polegar: O que é certo?

Ana: A gente não ficar.
Polegar: Eu prefiro o errado. –Ele tentou me beijar de novo.
Ana: E o meu coração como fica.
Polegar: Eu só quero me despedir de você. Eu não sei quando vou te ver. Ana, eu sou louco por você.
Ana: A gente não da certo juntos.
Polegar: Mas acontece que o tesão manda na gente.
Ana: Você não desisti?
Polegar: De que?
Ana: Disso Polegar. –Ri.
Polegar: Você vai ficar?
Ana: Não.
Polegar: Por que?
Ana: Porque eu quero esquecer você
Polegar: Então fica comigo essa noite. Que eu prometo nunca mais te perturbar.
Ana: Não confio em você.
Polegar: Nada que eu faça agora vai tirar isso da sua cabeça?
Ana: Não. –Me levantei e sai. Ele parou a moto do meu lado.
Polegar: Te deixo em casa.
Ana: Eu preciso andar, pensar um pouco.
Polegar: Vamos logo. –Subi na moto, ele me deixou em casa, desci da moto.
Ana: Tchau.
Polegar: Tchau. –Abri a porta de casa, ele segurou no meu braço.
Ana: Polegar...

Polegar: Eu quero ter uma lembrança boa da última noite que ficamos juntos. –Ele me puxou e grudou nossos corpos. Bati no peitoral dele.
Ana: Me solta. –Ele me segurava firme em seus braços, passei a mão em seu peitoral. Ele me olhou fixamente nos olhos, me perdi. Eu não posso.
Ele passou a mão no meu cabelo e parou na minha nuca. Meu coração tava acelerado. Ele se aproximou os lábios do meu e me beijou. Me entreguei ao beijo e deixei que rolasse. Ele puxava o meu corpo cada vez mais ao dele. Coloquei a mão na nuca dele e fiquei arranhando de leve, ele arrepiou. Ele beijou a minha orelha. Paramos o beijo com alguns selinhos-. Tchau. –Sorrimos.
Polegar: Fica mais aqui.
Ana: Você não ta merecendo. –Pisquei.
Polegar: Faço merecer. Vamos da uma volta?
Ana: Ta abusando demais não acha?
Polegar: Para de ficar na defensiva.
Ana: Eu não quero mais ficar desse jeito.
Polegar: Então fica.
Ana: Não. –Me soltei dele e entrei em casa. Ouvi o barulho da moto sendo ligada e ele indo embora pela janela. Fui para o meu quarto, deitei na cama. Eu vou seguir a minha vida. Eu vou.

Acordei, eram 8 horas. Vou pegar o avião das 16 horas da tarde. Levantei, tomei um banho e vesti qualquer roupa. Fui à cozinha. O Caíque tava chegando em casa. E a Fabi tava na cozinha.
Caíque: 14 horas eu passo aqui, pra te levar para o aeroporto.
Ana: Ok.
Caíque: Ainda da tempo de desistir?
Ana: Não, eu vou até o final.
Fabi: Eu acho lá muito lindo.
Ana: Já foi lá?
Fabi: Com uns amigos.
Ana: Que legal.
Fabi: O povo de lá é bem simpático, você vai se dar bem.
Ana: Espero.
Caíque: Depois eu to ai.
Ana: Ok. –Ele saiu. A Dani e a Luísa chegaram na cozinha.
Luísa: Ei vaca.
Ana: Oi meninas.
Dani: Já arrumou as coisas.
Ana: Só falta algumas coisas. Vamos lá pra cima, vem Fabi. –Fomos pro meu quarto, ligamos o rádio e elas me ajudaram a arrumar todas as minhas coisas-. Ai gente promete que vão manter contato?

Dani: Sempre.
Ana: Fabi manda fotos da sua barriga crescendo cada mês que você completar.
Luísa: Você ta grávida?
Fabi: Sim. –Ela sorriu.
Dani: Parabéns. –Elas se abraçaram.
Ana: Gente uma hora já. Vou tomar um banho.
Luísa: Gente vai levando suas coisas lá pra baixo.

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