sábado, 14 de dezembro de 2013

capitulo 27

Acordei com o Dudu me dando vários beijinhos no rosto. Abri os
olhos devagar. Estávamos no meu quarto. Ele tava sentado do meu lado.
Bia: Bom dia.
Dudu: Bom dia. –Sorrimos.
Bia: Pensei que tínhamos dormido na sala.
Dudu: Você tava com frio e ai te trouxe pra cá.
Bia: Dormiu lá em baixo?
Dudu: Dormi.
Bia: Dudu?
Dudu: Oi.
Bia: Por que não dormiu comigo?
Dudu: Porque eu pensei que você não quisesse.
Bia: Ah amor, eu gosto de dormir juntinho de você. Você dormiu no sofá?
Dudu: Tava bem confortável.
Bia: Pegou edredom e travesseiro?
Dudu: Não. –Ri.
Bia: Ai amor. Por que fez isso? Sentiu muito frio né?
Dudu: Uhum. –Ele fez cara de bebê.
Bia: Nossa Dudu! –Levantei da cama, fui ao banheiro, fiz minhas higiene. Voltei pro quarto, sentei no colo dele-. A gente já dormiu várias vezes juntos.
Dudu: Mas depois do que me disse ontem, pensei que não gostasse.
Bia: Eu amo dormir com você.
Dudu: Hum, isso é bom.
Bia: Muito bom. –Nos beijamos. Paramos o beijo com selinhos-. Vamos sair hoje?
Dudu: Claro, hoje você é só minha e de mais ninguém. –Ele
piscou pra mim e sorriu de lado.
Bia: Não só hoje como sempre.
Dudu: Acho bom. –Ele beijou minha bochecha.
Bia: Abusadinho você ein.
Dudu: Eu posso.
Bia: Vamos pra onde?
Dudu: Surpresa.
Bia: Ah odeio surpresas.
Dudu: Calma, vale a pena.
Bia: E aquela outra surpresa?
Dudu: Eu te conto depois.
Bia: Ah Dudu.
Dudu: Lá eu conto.
Bia: Oba.
Dudu: Então vai se arrumar.
Bia: Que horas são?
Dudu: 11 horas.
Bia: Nossa como eu dormi.
Dudu: É. –Fui ao banheiro e tomei um banho. O Dudu foi tomar banho no outro banheiro. Fiz um make fraquinho. Deixei o cabelo solto mesmo. Passei perfume 212 sexy. 

Roupa da Bia: 
http://fashion.me/canvas/show?vasu=211088.634681329150077028

O Dudu já tava pronto me esperando lá em baixo. Terminei de me arrumar. Desci às escadas. O Dudu via televisão. Ele me olhou e sorriu.
Bia: Vamos?
Dudu: Vamos. –Ele veio até mim. Segurou na minha mão. Me deu um beijo no pescoço-. Ta linda como sempre.
Bia: Obrigado. –Sorri tímida olhando pra baixo. Saímos de casa. Ele subiu na moto, ligou. Subi na moto. Saímos do morro e fomos em direção a um lugar que eu não conhecia. Chegamos ao tal lugar. Tinha uma enorme árvore, com uma sombra. Era um penhasco. Com a grama cerrada, um vento delicioso. Com vista para o mar. Era uma visão perfeita. Sentamos de baixo da árvore. Onde tinha uma toalha quadriculada e uma cesta de piquenique.
Bia: Que lugar lindo Dudu. Como descobriu aqui?
Dudu: Quando eu morava aqui. Meu pai sempre me trazia aqui.
Bia: Aqui é lindo. Perfeito.
Dudu: Também acho. Então, ta com fome?
Bia: O que temos pra comer? –Ele abriu a cesta e colocou as coisas em cima da toalha. Tinha uma variedade de pãezinhos, sucos, queijos, presunto, patê, frutas. Tava tudo uma delícia. Ele colocava uvas na minha boca. Seguidos de selinhos e beijos. Ali só existíamos nós dois e nada poderia estragar nossa felicidade. Nos beijamos e nos amamos a tarde inteira. Ele tinha até um violão ali e ele cantou pra mim várias músicas lindas. O sol já estava se pondo. E o céu tava lindo.
Dudu: Sabe amor, aproveitando esse clima, eu queria te dar uma coisa. Te fazer um pedido. E queria te contar também uma coisa.
Bia: Sou todos os ouvidos.
Dudu: Então, Bia desde que eu te conheci eu vi que tinha algo mais em você e sabia que não ia desistir de você tão cedo. Mesmo você me ignorando completamente no começo. Mas ai você foi deixando eu entrar e acabou que algo mais forte que a gente criou dentro dos nossos corações. Sabia que não poderia te deixar de jeito nenhum. A distância e o tempo só veio para nos mostrar o quanto nós nos amamos e me fez me tornar uma pessoa melhor. Você me mudou Bia. E se eu to aqui hoje com você, só pra você. É que eu sei que o
meu amor por você é verdadeiro. Você é a minha vida agora Bia. Eu me preocupo com você. E queria te dizer. Que eu amo você. Seus sorrisos, a sua voz, seus abraços, tem um valor enorme sentimental pra mim. Nunca me deixe só. –Lágrimas rolaram no meu rosto-. Bia você aceita namorar comigo? –Ele tirou uma caixinha do bolso, abriu e me mostrou duas alianças lindas. Eu não sabia o que responder. Mas era claro que era sim. Mas a emoção era tão grande. Ele me olhava. Eu chorava e sorria.
Bia: Ai Dudu eu não sei o que dizer.
Dudu: Sim iria ajudar muito.
Bia: Ai seu bobo. Mas é claro que eu aceito, sim. –Ele sorriu
e nos beijamos. Paramos com selinhos. Sorrimos-. Te amo, tanto. –Ele colocou a
aliança no meu dedo. Coloquei a outra no dedo dele.
Dudu: Você é linda. –Demos um selinho demorado-. Bom agora vem a surpresa.
Bia: Pensei que aquela fosse à surpresa.
Dudu: Não.
Bia: Ai aguenta coração. –Ele batia feliz e acelerado. Ri.
Dudu: Então, como eu disse que quando eu era pequeno eu morava aqui no Rio. De tanto eu encher o saco do meu pai. Ele me deu a chave da casa daqui.
Bia: Você vai se mudar pra cá?
Dudu: Vou.
Bia: Eu não acredito nisso amor. –Pulei nos braços dele-. Ai eu to muito feliz.
Dudu: Também.
Bia: Agora não vai haver distância que vai nos separar.
Dudu: Nunca mais. –Nos beijamos. Estava escurecendo e resolvemos ir embora. Chegando ao morro, passamos em frente a casa da Ana e do
Polegar e estava uma gritaria do cacete ali. Tava o carro do Polegar e um outro
carro preto que eu não conhecia.
Bia: Que diabos ta rolando aqui?
Dudu: Vamos lá ver.
Bia: Epa! É o carro dos meus pais. Eu não acredito
nisso.
Dudu: Mas eles não estavam em Londres?
Bia: Falou certo eles não estavam?
Dudu: Que merda. Bia? –Passava várias coisas na minha
cabeça, eles vão me querer levar pra longe do Dudu.
Bia: Amor?
Dudu: Você quer entrar?
Bia: São os meus pais.
Dudu: E se eles quiserem te levar embora?
Bia: Não sabemos o que ta rolando lá dentro.
Dudu: Bia não ta ouvindo? Eles vão levar a Ana e se
verem você. Você vai também.
Bia: Ninguém vai me separar de você.
Dudu: Mas Bia?
Bia: Dudu, tudo vai da certo ok?
Dudu: Ok amor. –Saímos da moto. O Caíque chegou rápido
de carro, ele estava sozinho.
Caíque: Não entra lá dentro.
Bia: Como assim? E a Ana?
Caíque: Eu cuido disso.
Bia: Mas e eu?
Caíque: Dudu leva a Bia daqui.
Bia: Não Caíque.
Caíque: Faz o que eu to mandado caralho! –O Dudu me
puxou, subimos na moto e ele me levou para fora do morro. Paramos em um prédio
lindo. Ele entrou pelo estacionamento e deixou a moto. Subimos do subsolo até o
último andar. Meu pensamento estava todo na Ana e o que estaria acontecendo lá.
O Dudu apertou a minha mão. Saímos do elevador, ele pegou as chaves e entramos
no apartamento.
Dudu: Esse aqui é o meu apartamento. Repara na bagunça
não porque eu ainda não tive tempo de arrumar. –Era grande e espaçoso o
apartamento, vista para a praia. A cidade tava linda aquela noite. Ele me
abraçou e chorei de soluçar em seu ombro.
Ana Narrando

O dia tava tão legal. O Polegar ficou
comigo a tarde toda. O Pedro tava pra casa da mãe dele, é aniversário dela. Ficamos
a tarde inteira na cama comendo doce e besteira e vendo filmes. Abraçadinhos. O
filme tinha acabado. Ele me abraçou por trás e beijou meu rosto.
Ana: Adoro ficar assim com
você.
Polegar: Eu também. –Ele sussurrou
no meu ouvido. Tava quase de noite já.
Ana: Vou tomar um banho ta?
Polegar: Ta bom.
Ana: Quer vir comigo?
Polegar: Eu vou lá lavar
essa louça depois eu tomo banho.
Ana: Que prestativo o meu
homem.
Polegar: Não quero te dar
trabalho.
Ana: Ta carinhoso hoje ein
amor.
Polegar: Sempre to.
Ana: É ultimamente está
mesmo.
Polegar: É por que eu te amo
muito.
Ana: Que lindo amor. Eu te
amo muito ta? –Nos beijamos. Ele levou a louça pra cozinha e eu fui tomar
banho. Tomei um banho bem quentinho e relaxante. Fiquei conversando com a minha
bebezinha linda.
Ana: Ei princesinha da mamãe,
como é o seu rostinho ein? Eu e o papai estamos loucos pra te conhecer. Minha
lindinha. Mamãe te ama muito sabia? –Terminei o banho. Coloquei a minha roupa. Sai
do quarto e desci as escadas. Antes mesmo de descer as escada vi a figura de
duas pessoas paradas no hall de entrada com o Polegar. Olhei para a mulher
loira cheia de plásticas e bem vestida e para o cara alto, cabelo grisalho
charmoso e barba feita. Meus pais! Como assim eles estavam no Brasil? E eles não
me disseram nada. Como eles sabiam que eu estava aqui. Ah meu deus eles sabem
do Polegar. No mesmo momento tive a sensação de voltar pro quarto com o
Polegar, deita e fica abraçada com ele. Mas tive que encarar o que estava
acontecendo. Eles estavam ali e a cara não era muito boa. O Polegar me olhava,
olhava pra eles, ele não sabia onde enfiar as mãos.
Ana: Mãe, pai esse é o Polegar. Pai da minha filha. –Parei perto deles. A minha mãe deu um tapa muito forte na minha cara. Doeu e muito, no coração mais ainda. Ela estava vermelha. Coloquei a mão no rosto.
Sandra: Como pode em sua ingrata? Depois de tudo o que fizemos por você. As viagens, os presentes, as melhores coisas, tudo o que você queria nós te demos. E você vem se enfiar nesse lugar? E com ele? Jogando sua vida para o ar. E a faculdade Ana? E todos os nossos sonhos. Você seria bem sucedida na vida e o que descobrimos assim que viemos para o Brasil? Você e os seus irmãos se enfiaram nesse lugar. Você é uma piranha! Você e a sua irmã. Duas putas que nunca deram o valor que eu e o seu pai demos a vocês e todas as oportunidades.
Ana: Você e o meu pai? Só o meu pai você quer dizer. A única coisa que você faz é gastar o dinheiro dele.
Sandra: CALA A BOCA. –Ela me deu outra tapa no meu rosto.
Polegar: Tira a mão dela. Ela não pode se estressar. Ela ta grávida.
Sandra: E você seu moleque de merda. Você fez a cabeça da minha filha e agora ela ta ai grávida.
Ana: Você não sabe de nada, nunca soube.
Sandra: Cala a boca Ana.
Ana: Não me manda calar a boca. Você nunca se importou com a gente. Por que disso agora? Pesou a consciência foi?
Sandra: Você vai embora com a gente e você vai tirar
essa criança. –Comecei a chorar compulsivamente, sentei no sofá e coloquei a mão na barriga.
Polegar: Você não é maluca de encostar num fio de cabelo da Ana e encostar na minha filha.
Fábio: Rapaz.
Sandra: Você vai com a gente e fim de conversa.
Ana: Não vou.
Caíque: O que ta acontecendo aqui?
Ana: Caíque não me deixa eles me levarem.
Sandra: E você também Caíque. Sempre soubemos que você não tinha muito futuro, mas virar bandido? Isso nunca.
Caíque: Olha só eu faço o que eu quero e eu não quero saber de você dando opinião na minha vida. Caso você não se lembre eu sempre cuidei da Bia e da Ana. Enquanto você e o meu pai saíam sempre fiz tudo. Mas eu cansei. E agora eu to muito bem.
Sandra: Ingrato. E cadê a Bia?
Caíque: Não te interessa.
Fábio: Cadê sua irmã?
Caíque: Em um lugar.
Sandra: Ana entra no carro agora e vamos.
Ana: Não!
Sandra: AGORA ANA!
Ana: Por favor não faz isso comigo. Eu amo ele.
Sandra: Não ama! Você não sabe o que é amor de verdade.
Ana: E você sabe?
Sandra: Já chega. –Ela me puxou pelo braço e foi me
arrastando. 
Polegar: Solta ela. –Ele me puxou e nos abraçamos-. Eu
te amo loirinha, nada vai nos separar, nada. Eu vou te buscar.
Sandra: Vamos sua puta. –Ela me jogou dentro do carro. O meu pai e minha mãe entraram no carro. Olhei pela janela.
Polegar: Eu te amo minha princesa. –Ele tava chorando. Queria
tanto abraça-lo e sentir o seu cheiro. Sua voz rouca no meu ouvido. Disse eu te
amo. Enquanto o meu pai descia o morro eu o olhava. Olhava a nossa casa, o
nosso ninho de amor. Chorava.
Sandra: Engole o choro que não aconteceu nada.
Ana: Vou me separou dele.
Sandra: Isso é para o seu bem.
Ana: EU ODEIO VOCÊ! –Logo chegamos na minha antiga casa. A casa dos meus pais. Lá parecia que nada tinha mudado. O mesmo silêncio e chatice de sempre. As mesmas chatices de sempre. Gente metida e esnobe que por traz daquela pose é só uma gente infeliz e sem amor. Sai do carro, ela me arrastou pra casa como seu eu fosse uma criminosa. Meu pai não estava ali.
Sandra: Amanhã mesmo eu vou te levar a um médico e ele vai tirar essa coisa que ta dentro de você.
Ana: Não chama a minha filha de coisa. Ela não é, ela é gente. Eu sou a mãe dela. E não adianta quantos tapas você der na minha cara que não vai adiantar. Eu não vou desistir dela minha filha e do Polegar. Eles foram as melhores coisas que aconteceram na minha vida.
Sandra: Já chega Ana! Não vai e ponto quem decide sou eu.
Ana: Eu tenho 18 anos. Eu mando em mim e se eu quiser sair eu posso ir. Isso é cárcere de privado.
Sandra: A polícia vai adorar saber onde fica o seu namoradinho e os amigos deles.
Ana: Vai ser capaz de fazer isso com o seu filho?
Sandra: Ele não é mais o meu filho.
Ana: E o que você quer de mim?
Sandra: Você é a única que me restou benzinho.
Ana: Se trata sua maluca. Você é doente. Isso é consequência desses bronzeamentos artificiais que você faz. Você sempre teve inveja de mim. Não é a toa que sempre quer se parecer comigo. INVEJOSA.
Sandra: Cala a boca. Você vai amanhã comigo ao médico e acabou. Vai para o seu quarto.
Ana: Eu detesto você. Você é uma piranha. Eu odeio você. –Fui para o meu quarto. Sentei na cama e desabei em chorar. Passava a mão na minha barriga-. Tudo vai ficar bem minha filha, a mamãe te ama muito. Você é a minha pequenininha. Sempre vai ser. Ela não vai tocar em você. –Meu coração doía demais. Ela não pode tirar a minha filha. Não pode me tirar daqui. Não pode me separar das pessoas que eu amo. Deitei na cama eu só sabia chorar e chorar cada vez mais. Eu sabia que ele ia arranjar um jeito de me tirar daqui. Eu sabia. Aquilo me deixava mais agoniada. Meu pai entrou no meu quarto. –SAI DAQUI! –Taquei meu travesseiro nele.
Fábio: Ana calma. Calma! –Ele fechou a porta com a chave e veio e me abraçou.
Ana: Me solta você não é meu pai. Você destruiu a minha vida. Você vai tirar a minha filha com ela. Eu detesto vocês. –Me debati.
Fábio: Calma Ana, eu não concordo com nada.
Ana: Mas ta deixando ela fazer isso comigo. –Chorava sem parar.
Fábio: Ana, eu prometo a você nada vai acontecer a sua filha. Eu contei a ela e não sabia que tudo isso iria acontecer. Eu vou te proteger. Vou cuidar de você.
Ana: Pai por que isso?
Fábio: Ana você sabe como ela é. Mas ela chegou a esse ponto. Eu também não sei o que fazer.
Ana: Pai por favor me tira daqui? –Me agarrei a blusa dele como fazia quando tinha medo, quando eu era pequena.
Fábio: Ana o que eu sempre te disse? Espera a poeira abaixar. Tudo vai se resolver.
Ana: Pai...
Fábio: Calma amor. –Ele ficou fazendo carinho em mim e me ninou como se eu fosse uma garotinho. E era que eu me sentia, uma menina indefesa. Acabei adormecendo ali no colo dele. 
Acordei meu pai ainda estava lá. Era cedo de manhã. Ele tinha colocada uma coberta em cima de mim. Eu estava um pouco mais calma. Meu pai acordou também-. Bom dia meu anjo.
Ana: Bom dia pai.
Fábio: Melhor?
Ana: Indo né pai.
Fábio: Toma aqui. –Ele me deu o celular dele.
Ana: Pra quê?
Fábio: Ana não da bobeira com o celular. Usa em horários que não tiver ninguém olhando. Não deixa a sua mãe pegar. Esconde. Ok?
Ana: Tudo bem pai
Fábio: Faça bom uso.
Ana: Ok. –Ele saiu do meu quarto. Iria esconder o celular em um fundo falso no meu guarda-roupa. Onde ficava o meu diário. Mas era velho. Devia ter uns 14 anos. Levantei da cama e fui para o banheiro. Deixei a banheira enchendo. Joguei uns sais e umas águas de cheiro. Com ali na água pra poder relaxar. Parece que conservaram a casa ou eles estão aqui a muito tempo. A banheira encheu e ela tava uma delícia. Tranquei a porta do banheiro, liguei uma música. Eu precisava relaxa. Precisa passar boas energias pra minha filha. Entrei na banheira e disquei o número do Polegar. Depois de duas chamadas ele atendeu.

Começo da Ligação
Polegar: Alô? –Ele atendeu com a voz rouca. Ele fica assim quando ta muito cansado.
Ana: Amor? 
Polegar: Ana? Ai você ta bem? Ela fez algo com você ou com a nossa filha? Pelo amor de Deus Ana. Eu prometo que vou te buscar.
Ana: Polegar eu te amo tanto.
Polegar: Nossa eu to enlouquecendo aqui. Eu preciso de você minha loirinha.
Ana: Eu também meu amor. Eu te amo. –Comecei a chorar.
Polegar: Eu vou atrás de você minha loirinha. Sua casa ta cercada por seguranças. Não tem como entrar.
Ana: Polegar me tira daqui. Eu preciso de você. Ela quer tirar a nossa filha, nossa pequena.
Polegar: Eu não vou deixar de jeito nenhum.
Ana: Meu pai me deu o celular pra eu poder falar com você.
Polegar: Ana calma. Você vai ter que ter um pouco de paciência. Eu to pensando em tudo.
Ana: Tudo bem amor.
Polegar: Cuida da nossa bebezinha.
Ana: Sempre. Sempre que você me ligar. Me liga de madrugada. Eu vou te atender. É a hora que ela ta dormindo. 
Polegar: Tudo bem.
Ana: Amor eu sei que tudo o que ta acontecendo é...
Polegar: Eu sei.
Ana: Mas você precisa descansar. Precisa cuidar do Pedro.
Polegar: Eu só penso em você. 
Ana: Eu também amor. Nossa eu to aqui com o coração apertado. Poxa, eu sinto tanto a sua falta. Nossa eu não consigo...
Polegar: Não chora amor.
Ana: Como não? Eu não entendo porque ela faz isso comigo. Ela é perturbada. Amor por favor. Eu não aguento mais.
Polegar: Ana você é a minha vida entende? Sempre foi. Eu não vou abandonar vocês ai.
Ana: Eu sei. Só tenho medo dela.
Polegar: Não tenha ta? Tudo vai ficar bem. 
Ana: Me liga todos os dias ta? Não me deixa sozinha. Não me esquece.
Polegar: Como eu vou esquecer a pessoa que mudou a minha vida?
Ana: Eu preciso de você...
Polegar: Eu vou levar o Pedro pro colégio. Te ligo a noite.
Ana: Tudo bem. Me liga 1 hora da manhã por aí. Não muito tarde.
Polegar: Tudo bem meu amor. Se cuida ta? Qualquer coisa me lida. Pelo amor de Deus Ana.
Ana: Ta Polegar. Eu te amo.
Polegar: Eu te amo.
Fim da Ligação

Coloquei o celular em cima da tampa do vaso. Sai da banheira. Me sequei. Coloquei qualquer roupa. Deitei na cama e fiquei deitadinha ali. Bateram na porta. Era a filha da empregada. Nos sempre nos falávamos bem na época que morávamos aqui.
Ana: Oi Maria. –Ela trazia o meu café na bandeja.
Maria: Sua mãe saiu e eu vim trazer o seu café. Você não desceu pra comer.
Ana: Ah Maria obrigado.
Maria: Você ta bem?
Ana: Indo.
Maria: Manter a calma sempre é o melhor.
Ana: To tentando.
Maria: É menino ou menina?
Ana: Menina, Brunna.
Maria: Que fofo.
Ana: É sim. –Olhei pra baixo e dei um meio sorriso.
Maria: Tudo vai se acertar você vai ver.
Ana: Obrigado.
Maria: Eu tenho que ir. 
Ana: Ta bem. –Ela saiu do quarto. Tomei o meu café e depois ela veio buscar. Fiquei deitada na cama. Não tinha vontade de fazer nada de só dormir e ficar encolhida na minha cama e sem sol algum no meu quarto. Eu queria ficar no escuro. Assim eu ficava mais confortável.
Os dias se antecederam e a velha me perturbava. Mas o meu pai sempre entrava no meio pra me defender. Eu falava com o Polegar, com as meninas e isso me deixava bem. Mas não era a mesma coisa.
Logo os meses se passaram e a minha barriga crescia, já estava de 8 meses é faltava pouco pra eu ver a cara da minha menininha. Mas o triste era que eu continuava ali e eu queria o Polegar perto de mim. Eu não saia de casa. Não podia fazer nada. Eu só ia ao médico fazer as consultas e voltava pra casa. 
Era domingo e como sempre eu tava deitada na cama. Meu pai entrou no quarto.
Fábio: Oi Ana.
Ana: Oi. Ta tudo bem?
Fábio: Você quer sair?
Ana: Pra onde?
Fábio: Shopping?
Ana: Eu não sei pai, to tão cansada.
Fábio: Vai que te anima.
Ana: Ah então ta. Mas e a minha mãe?
Fábio: Ela saiu.
Ana: Ela deixou eu ir?
Fábio: E precisa?
Ana: Tudo bem. –Ele saiu do quarto. Fui tomar banho, me perfumei e passei um make bem leve não queria me maquiar muito. Deixei o cabelo solto mesmo. A pior parte de ter que sair de casa era achar uma roupa que ficasse legal. 
Meu pai apareceu na porta.
Fábio: Ta linda minha princesa.
Ana: Ah pai, obrigado.
Fábio: Pronta?
Ana: Sim.
Fábio: Vamos. –Descemos as escadas e saímos de casa. Entramos no carro dele e fomos em direção ao shopping. Logo chegamos no shopping. Meu pai deixou o carro no estacionamento e entramos no shopping-. Pensei que iria gostar de sair um pouco.
Ana: Pra mim tanto faz. –Passei o braço pelo dele.
Fábio: Ei minha princesa fica feliz você vai ter uma linda menininha.
Ana: Mas eu não to perto das pessoas que eu amo. Não que eu não te amasse. Mas eu queria ta pelo menos perto dos meus amigos, do Polegar. Da Luísa. 
Fábio: Vocês eram tão unidas. Me lembro que vocês programavam se casar juntas e ter filhas juntas.
Ana: É.
Fábio: Tudo vai se resolver.
Ana: Quando? Quando ela vai parar de me perturbar. Foi sempre assim e você sabe.
Fábio: Calma Ana.
Ana: É, mas eu sinto tanto a falta de todos eles.
Xxxx: Loirinha. –Sussurraram no meu ouvido. Era a voz do Polegar. Sorri. Meu pai sorriu.
Fábio: Olha pra trás. –Me virei pra trás. Lá estava ele. Meu lindo. Ele estava lindo sorrindo pra mim.
Polegar: Sentiu a minha falta?
Ana: E como? –Nos abraçamos e nos beijamos. Meu pai tossiu-. Ah desculpa.
Polegar: Nossa como sua barriga cresceu. E a nossa menininha ta bem?
Ana: Ta sim.
Fábio: Cuida dela ein rapaz.
Ana: Vai aonde pai?
Fábio: Tenho uma reunião. Uns negócios pra fechar.
Ana: No final de semana?
Fábio: É fazer o que.
Ana: E vai assim?
Fábio: Claro que não né Ana. Eu trouxe roupa.
Ana: Nossa senhora já veio na intenção.
Polegar: Tudo planejado né?
Ana: Nas minhas costas?
Fábio: Num reclama. Eu passo pra te buscar mais tarde. Eu ligo quando tiver saindo da empresa. Tchau. 
Polegar: Tchau. –Meu pai saiu. Eu e o Polegar saímos do shopping. Entramos no carro.
Ana: Vamos pra onde?
Polegar: Fazer uma surpresa pras meninas. Elas estão com saudade.
Ana: Sério meu amor?
Polegar: É sim.
Ana: Eu tava com tantas saudades de você. De todo mundo.
Polegar: Eu também. –Ele colocou a mão no meu queixo. Nos beijamos. Foi um beijo intenso. Um beijo de saudade. Um beijo de desejo. Um beijo que eu amei.Um beijo que só paramos quando nos faltou ar. Ficamos um tempão abraçados. Eu sentindo o cheiro dele. Fazendo carinho na sua nuca. Ele alisava a minha barriga e dava beijinhos na minha nuca.
Ana: Sinto tanto a sua falta.
Polegar: Eu também. Foram três meses longe da minha loirinha.
Ana: Foram três meses longe do meu lindo.
Polegar: Num vejo a hora de tudo isso acabar.
Ana: Nem eu. Por que demora tanto pra me tirar daquela casa?
Polegar: Como minha princesa? Eu to pensando que seja até melhor você ficar lá por uns tempos.
Ana: Ta doido Polegar? Eu não aguento aquilo lá. É um inferno na terra. 
Polegar: Ana, nem tudo eu te contei.
Ana: Como assim?
Polegar: Tão querendo invadir o morro.
Ana: O que? Como você me conta isso agora Polegar? E as meninas? O Pedro?
Polegar: O Pedro ta na casa dos avós deles. As meninas tão ainda aqui no Rio. Bom elas tão num apartamento perto da sua casa.
Ana: E me avisa agora?
Polegar: Ana eu não tenho certeza ainda se vai acontecer. A gente só viu um vigia lá rondando o morro. 
Ana: E eu vou ter que ficar naquela casa?
Polegar: Eu só não quero que a nossa filha nasça no meio de uma guerra. Ta entendendo? Ana você ta grávida que parte num entendeu disso ainda.
Ana: Eu sei que eu to grávida. Mas Polegar eu não aguento mais ficar ali. Ela faz questão de infernizar a minha vida todos os dias.
Polegar: É perigoso Ana.
Ana: Eu sei. E quando vai acabar?
Polegar: Eu não sei. Eles não invadiram só estamos esperando. Bom, o Caíque queria invadir eles antes da gente. Mas eles devem ta planejando há muito tempo isso.
Ana: Tudo bem. Eu espero. –Sorri amarelo.
Polegar: Tomara que eu esteja errado. Não vai acontecer nada. Ok? 
Ana: Ok.
Polegar: Eu vou te buscar. Já até pensei em uma coisa.
Ana: Hum... O que?
Polegar: Bom, eu não sei ainda. Mas eu e o seu pai tamo pensando.
Ana: Você e o meu pai tão fechando junto.
Polegar: O velho é um dos nosso rapá.
Ana: O que?
Polegar: Conheço teu pai muito antes de você nascer.
Ana: Como assim?
Polegar: Meu pai e o seu pai eram amigos.
Ana: Tipo?
Polegar: Desse jeito que tu ta pensando.
Ana: Não acredito nisso.
Polegar: Ele me ajuda eu o ajudo. E é assim.
Ana: E ele sempre soube do Caíque?
Polegar: Ele sempre soube tudo. 
Ana: E você nunca me contou por que? –Bati nele.
Polegar: Você não me perguntou. –Dei outro tapa nele-. Ai porra. –Ele riu.
Ana: Mas ai o que tão pensando?
Polegar: Assunto nosso. 
Ana: Ah num gostei. Vocês dois amiguinhos.
Polegar: Muito ciumenta.
Ana: Sou mesmo. –Ri. Ele ligou o carro e deu partida. –
Polegar: Quer ver as meninas?
Ana: Claro.
Polegar: Porra, pensou que tava com saudades de mim.
Ana: Mas eu to.
Polegar: Duvido. Mas antes eu quero te levar em um lugar.
Ana: Que lugar?
Polegar: Na nossa casa.
Ana: Pra?
Polegar: Quero te mostrar uma coisa.
Ana: O que?
Polegar: Lá você vê.
Ana: Ah eu to curiosa.
Polegar: A curiosidade mato o gato.
Ana: To pouco me fodendo pro gato.
Polegar: Ui ela é agressiva. Mas você vai gostar.
Ana: Ta bom. –Sorri. Logo chegamos no morro, na casa dele. Lá não tinha mudado nada. A mesmas pessoas, a mesma movimentação. Mas era aquilo que eu gostava e a minha mãe não entendia isso. Saímos do carro. Tinha umas garotas que tavam na casa do lado paradas no portão que ficaram me encarando e cochicharam. Entramos na casa.
Polegar: Vem. –Ele pegou na minha mão. Subimos as escadas. Paramos na porta de um quarto que costumava ficar vazia. Era de frente pro nosso quarto. Na porta tinha uma placa dizendo: “Aqui dorme uma princesa”. 
Ana: Ai não acredito. Sério?
Polegar: Entra. –Ele abriu a porta pra mim. O quartinha da minha bebezinha tava lindo. Era todo rosa e branco. Tinha uma cômoda com umas fotos minhas e do Polegar e de mim grávida.
Ana: Que lindo que ficou amor. –Dei um beijo nele. Tudo tava tão lindo. O quarto tava todo montado. Até as coisas que eu comprei estavam lá. As roupinhas e tal. 
Polegar: Foi eu quem pintou o quarto.
Ana: Sério amor?
Polegar: Passei dois finais de semana pintando. Ai a Dani e a Carol me ajudaram com a decoração e tal.
Ana: Ficou muito lindo. Amei. –Dei um beijo no rosto dele-. Sabe Brunninha eu não acredito que o seu pai tenha pintando o quarto mais ficou tão bonitinho. –Disse alisando a minha barriga.
Polegar: Foi eu sim. O Pedro me ajudou e olha a merda que ele fez depois de tudo que eu pintei. –Ele arrastou o guarda-roupa e tinha uma parte pintando de azul.
Ana: Ta bom amor eu acredito. –Ri.
Polegar: Depois eu vou pintar por cima.
Ana: Ata. O Pedro é uma comédia.
Polegar: É. Eu fui levar o Pedro pra casa dos avós deles ontem. A Laís falou pra caralho no meu ouvido de noite.
Ana: Por quê?
Polegar: Porque ele tava com o braço quebrado.
Ana: Claro Polegar. Ela é a mãe dele.
Polegar: E eu sou o pai e ta tudo resolvido. 
Ana: É tudo bando de farinha do mesmo saco.
Polegar: É mesmo é?
Ana: É sim. 
Polegar: É? –Ele se aproximou de mim.
Ana: É sim. –Nos beijamos. Ficamos nos beijando. Paramos o beijo com selinhos. Saímos de casa e entramos no carro. Ele foi descendo o morro-. Polegar pode te perguntar uma coisa?
Polegar: Claro.
Ana: Você já me traiu?
Polegar: Não, claro que não. Por quê?
Ana: Tem certeza?
Polegar: Tenho. O que aconteceu?
Ana: Nada.
Polegar: Me fala. Sabe que eu odeio coisas subentendidas.
Ana: É que você ficou aqui e eu lá.
Polegar: Ana você ainda tem dúvidas do meu amor por você?
Ana: Não é que sei lá. Sabe como é.
Polegar: Você não confia em mim?
Ana: Confio. Não confio é nas mulheres.
Polegar: Eu sei. Entendo meu amor.
Ana: Desculpa.
Polegar: De boa Amor. Eu também ficaria assim no seu caso.
Ana: Ta. –Logo chegamos há um prédio. Eu conhecia aquele prédio. O Bernardo morava ali-. Sério que é aqui?-Ele falou com o porteiro e entramos na garagem. Ele estacionou o carro
Polegar: É.
Ana: A Bia não ta aqui não né?
Polegar: Ela ta morando com o Dudu. Por quê? –Saímos do carro e pegamos o elevador. Subimos até o vigésimo quinto andar.
Ana: Porque o Bernardo mora aqui sabe né?
Polegar: Sei, topei com eles uns dias desses. Ele ta todo arrebentado.
Ana: Por quê?
Polegar: Dudu juntou o bonde dele em cima do cara. Lá em Cabo Frio. Quando aconteceu a parada com a Bia.
Ana: É to ligada. –O elevador parou no andar. Saímos do elevador. Uma figura conhecida vinha vindo na minha direção. Era a mãe do Bernardo. Que me olhou espantada, mas depois veio em minha direção. Puta que pariu-. Oi tia.
Alessandra (mãe do Bernardo): Oi Ana, ta sumida.
Ana: É.
Alessandra: Vejo que vem novidades por ai. –Ele alisou a minha barriga sorrindo. Sorri.
Ana: É sim.
Alessandra: Menino ou menina?
Ana: Menina. Brunna.
Alessandra: Que lindo. Parabéns para o casal.
Ana: Obrigado.
Alessandra: É pra quando?
Ana: Mês que vem.
Alessandra: Que maravilha. Agora deixa eu ir lá que eu to atrasada.
Ana: Vai sim.
Alessandra: Tchau.
Ana: Tchau. –Demos dois beijos no rosto e ela entrou no elevador. 
Polegar: Quem é essa?
Ana: Mãe do Bernardo. Um amor de pessoa, ela e o pai dele também. 
Polegar: E o filho é uma merda.
Ana: É. –Rimos. Ele abriu a porta. Entramos. Tava a Carol deitada num sofá, a Luísa no outro. A Dani tava fazendo a Juh dormir. E a Fabi sentada com os pés da Carol no seu colo-. Fala bando vagaba. –Elas me olharam.
Dani: Ana! –Elas vieram correndo me abraçar.
Ana: Que saudades de você. –O Polegar ficou com a Juh no colo pra poder Dani poder me abraçar.
Luísa: Que saudades amiga.
Ana: Também. –Ficamos todas matando a nossa saudade. Depois chegou os meninos e a bagunça ficou completa. Ficamos conversando. O Thiago que tava dormindo acordou com a nossa bagunça. Ele tava tão fofo. A Bia chegou depois com o Dudu. Tava sentada na sala conversando com a Bia.
Ana: E aí como vão as coisas?
Bia: Tão indo né? E como ta lá com a mãe?
Ana: Como sempre foi.
Bia: Ela tem uma coisa com você né?!
Ana: Ela quer ser como eu. E as coisas que ela não conseguiu fazer na juventude dela ela quer que eu faça. Mas eu não vou fazer.
Bia: Que barra. Vocês nunca se deram bem.
Ana: É. Eu não quero que a Brunna nasça e fique perto daquela maluca.
Bia: Mas o Polegar vai te tirar de lá.
Ana: É. Só to esperando o dia.
Bia: Soube o que ta acontecendo no morro né?
Ana: É soube. Ele disse que só não me tira de lá pelo o que ta acontecendo que não quer que a Brunna nasça no meio de uma guerra.
Bia: É perigoso.
Ana: Meu pai ta me ajudando muito também.
Bia: Eu encontrei com ele esses dias. Tava eu e o Dudu sentados num banco em frente a praia. Ai ele tava correndo. Ele passou, mexi com ele. Ele ficou um tempão lá com a gente conversando.
Ana: O namoro de vocês ta bom?
Bia: Ta sim. A gente passa muito bem. Ele ta até trabalhando.
Ana: Ah que legal.
Bia: To terminando o colégio. Ele passou pra faculdade. É isso.
Ana: Nossa que legal. –Meu pai me mandou mensagem “To saindo daqui. Você ta aonde?”. Respondi: “Eu to no prédio onde o Bernardo mora. Pode me buscar aqui?”. Ele logo respondeu: “Ta bom to chegando”.
Ana: Tenho que ir.
Bia: Mas já?
Ana: É fazer o que?
Bia: Se cuida. E cuida da Brunninha também.
Ana: Ta bom. –Nos abraçamos. –Fui na cozinha onde eles estavam-. Gente eu to indo ta?
Polegar: Já Ana?
Ana: É amor. Meu pai disse que já ta vindo. –Me despedi de todos.
Polegar: Que saco. Vou te levar lá em baixo.
Ana: Ta. –Me despedi de todos.
Luísa: Se cuida ein?
Ana: Sempre. –Eu e o Polegar saímos de casa. Descemos o elevador. Meu pai esperava no carro na porta do prédio.
Polegar: Ei princesa, eu te amo ta?
Ana: Tudo bem. –Abaixei a cabeça-. Eu espero.
Polegar: Eu prometo. –Ele levantou o meu rosto-. Vou sentir sua falta.
Ana: Também. –Nos beijamos. Ele alisava a minha barriga fazendo carinho e fazia carinha no meu rosto com a outra mão-.Tenho que ir. –Nos abraçamos.

Polegar: É. Se cuida ein loirinha.
Ana: Sempre amor. Você também. Eu te ligo hoje à noite ta?
Polegar: Ta bom amor. –Ele me deu um selinho e abriu a porta do carro pra mim. Entrei no carro e ele fechou a porta. Meu pai deu partida.
Fábio: E aí como foi?
Ana: Ai pai foi ótimo. Rever os meus amigos, o Polegar, todo mundo é tão bom. E você?
Fábio: Fechei o negócio com uma empresa francesa e parece que vai entrar uma boa grana ai.
Ana: Parabéns. Ai pai o Polegar pintou o quarto da nossa princesinha.
Fábio: Que bom filha.
Ana: Ta lindo, uma gracinha. –Logo chegamos na nossa casa. Minha mãe estava sentada no sofá lendo uma revista.
Sandra: Se divertiram muito?
Fábio: Sim.
Sandra: Que bom. –Ela tava com uma cara de azedume do cacete. Fui direto pro meu quarto. Tomei um banho e deitei na cama. Fiquei vendo TV me lembrando do dia de hoje, foi ótimo. Sorria que nem boba. Via televisão, mas nem prestava muito atenção. Comi alguma coisa e depois eu fui dormir. 
Acordei já era 11 horas. Não estava muito bem. Num sei uma sensação estranha. Fui ao banheiro, fiz minhas higiênes, tomei um banho. Coloquei um vestidinho soltinho e fui comer. Desci às escadas. Peguei um suco de maracujá na geladeira e uns biscoitos. Comi e voltei pro meu quarto. Peguei o celular no meu esconderijo. O Polegar não tinha me ligado. Mandei uma mensagem pra ele. Fiquei esperando ele responder. Fiquei vendo televisão e nada dele me responder. O dia inteiro passei sem contato com ninguém. 

Os dias foram se passando e ninguém respondia mensagem ou me retornava. Nem o Polegar. Estava de noite. Depois do jantar, fiquei deitada na cama. Estava ouvindo uns barulhos tipo de fogos e parou. Acabei pegando no sono. Acordei quando começou um barulheira de rojões. Eram tiros. Me levantei rapidamente da cama e abri a janela. Os tiros vinham do morro. Onde o meu Polegar estava. Meu coração se acelerou, a Brunna mexia muito na minha barriga. Eu estava nervosa. Fui pro terraço da casa e fiquei olhando pro morro eu chorava mais ainda. Ligava pro Polegar ele não atendia, ligava pras meninas e pros meninos e nada. 
Fábio: Ana vamos entrar, vem.
Ana: Pai. –Chorei e o abracei.
Fábio: Ta tudo bem.
Ana: Invadiram o morro pai, o Polegar...
Fábio: Vem vamos dormir. –Ele me levou pro meu quarto.
Ana: Como dormi? E sabendo o que ta acontecendo lá. –Deitei na cama. Ele fechou a janela. O barulho diminuiu um pouco. 
Fábio: Filha confia em mim ok?
Ana: Eu to com medo. –O abracei e chorei.
Fábio: O Polegar sabe se cuidar.
Ana: Ai pai e se acontecer algo?
Fábio: Não vai acontecer nada. –A Brunna não parava de mexer e de chutar a minha barriga. Tava doendo. O meu pai ficou abraçado a mim até eu pegar no sono. Eu passando mal, vomitando o tempo todo. Custou muito a dormir era quase 3 horas da manhã. Mas nada de tudo aquilo acabar. 
Acordei estava péssima. Pelo menos tudo estava calmo, silêncio. Eram 7 horas da manhã. Fui ao banheiro, fiz minhas higiênes e voltei pra cama. Meu coração tava apertado. Pelo menos a Brunna tava calma. Eu precisava ouvir a voz dele e ele me dizer que tudo estava bem. Trouxeram o café na cama pra mim. Não queria comer nada, tava sem fome. Bebi só um suco por insistência da Rose. Hoje eu ia ter uma consulta no médico. Ele ia ver se tava tudo bem com a Brunna. Estava chegando o dia que ia ganhar ela. Ele disse que o previsto é ela vir essa semana. Queria ter parto normal. Eu tava muito ansiosa pra ver o rostinho dela. Tinha comprado um monte de coisa pra ela. O berço já estava montado no meu quarto. Mesmo que o Polegar disse que iria vir me buscar. Eu sei lá, se ele não veio me buscar nesse tempo todo é porque ele não vai vir. Dói? Dói muito porque eu amo ele e saber que ele ta te iludindo é a pior coisa. E se ele vir vai ser a maior declaração de amor verdadeiro que ela já tenha me feito. Era de tarde, esperei da o horário. Me arrumei pra consulta, peguei minha bolsa e desci às escadas. O motorista me esperava. Minha mãe não iria ela tinha uma reunião com umas amigas dela. Entrei no carro.
Motorista: Boa tarde senhora? –Fechei a porta. O motorista olhou pelo retrovisor. Olhei pra ele. Tomei até um susto.

Ana: MENOR?! O que você ta fazendo aqui?
Menor: Vim te buscar né?
Ana: Mas... Nossa! –Ele deu partida no carro-. E o Polegar?
Menor: Ele ta em casa. –Vi que o tom de voz dele diminuiu. 
Ana: Não brinca comigo Menor. O que aconteceu com ele? –Meu coração se acelerou.
Menor: Ele ta bem, ele levou um tiro no braço ontem. A bala já foi removida.
Ana: E por que ninguém me ligou ou me retornou?
Menor: As meninas elas estão em Petrópolis. Elas vão voltar pro morro hoje.
Ana: Eu quero ver o Polegar.
Menor: Vou te levar até lá.
Ana: Nossa! E já acabou tudo?
Menor: Já sim. Graças a Deus.
Ana: Nossa eu tava pirando em casa. Sem notícias, a Brunna parecia que ia rasgar a minha barriga de tanto que ela me chutava e se mexia.
Menor: Tem que ter calma Ana.
Ana: Cara eu já to com os nervos a flor da pele. Acontecendo isso tudo então. Eu tava passando muito mal.
Menor: Ta melhor?
Ana: To sim. Mas aí tu fica um gato de terno ein Menor.
Menor: Eu fico gato de todos os jeitos né gata. –Ele riu.
Ana: É muito sissi né?
Menor: Porque eu sou desses, desses não. Daqueles, porque desses tem de monte. –Cai de tanto que rir.
Ana: Só você né Menor. Aparece com cada uma. Boa essa. –Ele riu. Logo chegamos ao morro e na casa do Polegar. Saltei do carro. E sai entrando em casa.
Polegar: Wool calma. –Ele vinha da cozinha. Nem tinha visto que era eu que tava entrando. Ele tava com uma cerveja na mão. O braço dele tava enfaixado. Ele tava com o rosto meio ralado e o braço também.
Ana: Amor! –Corri pra abraçar.
Polegar: Minha loirinha. Viu eu disse que ia arrumar um jeito pra te buscar.
Ana: É, mas ela num vai vir atrás da gente?
Polegar: Temos todo um esquema planejado.
Ana: Me conta.
Polegar: Não.
Ana: Por quê?
Polegar: Você vai ver. –Sentamos no sofá.
Ana: Ai amor, o que aconteceu ontem? Lá de casa eu ouvia tudo. Nossa foi uma luta pra dormir. Eu passando mal.
Polegar: Ta tudo bem né?
Ana: To melhor. Porque não me ligou nem nada?
Polegar: Porque eu tive que resolver umas paradas com o dono do outro morro.
Ana: E custava você me ligar?
Polegar: Eu tava preso até ontem. Eu e o Gasolina. Nossa sorte foi o irmão do Dudu que tava lá. Ele me reconheceu e ajudou nós fugir de lá.
Ana: Meu amor.
Polegar: Mas a vingança foi feita. 
Ana: Você matou o dono de lá?
Polegar: Sou o dono das duas áreas.
Ana: Polegar!
Polegar: Como diz o Menor: Porque eu sou daqueles.
Ana: Só você. Nossa eu to feliz.
Polegar: Eu também e você não sabe como. –Sentei no colo dele e nos beijamos. Foi um beijo quente. Ele explorava cada canto da minha boca. Foi ali que eu percebi mesmo o amor que ele sentia por mim-. Você é a minha loirinha. –Ele disse entre o beijo. Ficamos a tarde inteira namorando. Fomos buscar o Pedro na casa dos avós dele. Ele de noite fez um jantarzinho super gostoso pra gente. Tinha até vinho. Uma taça o médico disse que podia. O Pedro foi dormir cedo e eu e ele ficamos no nosso quarto juntinhos, assistindo filme e namorando. Mais namorando do que assistindo filme. Fomos dormir tarde. Acordei ouvindo um barulho de umas coisas caindo e o Pedro gritando. O Polegar já estava de pé e indo ver o que tava acontecendo.
Polegar: Fica ai. –Ele pegou a arma e saiu do quarto.

Polegar Narrando
Ficar longe da minha loirinha foi a pior coisa que existe. E pior a casa dela tava cercada. Não tinha como entrar. E pior parece que todos os problemas vieram juntos. Tava sobrecarregado. E num dia eu tava saindo da boca com o Gasolina ele tava me contando da mulher dele. Ai parou dois carros, desarmaram a gente, sedou a gente. O morro estava sendo invadido. E se não fosse o irmão do Dudu, nem sei o que tinha acontecido ali. Eu tava com o braço ferido. Com febre, passando muito mal. E a morte era o que eu esperava. O que me deu forças pra continuar foi quando eu me lembrei da Ana e da Brunna que tava pra nascer. Foi quando eu atirei e matei o K-2 dono do morro vizinho. Agora eu que mando nas duas porras. O Ph me encontrou caído no beco e me levou pra casa lá. Fez os curativos e tal.
Depois que o Menor saiu da minha casa pra ir buscar a minha loirinha nossa eu não via a hora de ver ela. O Plano era o seguinte: Ele entrava na casa como o novo motorista e ganhava confiança da família. Bom só a Ana que não o via, ela é muito ansiosa e ia acabar com tudo. Nós iríamos forjar um falso acidente que levava os dois a morte. Num incêndio. As duas pessoas no carro? Encontramos gente parecidas com eles e era eles que ia e ponto final. Não tinha discussão. O pai da Ana é foda pra arquitetar essas coisas. Ele iria forjar o laudo médico com o DNA que iria provar que era a Ana e o Menor. O carro iria ser o mesmo. 
A Ana chegou aqui em casa meu coração se acelerou e tudo estava bem. Estava tarde e fomos dormir. Acordei num pulo quando ouvi o Pedro gritando. Peguei a arma mandei a Ana fica no quarto e fui até o quarto do Pedro. Entrei.
O cara encapuzado tava dando uma chave de pescoço no Pedro. O Pedro tava roxo e não conseguia falar. Ele tava sem ar. Apontei a arma.
Cara: Se atirar eu mato seu filho.
Polegar: Quem te mandou aqui?
Cara: Não te interessa. Só vim fazer o meu serviço.
Polegar: Quem te mandou aqui caralho? Porra se tu matar meu filho quem te mata é eu. E toda sua família e as pessoas que você ama.
Cara: Haha’ você não me conhece.
Polegar: Foda-se. –Ele apertou mais o pescoço do Pedro. 
Cara: Você tirou a filha dela e agora eu tiro o seu filho. Que tal? –Ele tava matando o Pedro. Saquei na hora que quem mandou aquele verme aqui foi a Sandra. Piranha velha. 
Polegar: Morre filha da puta. –Mirei na cabeça do filha da puta e larguei dois tiros na cabeça dele. O Pedro caiu no chão. Ele tinha dificuldade pra respirar.
Pedro: Pai... –Ele não tinha recuperado o ar. Peguei ele no colo. A Ana tinha saído do quarto e me viu com o Pedro no colo. Ele desmaiou.
Ana: Meu Deus!
Polegar: Ele precisa de ar. –Coloquei ele no meu quarto. Ele tinha desmaiado. Abri as janelas do quarto. Coloquei a mão no pulso dele e vi que ele tinha batimentos cardíacos, mas estavam fracos. Ele mal respirava. Chamei o Ph-. Fica comigo Pedro. –Segurei a mão dele.
Ana: Polegar...
Polegar: Calma filho eu vou te levar pro hospital. Fica comigo. –Vê o meu filho assim tava me deixando agoniado. Ele tava morrendo. Saiu lágrimas dos meus olhos.
Ph: Cheguei cara, temos que levar ele pro hospital agora. 
Polegar: Ele vai morrer?
Ph: Não sei. –Peguei ele no colo e coloquei ele dentro do carro. Que iria nem saber de lei de trânsito, de sinal vermelho. Acelerei fundo e levei ele pro hospital. Chegando lá ele foi atendido. Ficamos do lado de fora. Eu e o Ph. A Ana chegou depois com o Caíque e o Menor. Avisei a Laís que já estava vindo pro hospital. 
Ana: Vai ficar tudo bem amor. –Ela me abraçou. Eu estava nervoso. Eu vou matar aquela velha. Nem que seja a última coisa que eu faça.
Polegar: Ai porque demora tanto.
Ana: Eles tão cuidando dele. 
Laís: Cadê o meu filho? –Ela chegou chorando no hospital.
Caíque: Os médicos estão cuidando deles. –Ela sentou na cadeira no canto e ela chorava demais. Nossa, eu que achava que ela não tinha coração. A Laís, que tava sentada chorando no seu canto.
Ana: Ei fica lá com a Laís. Vocês são os pais do Pedro. Ele precisa da força dos dois. Vai acalmar ela um pouco.
Polegar: Sério? –Me assustei com essa atitude da Ana. 
Ana: Ela é mãe. Ta sofrendo em dobro. –Levantei e fui ficar com a Laís. Nos abraçamos e ela chorou no meu ombro. Consegui acalmar ela um pouco. A Ana e o Caíque estavam conversando.
Caíque: Quem diria você não está com ciúmes.
Ana: É o filho deles. E ela ta mal. Os dois né? Eu sei que dói em uma mãe mesmo sendo a Laís, e nessas horas precisamos de apoio. 
Menor: Vai ficar tudo bem.
Ph: Daqui a pouco o moleque vai está ai correndo, soltando pipa na rua. Moleque é guerreiro que nem o pai.
Ana: É.
Laís: Eu preciso ver o meu filho.
Polegar: Calma. –Logo vem o médico.
Médico: Quem são os pais ou os responsáveis pelo menino Pedro Sampaio?
Polegar: Aqui. –Nos levantamos-. E aí doutor como ele ta?
Médico: O caso dele foi grave. O ar parou de circular no corpo dele. Não tinha ar no cérebro que o fez ficar inconsciente. Conseguimos reanima-lo, demos oxigênio e agora estamos fazendo exames para ver se haverá sequelas e ele está se recuperando bem. Logo poderão ver ele.
Laís: Nossa. –Ela me apertou-. Diz que eu mandei um beijo pra ele e diz que eu o amo.
Médico: Você é a mãe dele?
Laís: É. 
Médico: Seu filho renasceu de novo.
Polegar: Caramba. –O Médico voltou pra sala.
Ana: Caramba velho.
Polegar: Cara to sem palavras.
Ph: Ele é guerreiro porra, ele ia sobreviver.
Menor: Ele é um dos nossos.
Laís: Ai eu morro se ver meu filho no hospital de novo.
Ana: Deve ser ruim mesmo. Tadinho dele. Ele é forte vai se recuperar logo.
Polegar: É sim. –Sentei do lado da Ana e a Laís ficou ali com a gente também. Fiquei quieto pensando na mãe da Ana e todo mal que ela fez a gente. Que o Pedro poderia estar morto a essa hora e passava milhões de coisas na minha cabeça. Ver o Pedro morto ali no chão do quarto dele. Aquilo foi me dando um ódio. Cerrei os punhos. ELA NÃO PASSA DE HOJE. Levantei da cadeira.
Ana: Que foi Polegar.
Polegar: Eu já volto. –Fui andando.
Caíque: Calma ai cara. –A Ana veio atrás de mim. Sai do hospital e fui pegar meu carro no estacionamento.
Ana: Vai aonde?
Polegar: Ela não pode estragar as nossas vidas, ela não podia ter feito aquilo com o meu filho. Ela é uma psicopata doente. –Entrei no carro.
Ana: Polegar!
Polegar: O que foi caralho.
Ana: Boa sorte. –Acelerei o carro e sai cantando pneu. Nunca vi a Ana falar assim. Mas tudo na vida tem um limite e o meu acabou faz tempo. Cheguei na casa da Ana. Parei em frente. Entrei na casa mole. Dei um dinheiro aos seguranças. Todos tem um preço. Eles ficariam quietos. Bati na porta. A mãe da Ana abriu a porta.
Sandra: Veio fazer o que aqui?
Polegar: Eu vim acertar as contas.
Sandra: Hum a Ana não está aqui. Culpa sua a minha filha agora está morta e a sua também. Estamos quites agora.
Polegar: O mal das pessoas é me subestimar demais. –Sai entrando na casa dela.
Sandra: Quem te convidou a entrar? E esses seguranças? Tem um bandido na minha casa, eu vou ligar pra polícia. –Ela pegou o telefone. Arranquei o fio do telefone.
Polegar: A própria bandidona dedurando o outro. A parada é o seguinte nem um dedura o outro entendeu? Ou você morre ta entendendo sua puta.
Sandra: É igualzinho o pai né? Diz que não, mas é totalmente ele.
Polegar: Ta achando que isso me afeta é? Nunca me afetou e até então eu nunca gostei do meu pai então foda-se.
Sandra: Até parece. Então Polegar o que quer aqui?
Polegar: Só pra você saber o meu filho ta vivo. E daqui a pouco ta indo pra casa. –Sentei no sofá e a olhei.
Sandra: É mesmo é, nem sabia que ele existia.
Polegar: Até parece que eu num sei que foi você que mandou aquele prela na minha casa. Fique esperta porra não é qualquer merda que contratamos pra matar o filho dos outros. Você saberia que eu estaria em casa. E ele confessou no final é muito arregão. –Ri-. Aiai gente burra é foda né?
Sandra: Não to entendendo aonde você quer chegar. Seja claro, por favor. –Me levantei, dei uma volta na sala.
Polegar: Então ta. Quer que eu seja claro? –Cheguei por trás dela-. Eu vou ser bem claro. –Me aproximei do ouvido dela e sussurrei-. Eu vou te matar. –Ela tentou se mover e eu a segurei pelos cabelos-. Não se desespere eu vou te matar lentamente. Gosto de ver as pessoas sofrendo.
Sandra: Você é doente.
Polegar: É mesmo é? Nunca me toquei nisso. Doente é você sua puta que sempre fez o inferno com todos. Se você não tivesse vindo de Londres tudo estaria bem. Você fazendo suas compras e tudo estaria na mesma. –Apertei o pescoço dela e puxei mais seu cabelo.
Sandra: Me solta. –Ela se debateu-. Eu não iria deixar minha filha se misturar no meio daquela favela. Agora ela está morta e é culpa sua. O SEU FILHO DEVIA ESTAR MORTO. MORTO!
Polegar: É. É mesmo. Quem vai morrer é você agora. Sua puta. –A joguei contra o vidro da porta que dava ao deck. O vidro se quebrou e caiu vários cacos em cima dela. Ela se cortou todo. Quando tentava levantar. A puxei do chão. Arrastei sua cara deles nos cacos de vidro. Ela sangrava e gritava de dor. A levei pra longe dos vidros-. Ta feia pra burro.
Sandra: Me deixa em paz.
Polegar: Você vai pagar todos os seus pecados e vai queimar no mármore do inferno. –Ela tava caída no chão. Dei vários chutes e socos nela. Ela balbuciava algumas coisas, mas os olhos estavam fechados. Enfiei sua cara na piscina. Ela se debatia e gritava. A piscina tava cheia de sangue.
Fábio: SOLTA ELA POLEGAR. Chega! –Ele me puxou.
Polegar: Ela tem que morrer. –Estava a enforcando.
Fábio: Solta. –Ele me empurrou. A Sandra caiu na piscina. Ele me jogou pra longe-. QUE PORRA É ESSA? –Ele tirou ela da piscina.
Polegar: Ela mandou matar o meu filho. Ele quase morreu. Agora ele ta no hospital. E se fosse a sua filha? O que você iria fazer. Então não diz nada.
Fábio: Olha vai pra casa.
Polegar: Não antes de terminar o serviço.
Fábio: Ela ta quase morta já. Vai pra casa. Esfria a cabeça.
Polegar: Eu vou, mas se ela chegar perto da minha família de novo ou de qualquer um do morro. Eu não vou me responsabilizar pelos meus atos.
Fábio: Pode deixar. –Sai da casa deles e entrei no meu carro. Minha roupa estava suja de sangue. Cheguei à minha casa. Tomei um banho. Me vesti e voltei pro hospital. Eu ainda estava com ódio dela, mas a raiva iria passar depois. Cheguei no hospital. A Ana veio me abraçar.
Ana: Tudo bem?
Polegar: Ta sim.
Ana: O que aconteceu lá?
Polegar: Depois conversamos ta?
Caíque: Polegar você ta maluco? Como você faz isso com a minha mãe?
Polegar: Infelizmente ela ainda está viva. Duvido se num fosse o seu filho lá se você não iria fazer o mesmo. Não se esqueça do que aconteceu com o irmão da Fabi.
Caíque: É a minha mãe.
Polegar: Foda-se é o meu filho. E ela não morreu. O seu pai chegou na hora.
Caíque: Depois a gente conversa. –Ele saiu do hospital.
Ana: Amor relaxa agora, passou. –Ela me deu um selinho. O médico deixou a gente ver o Pedro. Entramos pra ver ele.
Laís: Meu filho, você ta bem? –Ele fez que sim com a cabeça.
Médico: Ele pode ter dificuldade pra falar. Pois o pescoço ta machucado e ele tomou remédio agora. Vou deixar vocês a sós com ele.
Polegar: Obrigado. E quando ele vai ter alta.
Médico: Amanhã mesmo. Vou indo. –Ele saiu da sala.
Polegar: E aê filhão ta melhor?
Pedro: Sim.
Polegar: Logo vou te levar pra casa ta. Ai eu te levo pra sair ta?
Pedro: Ta. –Ficamos ali conversando com ele. Logo tivemos que ir embora. Ele dormiu. A Laís iria ficar no hospital com ele. Só podia ficar uma pessoa. Fomos pra casa. Chegamos em casa.
Ana: Vou tomar um banho.
Polegar: Ta. –Ela foi pro quarto. Fiquei do lado de fora. Acendi um cigarro. Aproveitar que a Ana num ta perto né? Terminei de fumar e fui pro quarto. Sentei na cama. Ela saiu do banheiro. Ela tava tão linda. 
Ana: Te amo ta? –Ela se aproximou e nos beijamos.
Polegar: Você é linda. –Passei a mão por dentro do cabelo dela.
Ana: Eu gosto de você mesmo depois que você acaba de fumar e eu num gosto.
Polegar: Boba. Vou tomar um banho pra ficar cheiroso.
Ana: Acho bom. –Ela deitou na cama.
Polegar: Abusadinha você ein.
Ana: É mesmo. –Ele foi tomar banho e depois veio todo cheiroso. Ele desligou a luz e deitou na cama.
Polegar: Mas ai Ana e qndo nasce nossa menina?
Ana: Eu não sei. Quando ela quiser.
Polegar: Vai ser normal?
Ana: É.
Polegar: Eu assisti o parto do Pedro. É muito sangue.
Ana: Tem medo?
Polegar: O da Laís foi cesárea.
Ana: Cara eu vou ficar gorda pra caramba. Agora a Rose é que vai me chamar de gorda. 
Polegar: Vai nada. Você nem ta toda inchada. A Laís se tivesse num jogo de futebol iam confundir ela com uma bola. Você nem ta inchada. 
Ana: To sim amor. To pesada. As minhas calças não fecham em mim.
Polegar: Claro né Ana. 
Ana: Que saco.
Polegar: Depois você faz uma academia ou uma cirurgia.
Ana: Não gosto dessas coisa. Academia pode até ser.
Polegar: Com essa preguiça que você tem.
Ana: Só nada ta.
Polegar: Vai ficar gostosinha.
Ana: Ta me chamando de feia? Que eu não era gostosa? Valeu Polegar.
Polegar: Eu te acho muito gostosa. Sempre achei. Se num fosse eu num ficaria com você.
Ana: Não quero saber.
Polegar: Mas é birrenta ein? Eu não disse nada.
Ana: Insinuou. –Ela se virou na cama. A abracei por trás e dei vários beijos no seu pescoço-. Me deixa.
Polegar: Você é a mulher mais linda desse mundo. Minha linda. Minha princesa. Minha só minha. Minha loirinha dos olhos azuis. Delícia do Polegar. Gostosa.
Ana: Mesmo?
Polegar: Mesmo.
Ana: Bobo. –Nos beijamos e depois dormimos.
Acordei com o meu cel tocando Em quatro rodas ele ta de Corolla. Ele é mestre da fuga. Esse moleque pilota (8) 
Ana: Desliga isso Polegar. –Ela se enrolou na coberta. Peguei o celular. Atendi. Era a Laís. Dizendo que o Pedro tinha tido alta. Que ele tava em casa já. Desliguei o cel. Olhei a hora. 14 horas já. Levantei e fui tomar um banho e fazer minhas higiênes. Me arrumei. A Ana já tinha levantado e tava arrumada. Ela devia ter ido ao outro banheiro. Dei um beijo nela.
Polegar: Dormimos muito.
Ana: É. Vamos comer o que?
Polegar: Bora sair pra comer.
Ana: Vamos. –Ela terminou de se arrumar e saímos de casa. Fomos almoçar em um restaurante próximo a casa da Laís. 
Nós almoçamos e ficamos um tempo conversando. Essa loirinha realmente me completava e é ela que eu quero pra toda minha vida.
Fomos pra casa da Laís. Chegamos lá tocamos a campainha e entramos. 
Dona Elena : Oi Polegar, oi Ana.
Polegar: Oi dona Elena. –A cumprimentamos.
Ana: E o Pedro?
Dona Elena: No quarto dele descansando.
Polegar: Pode ir lá ver ele?
Dona Elena: Pode sim.Vai lá que eu vou dá uma saída rápida.
Ana: Ta bom. –Sorri. Fomos até o quarto do Pedro. Entramos no quarto. Ele tava dormindo no colo da Laís.

Laís: Oi.
Polegar: Ele nem esperou a gente. Já foi dormir.
Laís: Ele já veio do hospital com sono.
Polegar: Ele dormiu agora?
Laís: Foi sim.
Ana: Ah então deixa ele dormindo. A gente veio chamar ele pra vê se ele quer ir no shopping. Mas ele ta dormindo.
Polegar: É. Mas ele ta melhor?
Laís: Ta sim. Perguntou por vocês.
Polegar: Então mais tarde eu ligo pra cá.
Laís: Ta.
Polegar: Então a gente já vai.
Ana: Tchau.
Polegar: Tchau.
Laís: Beijo. –Saímos de lá e fomos só nós dois para o shopping. Chegamos ao shopping. Saímos do carro e entramos.
Polegar: Quer ficar andando ou quer ir ao cinema?
Ana: To pra filme hoje não. Vamos ficar andando?
Polegar: Vamos. –Ficamos andando pelo shopping. Compramos um monte de roupinha pra Brunna. Depois fomos comer e aí fomos embora. A Ana ficou em casa e eu fui pra rua tomar um shop. Entrei no carro, mandei um rádio para os moleques e fui pra chopperia. Cheguei lá, sentei no bar pedi um chopp. O Menor, o Ph e o Caíque chegaram logo. Eles pediram um chopp.
Caíque: Fala aê Polegar.
Polegar: E aê
Menor: E ai é dono do outro morro deve ta feliz pra caralho.
Polegar: Isso não é felicidade não cara.
Ph: E o que é então?
Polegar: Depois de ontem isso tudo pra mim perdeu a importância.
Caíque: Ana te mudou né cara.
Polegar: Poisé viado. Só aquela loirinha mesmo.
Menor: Ta pensando em largar?
Polegar: Claro que não né porra. –Ri-. A minha cara de largar o morro. –O barman serviu mais bebidas pra gente. Ficamos gastando lá. 
Ouvi um barulho de pneu cantando no asfalto. Uns caras de mascara entrando na chopperia.
Xxx: Todo mundo pro chão agora. –Um dos caras deram dois tiros no teto. Terminei minha bebida. Tava geral entregando as bolsas dinheiro. Um dos assaltantes chegou-. Passa a grana mermão.
Polegar: Ta maluco fdp. Essa área é nossa caralho. –Saquei a arma na cintura e meti bala na cara daquele Zé ruela. Estourou a cabeça dele e foi miolo podre pelo chão todo. Eu, Menor, Caíque e Ph saímos atirando nos outros assaltantes. Enquanto as pessoas esvaziavam a loja. Os sete homens caíram ao chão. Ih, o meu bonde é pesadão rapá. 
Menor: Vão bora vazar daqui fdp. A policia já ta vindo.
Ph: Bora. –Fomos saindo da chopperia. O dono parado na porta com a mão na cabeça.
Xxx: Polegar! Muito obrigado.
Polegar: Faz parte, qualquer coisa chefe cola lá na boca. –Entrei no carro e sai cantando pneu pela rua. Cheguei em casa rápido. Subi as escadas e fui procurar a Ana-. Amor ta onde?
Ana: Polegar! –Ela gritou alto-. Amor, eu to passando mal. - Corri para o quarto da Brunna. Ana tava com a mão na barriga, encostada na parede e tinha uma poça de água no chão.
Polegar: Estourou?

Ana: Amor, me leva para o hospital ta doendo. AI! –Ela gritava de dor, tava soando, toda vermelha. Comecei a ficar nervoso, eu não sabia o que fazer.
Polegar: Ta. E o que eu faço agora? Vem, vou te levar para o hospital.
Ana: Ai Polegar. Vamos logo. –Peguei a Ana no colo e sai de casa. Coloquei ela no carro-. A minha bolsa! –Voltei dentro de casa, peguei a bolsa da Ana. Coloquei no carro. Entrei no carro. A Ana levantou a cabeça. Abri os vidros pra entrar um ar. Ela tava respirando. 
Polegar: Ai meu deus. 
Ana: Caralho Polegar, vamos logo porra. Liga pra Luísa e pra Dani. AI! Não liga pra minha médica primeiro. Ai eu quero meu pai. –Ela tava chorando. Liguei o carro e dei partida. Peguei o cel da Ana. Liguei pro médico dela. Ele tava indo pro hospital. Ele me deu um nome lá. Tava tudo girando na minha cabeça. E eu tava ficando mais nervoso ai. Porque a Ana tava gritando e tava sentindo dor. Ela me mandou ligar pra Luisa e pra Dani. Liguei paras as duas. Elas estavam indo para o hospital. Cheguei ao hospital. Trouxeram uma cadeira de rodas e levaram a Ana. Eu entrei no hospital. Eu tava perdido. Passei a mão na cabeça. A enfermeira veio até a mim.
Enfermeira: Você é o pai do filho da moça que passou aqui, certo?
Polegar: É sou eu.
Enfermeira: Relaxa. O médico dela já chegou. Nossa equipe médica está dando o toque nela pra ver a dilatação.
Polegar: Ela ta bem?
Enfermeira: Ta sim. Calma, relaxa, quer é uma água?
Polegar: Eu to bem.
Enfermeira: Pai de primeira viagem?
Polegar: Não. A Brunna é a minha segunda filha.
Enfermeira: O médico dela vai vir conversar com você.
Polegar: Ta. Eu tenho que ir acalmar a Ana. Sente-se. –Ela saiu da sala de espera. Sentei. Passei a mão na cabeça. A Dani e a Luísa logo chegaram. Junto com a Bia e o pai da Ana.
Dani: Cadê a Ana?
Polegar: Lá dentro. 
Luísa: E aí relaxa vai tudo da certo.
Polegar: Espero.
Fábio: Gente minha neta vai nascer.
Bia: Pai já é o seu segundo neto.
Fábio: Eu sei.
Dani: Tadinho do meu irmão, ta tremendo. –Ah eu tava mesmo. A Laís não tava assim no dia que foi ganhar o Pedro. Ela tava calma e veio sozinha pro hospital. Eu não tava em casa. Fui direto pro hospital quando ela me ligou e disse que estava indo. A Ana tava vermelha, gritando de dor. O médico entrou na sala. Era a médica da Ana

Doutora: Olá!
Polegar: Como a Ana ta?
Doutora: Ta preparado pra ver sua filha nascer? –Se não fosse as cervejas que eu bebi hoje eu totalmente diria não. Uma sala de parto parece as ruas do morro depois de tiroteio de tanto sangue. Mas não era medo. É que eu tava nervoso, minha pequenininha vai nascer.
Polegar: Eu acho que sim.
Luísa: Eu acho que não.
Dani: Não vamos discutir isso de novo Luísa. A Ana falou que como a gente não entrou em acordo quem iria assistir era o Polegar e se ele não quisesse iria ser ninguém.
Polegar: Eu to pronto.
Doutora: Você precisa ir lá fazer os registros dela, os documentos, pagamento. Antes do parto. Fica calmo. 
Polegar: Ta bom.
Doutoro: Eu volto pra avisar quando chegar a hora.
Polegar: Ta. –Ela saiu da sala.
Luísa: Ai meu Deus minha sobrinha vai nascer. Que lindo. 
Fábio: Você e a Ana ficavam dizendo que iam ter filhos juntas. Agora você imagina essas duas histéricas no hospital pra ter filho.
Dani: Eu tava super calma. O Menor que me avisou que a minha bolsa tinha estourado. Eu nem tinha percebido.
Fábio: E a sua filha? Ficou com quem?
Dani: Com o Menor. Ele disse que ia tomar conta dela até eu chegar. Ai deixei tudo pronto. Mamadeira.
Luísa: Você é doida de deixar a Juh com o Menor.
Dani: Ele é pai dela, tem que aprender. E o Menor da um show sendo pai ta.
Polegar: Eu vou lá fazer as coisas que a medica mandou. –Fui até a recepção que me enviaram até a sala onde faz o registro. Registrei a Ana no hospital. Paguei pelo quarto dela, o hospital, a médica, estadia e tal. Tudo pronto só falta a Brunna nascer. Fui falar com a médica. Que estava parada em uma porta-. Ta tudo pronto lá.
Médica: Ok. Ta na hora. Ela já está com dilatação.
Polegar: Eu tenho que avisar eles.
Médica: A enfermeira já foi avisar. Vamos? –Entramos em uma sala. A enfermeira higienizei a mão e tal, coloquei aquela roupa lá-. Pode filmar se quiser.
Polegar: Ta. –Peguei o celular no bolso. Era o que eu tinha em mãos. A Ana estava deitada na maca lá. Ela sorriu.
Ana: Oi amor. –Ela estava ofegante. Sorri. Segurei a mão dela. 
Polegar: Ei nossa princesinha já ta vindo.
Ana: Ai graças a Deus.
Médica: Ana, ta pronta?

Ana: Não aguento mais de dor.
Médica: Segura a mão do Felipe, respira fundo e faz força. –A Ana estava com a perna levantada em uns apoios. Comecei a gravar. A Ana fazia uma força enorme. Gritava. Era muito força mesmo. E ela parecia que quebrar a minha mão.
Instantes depois ouço uns chorinho de bebê. 
Médica: É a menina mais linda que eu já vi. –Era ela, minha Brunninha. A Ana segurou minha mão mais de leve. Deitou a cabeça e sorriu.
Polegar: Pronto amor, já passou.
Ana: Graças a Deus. 
Polegar: É linda.
Médica: Agora eu vou fazer os exames e tudo mais. A Ana vai descansar. A Brunna vai com a enfermeira pra limpar ela.
Polegar: Tudo bem. –Sai da sala. As meninas e o pai da Ana estavam na sala de espera-. Ela nasceu. –Sorri.
Dani: Ah que lindo. –Mostrei aquele vídeo pra eles.
Luísa: Ai que fofo.
Fábio: Vamos poder vê elas quando?
Polegar: Logo. – Ficamos aguardando a médica voltar. Liguei para os moleques, para a Carol. Saímos pra comer algo e depois voltamos. A Médica apareceu.
Médica: A Brunna é bem linda e saudável. Está no berçário – Fomos ver ela no berçário. A Ana estava no quarto já e com ela estava tudo bem. Fomos ver a Brunna no berçário.
Não dava pra ver muito tava de longe. A Enfermeira mostrou ela a gente.
Polegar: Que linda. –Ficamos ali vendo a Brunna. A Dani entregou a roupa da Brunna pra enfermeira colocar nela.
Luísa: Vamos ver a Ana. –Fomos ao quarto da Ana. Ela tava deitada, quase dormindo.
Polegar: Ana!
Ana: Ai gente. Como é bom ver vocês. –Abracei a Ana.
Bia: Como se sente?
Ana: Mais leve.
Fábio: Ela é linda filha!
Ana: Eu quero ver ela logo.
Dani: Daqui a pouco a enfermeira vai trazer ela. Só ta vestindo.
Ana: Quero ver o rostinho dela.
Polegar: Ela é linda. Que nem a mãe.
Bia: Ah Woont! *--
Fábio: Já sou vô duas vezes. Quero ver quem vai me dar um time de futebol, com direito a time reserva. –Olhei pra Ana e sorri.
Ana: Eu hein, ainda tem Caíque, Bia. É muita força. Dói muito-. Quem vai ficar aqui comigo?
Polegar: Eu.
Luísa: Num vai mesmo. Você já assistiu o parto. Para de ser egoísta.
Polegar: A filha é minha.

Dani: Eu não posso por causa da Juh.
Bia: E o Dudu ficou em casa sozinho também. E ele ta doente.
Polegar: Eu vou ficar. Eu sou o pai.
Luísa: Problema. Você só doou um espermatozoide e nada mais. Não serve de nada mais. Eu sou amiga da Ana ah muito tempo. Eu sempre disse pra ela que a gente ia ter filho juntas. Só não tive porque não quero agora. E outra eu to na parada a séculos. Você chegou agora. Eu amo ela primeiro que você. E ponto final. Quem vai ficar é eu.
Ana: Ain amiga. Te amo.
Polegar: Chata.

Ana Narrando
Depois de toda aquela força pra trazer a Brunna ao mundo. Tudo valeu a pena. Ela era linda e saudável. Minha bebezinha. A Luísa iria ficar comigo no hospital. Logo a enfermeira trouxe a Brunna pra ficar comigo.
Enfermeira: Ei mamãe. –Ela entrou no quarto com a Brunninha toda de rosa pra ficar comigo.
Ana: Ai meu deus. Que linda. –Lágrimas rolaram no meu rosto. Polegar deu um beijo no meu rosto. A Enfermeira colocou ela no meu colo e saiu do quarto.
Polegar: É loirinha que nem você amor. –Ela tinha uns olhos grandes arregalados. Eles ficaram comigo até tarde. O Ph trouxe as coisas pra Luísa ficar aqui comigo.
Eles tiveram que ir embora. Mas eles voltariam amanhã pra me vê de novo. Amamentar era tão bom. E a minha princesa era linda. A orelha furadinha já. Ela tava dormindo.
Luísa: E ai Ana. –Ela sentou na poltrona do lado.
Ana: Ai amiga é tão bom sabe.
Luísa: É sim. Polegar ta todo bobo.
Ana: É. Nossa é muita felicidade. Vê uma bonequinha linda dessas.
Luísa: É.
Ana: E você ein amiga?
Luísa: Eu?
Ana: É sim. Como ta com o Ph?
Luísa: A gente ta bem. Eu conheci as filhas dele, e novidade, elas vão vir morar com a gente.
Ana: Eita Luísa. Mas elas são legais ou chatas?
Luísa: Elas são lindas Ana, vontade de apertar elas. E bom que elas gostaram de mim. A gente saiu hoje pro shopping, nós quatro. E nos divertimos muito. Mas o problema disso tudo é a mãe delas. Num para de ligar pra elas.
Ana: Não tinha ido embora?
Luísa: Voltou minha filha. E quando ela foi lá entregar as meninas. Ficou me olhando com cara de nojo. Falou um monte pra mim. Me chamou de puta pra baixo. Falou que o Ph é dela e tudo. Que eles não vão se separar por causa de uma mosca morta que nem eu,
Ana: Nossa Luh! –Ela começou a chorar. Puxei ela pra deitar na cama comigo e nos abraçamos-. E o Ph?

Luísa: Ele não estava perto. Ele tava no deck com as meninas. Ficou só eu e ela. Ana ela falou tanto, tanto. Nossa eu não tinha aonde enfiar a minha cara.
Ana: E não fez nada?
Luísa: Ana eu era a outra. Eu não tinha o que dizer. Ela estava certa e tudo era verdade.
Ana: Falou com ele?
Luísa: Nem sei se quero falar.
Ana: Claro que vai. Essa história tem que acabar.
Luísa: Ana eu não consigo olhar na cara dele. Nossa se não fosse às meninas ali. Eu não ia aguentar, eu tava morrendo de vontade de chorar. E ele tava tão feliz cara. Ele tava o tempo todo dizendo que nós três era a razão da vida dele. Que amava a gente. Ele me abraçava.
Ana: Luísa, fala com ele. Sabe muito bem que ele vai falar com a ex mulher dele.
Luísa: Ai amiga se não fosse por você eu não sei estaria aguentando mais. Dói muito. E o tempo que ela ficou ali na casa ela ficou torrando a minha paciência.
Ana: Ei me escuta ta? Você vai falar com ele. No dia que a gente for embora.
Luísa: Tudo bem. –Ficamos abraçadas um tempão. Ela foi dormir e eu também.


8 comentários: