quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

capitulo 30

 Brunna: Tenho os meus contatos.
Fábio: Rum’ faz certo. –Rimos.
Brunna: Vô se você é contra a minha vó. Sempre me ajuda a fugir. Por que ta junto com ela?
Fábio: Pra não permitir que ela não faça nenhuma loucura com você.
Brunna: Obrigado. E por que nunca me disse nada sobre os meus pais?
Fábio: Porque eu não sei tudo. –Até que o trânsito tava tranquilo.
Brunna: Por que ninguém nunca sabe nada, que saco.
Fábio: Tudo ao seu tempo. –Chegamos ao colégio. Logo chegamos ao colégio-. Qualquer coisa Brunna você foi visitar uma faculdade e ficou estudando na casa da Letícia. –Era uma garota estranha que a minha avó achava que a gente era amiga.
Brunna: Vô vem também.
Fábio: Pra?
Brunna: É seu filho e ele disse que tava com saudade.
Fábio: O Caíque?
Brunna: É avô. Ele me disse. Vamos comigo. –Saímos do carro. Tinha um cara encostado no carro uma Range Rover e a Juliane estava conversando com ele. 
Fábio: É ele ali. Nossa ele ta mais velho, mas não mudou nada.
Brunna: Sério vô. Ele se parece com você.
Fábio: Os filhos crescem e sempre se vão.
Brunna: Vô. – O abracei.
Fábio: Você vai conhecer os seus pais e vai também. 
Brunna: Nunca vô. –Nos aproximamos do Caíque.
Juliane: Oi Brunna.
Brunna: Oi Juh.
Caíque: Pai. –Eles dois se abraçaram. 
Fábio: Filho.
Juliane: Ual boiei aqui total.
Brunna: Eu também. Conhece o Caíque de onde?
Juliane: Ele é amigo dos meus pais moram perto. Ai ele tava vindo pra cá num sei pra que e rolou uma carona.
Brunna: Ele é meu tio, filho do meu avô.
Juliane: Caralho é mesmo?
Brunna: É.
Caíque: Bom Brunna, prazer. 
Brunna: Oi. –Sorri. Nos abraçamos.
Caíque: Obrigado por trazer o meu pai.
Brunna: Nada você vai levar até os meus pais.
Juliane: Quem?
Caíque: A Ana e o Polegar.
Juliane: Sério?
Caíque: É. Vocês duas são primas.
Brunna: Que mundo pequeno. –Nos abraçamos.
Juliane: E no final tudo acaba em família. –Rimos.
Caíque: Então vamos?
Juliane: Pra onde?
Caíque: Aeroporto seus tios chegam em 20 minutos. Vamos pai?
Fábio: Eu tenho uma reunião agora.
Caíque: Esquece os negócios. Foram 17 anos vamos logo reencontrar sua filha e sua neta.
Brunna: Eu tenho uma irmã.
Juliane: Melhor projeto de puta.
Caíque: Juliane!
Juliane: Que foi tio é verdade?
Caíque: Ela só é mimada demais. 
Juliane: Tio Polegar passa muito a mão na cabeça dela também.
Brunna: Ai gente vamos logo.
Caíque: Ansiosa que nem a mãe.
Fábio: Brunna? Muito raro ela é puramente o pai dela. Só se parece com a mãe e mais nada.
Caíque: E como aguenta ela então?
Fábio: Paciência.
Brunna: Vamos gente.
Caíque: Vamos.
Juliane: Eu vou também!
Caíque: E o colégio?
Juliane: Ih deixa pra depois. –Ela foi de carro com o Caíque e eu fui com o meu avô. Meu avô foi seguindo o Caíque.
Brunna: Faz quantos anos que você não via o Caíque ou a minha mãe, a sua outra filha acho que é Bia.
Fábio: Eu vejo a Bia todos os dias. Você a conheceu no natal passado ela tava grávida.
Brunna: Ah me lembro sim. Mas eu não sabia. 
Fábio: A Ana desde que fomos para a França e o Caíque nos vê sempre. Ele tem um filho o Thiago uns anos mais velhos que você. 
Brunna: E essa minha irmã você a conheceu?
Fábio: Não, ela deve ter nascido depois de você.
Brunna: Ata. –Chegamos ao aeroporto e nos dirigimos até o portão de desembarque.
Juliane: Ansiosa?
Brunna: Muito. 
Juliane: Vai adorar eles. São muito legais. –Nos abraçamos. Esperamos um pouco. Ouvimos a chamada do desembarque do voo.
Caíque: São eles ali. Vamos. –Meu coração se acelerou quando vi uma mulher loira, linda, de olhos claros ao lado de um homem alto, moreno, com a barba por fazer devia ser uns anos mais velho que ela. Nossa, meus pais. É um sonho só pode. Eles se aproximaram. Meus olhos se encheram de lágrimas. 
Ana: Érr... Pai?
Fábio: Ana.
Ana: Pai. –Ela o abraçou forte. Olhei para o meu pai. Ele me olhou-. Oi. –Ela me olhou fixadamente. Ela sorriu.
Brunna: Oi.
Caíque: Ana, Polegar essa é a Brunna minha sobrinha e sua filha.
Ana: Brunna? –Ela sorriu com as lágrimas já nos olhos.
Brunna: Mãe! –Nos abraçamos. Eu não sabia se chorava ou se sorria. Por está com a minha mãe e conhecer ela. Foi uma coisa que eu ansiei por anos e agora é realidade. Abracei o meu pai e nos abraçamos todos juntos. Minha mãe chorava, e eu também. Meu pai sorria. Nossa como eu sempre quis ter uma mãe. Que cuidasse de mim. Que fosse uma amiga pra mim. Não a minha vó aquela velha fdp que só fode com a minha vida.
Ana: Pai, mas e a minha mãe? Ela...
Brunna: Ela não sabe que to aqui.
Polegar: É. 
Ana: Nossa você cresceu, 17 anos não é? Nossa, mas como?
Brunna: É sim.
Polegar: Ela se parece muito com você Ana.
Ana: É.
Caíque: Então vamos?
Polegar: Vamos. 
Ana: A gente tem muito o que conversar não acha?
Brunna: Sim.
Polegar: Então vamos?
Fábio: Vamos. –Eu e a minha mãe estávamos abraçadas.
Ana: Nossa você é muito linda.
Brunna: Obrigado. Você também é mãe.
Ana: Ai que lindo.
Brunna: O que?
Ana: Você me chamou de mãe.
Brunna: Mãe. –Meu pai também nos abraçou, fiquei no meio dos dois. Íamos um pouco atrás deles.
Polegar: Você deve ta se perguntando por que morava com os seus avós.
Brunna: Todos os dias da minha vida. 
Ana: E a sua vó?
Brunna: Estragou a minha vida completamente. 
Ana: Típico dela.
Polegar: Mas agora você está com a gente.
Brunna: É sim. –Fomos embora. Eles moravam no morro também, perto da casa da Juliane. Estávamos só nós três em casa. Eu, meu pai e minha mãe.
Ana: Por onde quer começar.
Brunna: Não sei.
Polegar: É foi meio complicado tudo mesmo. Foi anos difíceis.
Brunna: Nossa pra mim então. Eu não me socializava, não podia sair com os meus amigos. E o meu único amigo é o Guto que me ajudou a encontrar vocês. Ele sempre me motivou, mas eu sempre dava pra trás. Por medo de saber a verdade. Nem sempre foi a minha vó. Mas não defendendo ela, eu cresci ouvindo ela dizendo que vocês eram irresponsáveis. Que não saberia cuidar de mim e isso gerou muitas brigas nossas de quase sairmos no tapa.
Ana: É, ta no sangue.
Brunna: Sempre me perguntei por que me deixaram com ela. Eu achava que vocês não me amavam. Eu fugia de casa no meio da noite e ia pra casa do Guto ou ele ia pra lá. Pois eu não sabia mesmo o que fazer em momentos assim. Minha vó fazia questão de gritar o tempo todo comigo.
Ana: É, ela só fez com você o que ela fazia comigo. Mas parece que ela piorou.
Polegar: Aquela mulher é doente.
Ana: Nossa Brunna quando eu vi ela te levando. Nossa! Eu não sabia o que fazer. Estavam tirando a minha pequena e levando o meu mundo pra longe. Eu não sabia o que fazer a não ser chorar e chorar.
Polegar: A gente sofreu pra ficarmos os três juntos e depois de meses ela parece de novo e acaba com as nossa vidas. Você só tinha 5 meses quando ela te levou. Onde esteve?
Brunna: Eu estava na França, voltei pra cá com 15 anos por aí.
Ana: Nossa perdemos tanta coisa da sua vida.
Brunna: Não aconteceu nada demais mesmo. Mas ai vão me contar ou não?
Polegar: Pra gente contar a você tem contar tudo sobre a gente no passado.
Ana: Muita coisa.
Brunna: Ah mais eu quero saber
Polegar: Ta bom. –Eles começaram a me contar e o jeito que eles se olhavam era especial. Você sentia amor entre eles. E a história deles mesmo com altos e baixos que sempre ocorria no relacionamento. E mesmo depois de tudo meu pai mudou pela minha mãe. Ah e eu tenho um irmão que afinal é o dono do morro no lugar do meu pai. Isso é tudo muito novo. Tudo muito louco. Porra véi na boa eu vou amar tudo muito isso kkk’. O nome dele é Galo, ele só é o filho do meu pai e com uma mulher lá. E o nome da minha irmã é Yasmin. Estava ansiosa pra conhecer eles.
Ana: Eles vão adorar você.
Brunna: É quem sabe.
Polegar: Falar nisso cadê a Yasmin. Já ta na hora dela chegar do colégio.
Ana: Você estuda no mesmo colégio que a Juliane né? 
Brunna: É terceiro ano.
Ana: A Yasmin ta no primeiro ano.
Brunna: Eu não reparei muito nas pessoas lá do colégio não. 
Polegar: Ata. –Entraram duas pessoas na casa. Uma garota e um homem. Ele era lindo, um gostoso e ela era bonita. Devia ter uns 15 anos corpo bem bonito. Ela tava com o uniforme lá do colégio onde eu estudava.
Xxxx: Oi. –Disse o cara.
Ana: É Galo, senta aqui você e a Yasmin. –Eles são os meus irmãos. Sempre quis ter irmãos. Que legal.
Galo: Ta. –Ele era o cara que foi buscar a Juliane no colégio. Que horror ela pega o primo dela e o meu irmão. Eles sentaram no outro sofá-. Da última vez que me mandaram sentar me veio a Yasmin. 
Polegar: Adoro seu cinismo. –Disse irônico.
Yasmin: Muito bom isso. Mas quem é ela?
Ana: Então essa é a Brunna.
Galo: Satisfação Galo. –Ele deu dois beijos no meu rosto.
Polegar: Galo!
Galo: Eu tenho que ir. Rodrigo ta me esperando lá fora. Beijos família.
Polegar: Galo volta aqui caralho.
Galo: Puta que pariu.
Polegar: Ei.
Galo: Ta né?
Ana: É.
Yasmin: Ta mãe desenrola logo quem essa garota.
Polegar: Se lembra da irmã de vocês que a gente tinha te falado que sumiu.
Galo: To ligado, me lembro da menina. 
Yasmin: Eu não.
Ana: Você não era nascida. Então essa é ela, a Brunna.
Yasmin: Quem garante?
Galo: Garota enfia a língua na boca.
Brunna: Tudo bem.
Galo: Como vocês encontraram ela? Ela num tava sumida e tal.
Polegar: Ela ligou para o Caíque e ele levou ela até o aeroporto.
Yasmin: Ta mas quem garante que é ela de verdade.
Brunna: Hum... Eu morava com os pais da minha mãe. 
Ana: Yasmin a gente já conversou sobre isso.
Galo: Caralho, mas ai tu tava onde?
Brunna: Eu morei até os meus 15 anos na França e depois voltei para cá. –A Yasmin revirou os olhos. Parece que ela não gostou de mim. 
Galo: Maneiro. Mas ai seja bem-vinda a família irmãzinha. Espero que não seja mala que nem essa aqui.
Yasmin: Vai toma no olho do teu cu Galo. –Ela saiu da sala e saiu subindo as escadas pisando duro.
Ana: Desculpa ela só tem um temperamento forte.
Brunna: Tudo bem.
Polegar: Ela logo desamarra a cara. 
Galo: Então eu tenho que ir. A gente conversa mais depois. –Ele saiu pela porta.
Ana: Eu vou lá falar com a Yasmin. –Ela saiu da sala e foi lá pra cima.
Brunna: Então, pai. –Ele sorriu-. Eu gosto dessa palavra.
Polegar: Qual?
Brunna: Pai. Sempre quis ter um.
Polegar: Sempre teve só que fomos separados.
Brunna: É, é bom ter uma família. –Nos abraçamos.
Polegar: Desculpa se eu to meio distante, é que é novo pra mim.
Brunna: É pra mim também.
Polegar: Vai se mudar pra cá?
Brunna: Eu não sei. Acho que a Yasmin não gostou muito de mim.
Polegar: Ela é assim mesmo. Logo ela muda.
Brunna: Espero né.
Polegar: Mora aqui com a gente. Vai adorar isso aqui.
Brunna: É, eu acho que sim. Mas e a minha vó?
Polegar: A gente dá um jeito. –Ele piscou, sorriu.
Brunna: É.
Polegar: E o seu avô ainda é casado com sua vó?
Brunna: Na boa eu acho que o meu avô é um babaca de ficar casado com aquela velha. Se fosse eu já tinha metido o pé a muito tempo e deixado ela sem nenhum dinheiro.
Ana: Puxou alguém. –Ela apareceu na sala. Rimos.
Polegar: Eu não sou assim nada.
Ana: É pior. –Ele riu.
Brunna: Mas eu acho que ele devia fazer o mesmo.
Ana: Mas ele cuidou bem de você. –Ela sorriu.
Brunna: É sim, meu avô ele me disse hoje que só ficou com ela todos esse tempos pra não permitir que ela faça uma besteira.
Ana: É. E parece que adiantou.
Brunna: É sim.
Ana: Então o que gosta de comer? Vou ir preparar o almoço.
Brunna: Qualquer coisa ta bom.
Ana: Ah escolhe ai.
Brunna: Posso te ajudar?
Ana: Pode. –Fomos até a cozinha-. Gosta de lasanha? –Ela olhou os armários?
Brunna: Gosto. 
Ana: Que bom. –A Yasmin veio na cozinha e pegou um biscoito no armário-. Filha vamos fazer lasanha ajuda a gente.
Yasmin: Me erra mãe. –Ela saiu da cozinha. A minha mãe sentou na cadeira. Ela tava quase chorando.
Brunna: Mãe, tudo bem. –A abracei-. Ela não precisa gostar de mim. Essas coisas leva tempo.
Ana: Não é isso. Eu não aguento mais ela. Ela só da fora toda vez. É sempre isso. Não é por causa disso. 
Brunna: É só uma fase. Logo passa e ela se toca de que a senhora não merece isso.
Ana: Tudo bem. –Ela respirou fundo-. Vamos fazer o almoço. –Fizemos a lasanha era de frango. Chamamos o meu pai pra almoçar, a Yasmin não quis comer. Nós almoçamos e tava uma delícia a lasanha. Eles ficaram me fazendo um monte de pergunta. Meu pai depois deu uma saída e ficamos eu e a minha mãe em casa. Sentamos na beirada da piscina. 
Ana: Você tem namorado?
Brunna: Não.
Ana: Ah por quê? Namorar é tão bom.
Brunna: Ah eu até tentei uma vez, mas a minha vó não deixou.
Ana: Hum que saco. Mas você gosta dele ainda?
Brunna: Nunca gostei dele na verdade. A gente até ficava.
Ana: Qual o nome dele?
Brunna: Victor. Ele agora tem namorada.
Ana: Hum que saco, mas se você não gosta dele.
Brunna: É, mas ela chifra ele. Não sei porque não termina logo.
Ana: Você já ficou com ele namorando?
Brunna: Ontem. –Rimos.
Ana: Que isso Brunna.
Brunna: Ah foi no momento e tipo a namorada dele mora de frente pra minha casa e ela me odeia.
Ana: Claro né? Depois dessa.
Brunna: Ah mais ela nem sabe e se sabe problema é dela. Não da assistência abre concorrência.
Ana: Isso ai. Brunna topa ir num lugar comigo?
Brunna: Ta onde?
Ana: A filha de uma amiga minha ta vindo pra cá e eu fiquei de ir buscar ela.
Brunna: Ta vamos. –Ela foi dentro de casa e pegou as chaves. 
Ana: Yasmin a gente ta indo buscar a Karina. Vamos?
Yasmin: Não suporto aquela garota.
Ana: Ta bom então. –Saímos de casa, ela pegou o carro na garagem. Entrei-. A gente só vai passar pra buscar a Juliane.
Brunna: Ta. –Ela entrou em uma rua e parou em frente uma casa. Ela buzinou. Devia ser a casa da Juliane era bonita. A Juliane saiu de casa e entrou no carro.
Ana: Sua mãe não vai não?
Juliane: Minha mãe saiu com o meu pai. Eles foram vê umas coisas pra casa. Oi Brunna. –Minha mãe deu partida
Brunna: Oi.
Ana: Conseguiu convencer eles a morar na casa.
Juliane: Com muito esforço consegui.
Ana: Que bom.
Juliane: Tia por que você não deixa a Brunna morar com a gente? Eu, Karina e ela?
Ana: Vocês três? A casa vai ao chão.
Brunna: Tadinha de mim. Sou um anjo.
Juliane: Só a Karina faz um estrago por si só. Ela é perturbada.
Ana: Ela é a junção do Ph com a Luísa. Tinha que dá nisso né.
Juliane: Poisé. Mas ai tia vai deixar?
Ana: Você nem sabe se ela quer.
Juliane: É claro que ela vai dizer que não. Conheceu vocês agora. Vai querer morar eternamente com vocês.
Ana: Isso é mentira.
Brunna: É. –Ri.
Juliane: A casa é do lado da casa dos seus pais. Pode ir dormir lá quando quiser. Você vai adorar a Karina.
Ana: Eu não sei. Você quer Brunna?
Brunna: Não sei. Vamos ver.
Juliane: Ai aceita logo.
Ana: A casa nem ta reformada ainda e você ta nessa agonia.
Juliane: Mais daqui 1 mês vai ta.
Brunna: Daqui 1 mês a gente ver.
Juliane: Aceita logo.
Ana: Fala com o seu pai primeiro.
Brunna: Eu não.
Juliane: Para de ser arregona. 
Brunna: Não sou. É que eu acabei de conhecer ele. Acho que agora não. Daqui um mês a gente vê flw?
Juliane: Fechou então. Qualquer coisa vai ficar como se você estivesse morando lá.
Brunna: Você quem sabe.
Ana: Essa garota.
Juliane: Ah o Guto ta querendo falar com você, mas não consegue.
Brunna: Descarregou meu celular.
Ana: Liga pra ele.
Brunna: Depois eu ligo. –Chegamos à rodoviária. Ela tava vindo de ônibus-. Ela ta vindo de onde?
Ana: Ela morava em Campo Grande.
Brunna: Ata. –O cel da Juliane começou a tocar.
Juliane: Oi Karina, ta aonde? ... Ta vem vindo pra cá que a gente vai te encontrar ... Tchau amiga. –Ela guardou o cel na bolsa-. Ela ta saindo do ônibus e mandou a gente ficar perto de onde compra as passagens do ônibus que ela ta vindo pra cá. –Fomos andando até lá. Ficamos esperando.
Ana: Olha ela lá. –Ela apontou para um figura loira totalmente perdida carregando uma mochila e duas malas rosas de rodinha com uma maleta.
Brunna: Ela é a Karina?
Juliane: É. –Ela finalmente conseguiu ver a gente. Também tinha muita gente ali.
Karina: Prima! –Ela veio correndo e abraçou a Juliane.
Juliane: Prima! Que saudades.
Karina: Tia Ana. –Elas se abraçaram.
Ana: E aí como você ta? Veio bem?
Karina: Vim sim tia, ah minha mãe mandou um beijo e pediu pra você ligar pra ela.
Ana: Sim.
Karina: Oi, sou a Karina e você? 
Brunna: Sou a Brunna, prazer. –Estendi a mão e ela me puxou pro abraço. 
Karina: Cara você é alguma coisa da tia Ana? Vocês se parecem muito.
Juliane: Liga não Brunna ela é assim mesmo. Você se acostuma com o tempo.
Brunna: De boa.
Ana: Karina ela é a minha filha.
Karina: Sua filha não era a pirralha da Yasmin?
Ana: Não essa é a Brunna.
Karina: Ah to ligada. Me lembrei agora. Minha mãe me disse umas paradas desse a um tempo. Então, já que é assim então somos primas.
Brunna: É.
Karina: E aí Juh e a parada da casa, rolou?
Juliane: Eles deixaram. Minha mãe só vai dar uma reforma na casa e a Brunna vai morar com a gente também.
Karina: Que legal. 
Brunna: Eu nem disse nada. Eu disse que ia ver.
Ana: Ela vai sim. –Fomos saindo da rodoviária e indo até o carro. Colocamos as malas da Karina no porta-malas e entramos no carro. Ela deu partida.
Brunna: Mãe!
Juliane: Ela ta com medo de pedir para o tio Polegar.
Karina: Ah ta, ele passa a mão na cabeça da Yasmin do caralho. Você tem a maior cara de anjo duvido que ele não vá deixar.
Ana: Ah não fala assim do Polegar.
Juliane: Ah tia é verdade. Yasmin chega com aquela carinha dela: “Ain pai queria tanto isso e assim e assado”. Da um ódio daquela menina.
Brunna: Cara e tu fala mal da filha da minha mãe na cara dela assim.
Ana: É verdade. Polegar é bobo. Experimenta só vai fazer todas as suas vontades. 
Karina: Eu que me dou bem. Sou filha única.
Juliane: Somos.
Ana: A pior coisa é ser filha única. Porque seus pais ficam num grude horrível com você.
Karina: Não com a minha mãe.
Ana: Ela é assim mesmo, mas te ama.
Brunna: Ah eu adorava o meu vô.
Ana: Meu pai sempre foi assim.
Brunna: É mesmo, mas ele é legal.
Juliane: Eu não conheço nenhum dos meus avôs.
Karina: Eu conheço por parte de mãe e por parte de pai. 
Juliane: Gente hoje é aniversário do Rodrigo e eu nem dei parabéns a ele.
Karina: Eu liguei pra ele hoje de madrugada. Era umas 3 horas da manhã. Ele tava dormindo.
Ana: Eu falei com ele hoje cedo. Ele teve lá em casa atrás do Galo.
Juliane: Ah Brunna você tem que ir na festa com a gente.
Brunna: Amanhã tem colégio.
Juliane: A gente vai assim mesmo. 
Brunna: Posso ir mãe?
Ana: Pode. –Chegamos em casa. Elas ficaram lá em casa.
Brunna: Mas mãe e minhas coisas?
Ana: Acho que já estão no seu quarto.
Brunna: Como trouxeram.
Juliane: O serviço é rápido. Tio Polegar manda ainda na parada.
Karina: Falar nisso cadê ele?
Ana: Deve ta por aí. Vamos lá arrumar as suas coisas. –Subimos as escadas e entramos em um quarto-. Esse quarto sempre foi seu. Ai depois de uns anos fizemos de quarto de hóspedes. Depois se quiser mudar algo é só avisar. –O quarto era legal, era parecido com o meu. Cama próximo a janela, um banheiro, um closet do outro lado do quarto. 
Juliane: Falta um enfeite nesse quarto.
Karina: É mesmo. –Tinha várias caixas espalhadas pelo quarto.
Brunna: Se eles tiverem trazido tudo acho que dá pra ficar bom.
Juliane: E você também vai morar com a gente lá na casa do lado.
Ana: Caraca essa menina cismou que vai tirar a minha filha de mim. –Minha mãe me abraçou.
Brunna: Não vai mãe.
Juliane: Ela vai sim tia. Você deixou.
Karina: É tia.
Ana: Rum’. –Começamos a arrumar o meu quarto e até que tava ficando legalzinho. Colocamos uns tapetes rosas e umas coisas femininas que ficou bem legal. O quarto era branco mesmo. Tudo tava ficando lindo. O cel da Juliane começou a tocar.
Juliane: É pra você.
Brunna: Como assim?
Juliane: É o Guto. Ele deve ta querendo falar com você.
Brunna: Me da aí. –Peguei o celular dela e sai do quarto. Sentei ao lado da porta e atendi.
Começo da Ligação.
Brunna: Guto meu lindo.
Guto: Brunna! Onde você ta garota? Sua avó ta uma pilha atrás de você. Ta um inferno a sua casa. Teu avô pegou as coisas e foi embora. Esvaziaram o seu quarto inteiro e deram até remédio pra velha não passar mal.
Brunna: É mesmo? Meu avô saiu dali também? Caralho velho que viagem.
Guto: Na boa a velha vai pirar mano. E ai o que ta rolando to aqui precisando de respostas.
Brunna: Meu pai esvaziou o meu quarto com uns amigos dele. 
Guto: Mas ai como é a sensação?
Brunna: A melhor coisa do mundo. Nossa saber quem é os meus pais, e eu tenho irmãos.
Guto: Quantos?
Brunna: Dois. Tem aquele cara que foi buscar a Juliane ontem no colégio?
Guto: Sei.
Brunna: Ele é meu irmão. O Galo.
Guto: Puta que pariu virou patroa é?
Brunna: Sei lá. –Ri-. A minha irmã ela não gostou muito de mim.
Guto: Nome?
Brunna: Yasmin, ela estuda lá na escola. Primeiro ano.
Guto: Acho que sei quem é. Moreninha, gostosinha, piercing no nariz?
Brunna: Essa mesmo.
Guto: Ata o João pegou ela hoje e disse que ela é gostosinha na cama.
Brunna: Guto me poupe de ouvir isso. Cara ela é novinha pra isso.
Guto: As novinha que faz gostoso.
Brunna: Cara é muito safado mesmo.
Guto: E se der mole eu pego mesmo.
Brunna: Mas ai quando vai vir me visitar.
Guto: Quando eu souber onde tu mora.
Brunna: Amanhã eu te trago aqui então.
Guto: Ta.
Brunna: To com saudades de você, nem te vi hoje.
Guto: Eu to bem. Ta com vidinha nova, vai esquecer de mim.
Brunna: Isso nunca. Me dá só um tempo para eu me acostumar. É tudo tão novo pra mim.
Guto: Claro minha princesa, o tempo que precisar. Amigos até na distância.
Brunna: Toujours Jeune. – Toujours Jeune quer dizer Para sempre em francês.
Guto: Sempre. Vai fazer o que a noite?
Brunna: Eu vou numa festa de aniversário com a Juliane e com uma amiga dela, nos conhecemos hoje. Ela é legal. A Juliane é minha prima.
Guto: Que mundo pequeno velho.
Brunna: Muito. Se der eu vou na sua casa hoje ainda pra te ver.
Guto: Ei Brunna não se preocupa ta tudo bem. É a sua vez de viver a vida.
Brunna: Obrigado.
Guto: Tenho que ir.
Brunna: Beijos, te amo.
Guto: Te amo.
Fim da Ligação
Voltei para o quarto. Entreguei o celular para a Juliane.
Brunna: Obrigado.
Juliane: Nada. 
Brunna: Nossa ficou muito legal aqui.
Ana: É sim.
Karina: Ta, agora eu preciso saber onde eu vou ficar.
Ana: Vai ficar aqui né?!
Karina: Onde?
Ana: No quarto do Galo ele ta na casa dele.
Juliane: Ele voltou com a mulher dele?
Ana: Sei lá deve.
Brunna: Ele tem mulher?
Karina: A própria puta.
Ana: É mesmo. Não gosto dela.
Juliane: Eu menos.
Brunna: Eu pensei que vocês dois ficassem.
Juliane: Ta doido. Só primos.
Ana: Do jeito que esses dois brigam. Nossa não dão um dia.
Juliane: Ele que começa.
Karina: É tia, a gente no webcam e ele perturbando a gente.
Ana: O Polegar ria muito. Meninas eu vou lá preparar um lanche pra vocês.
Brunna: Por que não dorme aqui Juh? A Karina também vai ficar.
Juliane: Ah ta bom. –Ficamos conversando no meu quarto e nos conhecendo. A Karina era toda maluquinha, mas era legal. Elas disseram que o Rodrigo era bem legal e bonito. Escolhemos as roupas que iríamos pra festa. A Juliane foi a sua casa buscar suas coisas. 
Eram 22 horas e fomos nos arrumar.
Fui tomar banho, depois foi a Juliane e por último a Karina. Nos maquiamos. Nós estávamos lindas.
Roupa da Brunna http://www.polyvore.com/081/set?id=65636293
Roupa da Karina: http://www.polyvore.com/007/set?id=59169550#stream_box
Roupa da Juliane: http://www.polyvore.com/094/set?id=66259328
Estávamos prontas e lindas.
Juliane: Junta aqui pra tirar uma foto. –Fomos até em frente ao espelho e tiramos uma foto.
Karina: Nossa tamo lindas. Vai pro Face.
Juliane: Claro. –Descemos as escadas. O Galo tava sentado no sofá, todo arrumado, lindo e gostoso.
Galo: Assim vocês mata o papai ein. –Rimos. Saímos de casa.
Brunna: A Yasmin não vai?
Galo: Não porque meu pai não deixou. E porque eu também não ia levar ela.
Karina: Bem feito. –Entramos no carro dele. Era lindo. Uma Vera Cruz. Ele deu partida e fomos para a casa do Rodrigo onde rolava a festa. Na rua, vários carros e motos parados e o som tomava a rua inteira. Entramos na casa dele. Fomos andando até chegar ao deck da casa. Nos aproximamos de um garoto lindo.
Juliane: Thiago! – Ela abraçou o menino.
Thiago: Oi Juh, depois quero levar um papo 10 contigo, beleza?
Juliane: Flw!
Karina: Oi Thiago. – Ela abraçou ele também.
Thiago: Oi Karina. –Ele sorriu 
Karina: To com saudade.
Thiago: Que bom. –Ela sorriu.
Galo: Já volto. –Ele saiu.
Juliane: Vem Brunna te apresentar a umas pessoas e vamos pegar umas bebidas. –Saímos andando pela festa. Fomos até onde tinha um barzinho de bebidas com um barman-. Duas tequilas.
Brunna: Eu não vou beber. –O barman colocou dois copos.
Juliane: Então só essa pra começar a noite. –Ela me deu o copo. O barman riu-. Vira. –Ela virou o copo inteiro goela abaixo-. Anda Brunna. –Virei o copo. Aquilo desceu queimando. Mas tava bom. Não era a primeira vez que bebia. Sei lá vai que os meus pais são daqueles de ficarem inspecionando se eu bebi. Minha vó era sinistra nessas coisas-. Isso aê garota.
Brunna: Vamos. –Saímos andando pela festa. A Juliane parecia conhecer todos por ali e todos vinham falar com elas.
Juliane: Meu amor. Parabéns. –Um garoto lindo se virou pra gente. Ele e a Juliane se abraçaram.
Xxxx: Agora que se lembra de mim porra?
Juliane: Ain hoje foi tão correria.
Xxxx: Valeu! Juliane. 
Juliane: Não Digo. É sério. Essa é a Brunna, minha prima. Brunna esse é o Rodrigo.
Brunna: Oi.
Rodrigo: Oi, prazer. –Ele sorriu e demos dois beijinhos no rosto-. Nossa que menina linda e cheirosa.
Brunna: Parabéns. Obrigado.
Rodrigo: Não é meu aniversário.
Brunna: Não? –Tipo que mico, fiquei com cara do Poker Face.
Rodrigo: Zoa Brunna. –Ele riu.
Brunna: Ata.
Rodrigo: Vou dá um role por aí encontro vocês mais tarde. Te vejo depois Brunna. –Ele piscou, sorriu e saiu andando.
Juliane: Que isso Brunita, arrasando o coração dos novinho. Cuidado que é safado ein.
Brunna: Boba. Percebi–Ri.
Juliane: Ta bom. Vem amiga vamos dançar. –Ela saiu me puxando para a pista de dança.
Brunna: Vamos. –Chegamos à pista de dança. Ela foi dançando. Ela dançava muito bem. A Karina chegou dançando também e foi me puxando. Fiquei no meio das duas e fomos as três até o chão. Os caras passavam e babavam. Ficavam um tempão olhando até que as meninas que estavam com eles os puxassem. Logo depois o Thiago chegou puxando a Karina. A Juliane foi com um cara lá que nem sei quem é. Eu fui tomar um ar. Passei pelo bar peguei uma Big Apple com energético. Sai da casa e fui pra rua. Sai um pouco daquela confusão de gente. Acabei encontrando com o Rodrigo. Ele tava saindo do carro. Maior carrão.
Rodrigo: Ta indo aonde sozinha?
Brunna: Tomar um ar.
Rodrigo: Ta se sentindo bem?
Brunna: To sim. –Ia andando. Ele segurou no meu braço.
Rodrigo: Fica mais aqui.
Brunna: To aqui.
Rodrigo: É de onde ein princesa? Daqui tu não é mesmo. Maior cara de patricinha, loirinha, olhos azuis. É do asfalto. Ta fazendo o que aqui?
Brunna: É, mas eu não sou patricinha. E não me chama assim. Meus pais moram aqui. 
Rodrigo: Ta bom, patricinha. –O olhei com cara feia-. Ta bom não precisa se estressar. Quem são eles? –Ele riu cínico.
Brunna: Ana e Polegar.
Rodrigo: Sério que tu é irmã do Galo?
Brunna: É, parece que sim.
Rodrigo: Ata. Ele não me disse que tinha uma irmã linda desse jeito. –Ele colocou a mão na minha nuca, ele deu um cheiro no pescoço e um beijo. Ele era muito cheiroso. 212 Men.
Brunna: Obrigado.
Rodrigo: Hoje é meu aniversário, não acha que eu mereço um presentinho não? –Ele me puxou pela cintura e tentou me beijar.
Brunna: Não Rodrigo.
Rodrigo: Por quê? –Ele sussurrou no meu ouvido.
Brunna: Não sou esse tipo de garota, se quer alguma pessoa pra passar a noite contigo eu não sou essa pessoa.
Rodrigo: Relaxa é só um beijo.
Brunna: Não é assim que funciona comigo.
Rodrigo: Patricinha cheia de nóia.
Brunna: Não é isso. –Encostei no carro e coloquei o copo no chão-. Te conheci hoje né?
Rodrigo: Namora loira?
Brunna: Nem.
Rodrigo: Que isso uma mina linda dessa sozinha.
Brunna: Pois é.
Rodrigo: K.O
Brunna: Sério. –Meu cel começou a tocar. Era o Guto.

Começo da Ligação
Brunna: Oi amor.
Guto: Oi Brunna.
Brunna: E aí ta em casa?
Guto: Duvido. To na festa de um amigo.
Brunna: É, que legal.
Guto: É mesmo, você ta por aqui?
Brunna: Como assim?
Guto: É, acho que a gente ta na mesma festa. To com a Juliane.
Brunna: Que isso ein. Ta aonde?
Guto: To no bar.
Brunna: Ta vou ir praí te encontrar.
Guto: Não, agora não. Depois.
Brunna: É me recusando assim?
Guto: Depois nós conversa.
Brunna: Ta né. 
Guto: Fica com ciúmes não.
Brunna: Nem to.
Guto: Te conheço.
Brunna: Claro me tirando de titular pra reserva.
Guto: Que isso nunca. É que no momento não né?
Brunna: Ta né? A gente se fala depois então.
Guto: Flw!
Brunna: Beijo amor. Te amo.
Guto: Beijo.
Fim da Ligação
Rodrigo: Se isso não é namorado. Coitado do chifrudo.
Brunna: Ele não é meu namorado. É meu amigo. Deve conhecer.
Rodrigo: Nome?
Brunna: Guto.
Rodrigo: Conheço tanto Guto.
Brunna: Guto Herrera.
Rodrigo: A Guto fechamento ele. Vive colando aqui.
Brunna: Sério?
Rodrigo: É. Ele é primo de um moleque aqui da área.
Brunna: Me liguei agora.
Rodrigo: Mas amigo desse jeito, que coisa ein.
Brunna: Nada a ver cara. Quem disse que um homem e uma mulher não podem ser amigos?
Rodrigo: To dizendo nada.
Brunna: Sei.
Rodrigo: Mais ai ein Brunna. –Ele apertou a minha cintura e colou nossos corpos-. Vai rolar? –Estávamos quase ficando. 
Brunna: Depois. 
Rodrigo: Ah que isso Brunna? –Ri. Voltamos pra festa. Fomos até o bar e pegamos uma bebida. Fomos dançar. Ele dançava por trás de mim, me estigando. Ele dançava bem. Dançava rebolando. Ele segurava na minha cintura e começou a beijar o meu pescoço. Ele me puxou mais pra ele. Me virei pra ele e nos beijamos. Ele beijava muito bem. Nossas línguas se tocavam. Ele tinha muita pegada. Nossa dava até calor ficar com ele. Ele beijava o meu pescoço e me deixava toda arrepiada-. Vamos subir?
Brunna: Pra onde?
Rodrigo: Vamos pra sala.
Brunna: Hum, não sei.
Rodrigo: Vem. –Fomos saindo dali e subimos as escadas. Umas garotas que estavam ali ficaram me olhando com cara de nojo. Fomos para uma sala. Era a sala de TV. Sentei no sofá. Ele fechou a porta.
Brunna: Nossa como é boa não ouvi um pouco da música da festa.
Rodrigo: Ta tão ruim assim?
Brunna: Não né?! Mas o silêncio às vezes é bom.
Rodrigo: Me calei.
Brunna: Bobo, vem cá. –Puxei ele pela mão. Ele sentou no sofá e nos beijamos. Coloquei as minhas pernas em cima da dele. Nos beijamos. Ele passava a mão na minha coxa e apertava. Passava a unha na sua nuca e arranhava de leve. Ele foi colocando a mão pra dentro da minha coxa e subindo meu vestido. Tirei a mão dele e pus na minha cintura. Continuamos nos beijando. Ele desceu com a mão boba de novo. Ele tava tirando o meu vestido.
Brunna: Rodrigo?
Rodrigo: Oi?
Brunna: Para. –Ele continuou e foi colocando a mão na minha bct- Para Rodrigo, idiota. Eu disse que não queria.
Rodrigo: Qual foi Brunna? Estragou a parada.
Brunna: Que parada Rodrigo, não tem parada nenhuma. Eu disse que não ia ser o seu lanchinho da madrugada.
Rodrigo: Que porra Brunna você achou o que? Que a gente veio pra cá pra brincar de boneca? Que você ia me contar seus segredinhos e eu ia contar os meus? Quer me fuder me beija porra!
Brunna: Ridículo. –Levantei do sofá e sai da sala. Desci às escadas.
Xxxx: Não sabe nem satisfazer um homem né patricinha. Garota se toca aqui não é o seu lugar.
Brunna: Te perguntei nada. 
Xxxx: Vê se aprende. –O Rodrigo vinha descendo. Ele parou no meio da escada. A puta tava subindo. Ela falou alguma coisa no ouvido dele. Eles subiram as escadas.
Brunna: Imbecil. –Fui pro deck.
Xxxx: Rola uma seda?
Brunna: Não. –Sai andando. Peguei uma bebida e fui para pista de dança. Eu é que não iria perder a festa porque o Rodrigo é um babaca. Não ia mesmo. 
Encontrei o Guto com a Juliane, ai tinha um amigo do Guto que tava lá na festa também. Acabou que eu fiquei com o amigo do Guto. Dancei e bebi a noite inteira. Fomos embora era umas 5 horas da manhã. O Guto deixou a gente em casa e ele foi embora. Fomos pro quarto. 
Karina: To muito cansada.
Brunna: Também, preciso dormir.
Juliane: É quero ver neguinho levantar depois para ir para o colégio.
Karina: Eu nem matriculada ainda eu to.
Brunna: Quero ir não. Eu vou ficar dormindo.
Juliane: Também. –Tomamos banho e fomos dormir.
Acordei não sabia nem que horas era. Perdi totalmente noção do tempo. Levantei da cama a Juliane dormia do meu lado e a Karina provavelmente tava no quarto dela. Olhei a hora eram 17 horas da tarde. Puta que pariu. Fui ao banheiro, fiz minha higiene matinal e tomei um banho. Coloquei um short jeans e uma blusa baby look rosa. Desci às escadas e fui à cozinha. Tava morrendo de fome. A cozinha tava cheia de homem que porra é essa? E tava rolando uma música maneira. O Galo tava lá junto com o Thiago e uns caras que nem me interessava saber quem é. E claro a Yasmin em cima deles. Aff. Os caras ficaram me olhando
Peguei um suco na geladeira e voltei pro quarto. A Juliane já tinha levantado. Ela saiu do banheiro.
Juliane: Porra quem é o filho da puta que ta ouvindo funk a essa hora da manhã? Que saco.
Brunna: Amiga são 17 horas da tarde. E o filha da puta é o Galo e os amigos dele.
Juliane: Que porra! Ele num tem casa não. Ele faz isso porque a mulher dele num gosta dessas coisas. Que merda.
Brunna: KKKKK’ relaxa. 
Juliane: Eu só não to estressada mais porque eu vou sair com o Guto.
Brunna: Ah é sério? –Saímos do quarto e Descemos as escadas-. Que lindo.
Juliane: Ele me chamou pra sair hoje à noite. Umas 20 horas ele ia vir me buscar.
Brunna: Hum Vocês dois...
Juliane: Tudo bem pra você?
Brunna: Por que não estaria?
Juliane: Sei lá vocês são amigos.
Brunna: E o que tem a ver? Eu adorei ele tava mesmo precisando de alguém pra botar ele nos trilhos.
Juliane: É sim. E o Rodrigo ein?
Brunna: Ai nem me fala nele.
Juliane: Ei o que ta rolando?
Brunna: Ele é idiota.
Juliane: Ih o que aconteceu?
Brunna: A gente tava ficando ontem.
Juliane: Vocês ficaram?
Karina: Quem ficou? –Ela sentou no meio da gente.
Juliane: Digo e Brunna.
Brunna: Antes não ter ficado.
Karina: Ele é um cara tão legal e o que deu errado?
Brunna: Ele. A gente tava ficando ai ele me chamou pra ir pra sala, no segundo andar. Ai a gente foi. Chegando lá a gente ficou ficando e tal. Ai ele começou a passar a mão em mim, querendo tirar o meu vestido. Só que antes eu disse que não era esse tipo de garota e se que ele quisesse alguma garota pra passar a noite eu não era a garota. 
Ai ta voltando, ele começou a passar a mão em mim. A querer tirar o meu vestido, eu disse que não e ele continuou e eu mandei ele parar. E parei de beijar ele. Ele ficou tirando com a minha cara, dizendo que se eu achei mesmo que eu fui pra lá pra gente ficar conversando, fez uma piadinha boba lá que eu não me lembro.
Juliane: Ah Brunna. Eu disse que ele era assim.
Brunna: Eu sei.
Karina: Ah num fica assim não amiga. Que logo você encontra um cara legal. 
Brunna: Eu num to chateada. Só foi o jeito que ele falou comigo.
Juliane: Relaxa! –Elas me abraçaram.
Karina: Vou lá falar com o Thiago, já volto.
Juliane: Vai sua puta tava doida pra ir dar pra ele mesmo.
Brunna: Deixa ela.
Karina: Piranha aqui só você. Porque você é dessas eu e a Brunna somos daquelas –Ela riu e saiu andando pela casa.
Brunna: Essa garota é uma piada.
Juliane: Ela é assim mesmo. Mas ai eu tenho que ver a roupa que eu vou sair com o Guto.
Brunna: Vão aonde?
Juliane: Ele disse que a gente ia ao cinema e depois a gente iria ver o que ia fazer.
Brunna: Ta sei.
Juliane: Ai idiota.
Brunna: Nada. –Ela me bateu com a almofada.
Juliane: Bora sair daqui. Isso daqui vai virar uma boca de fumo do cacete daqui a pouco.
Brunna: E os meus pais deixam o Galo fazer isso?
Juliane: Não né? 
Brunna: Cadê eles?
Juliane: Sei lá. –Demos de ombros e saímos de casa. Fui pra casa da Juliane com ela. Ajudei ela a se aprontar. O Guto costumava ser pontual. 
Ficamos um tempão tentando encontrar uma roupa pra ela. A Juliane era muito indecisa.
Brunna: Juh já são 19 horas.
Juliane: Vou mandar ele vir aqui pra casa então e a gente ver um filme aqui mesmo. Pelo menos não preciso me arrumar tanto assim.
Brunna: Para de bobeira Juh. Vai tomar banho que eu acho uma roupa legal pra você ta?
Juliane: Vou morrer. –Ela foi pro banheiro, tomou o banho dela. Fiquei procurando uma roupa pra ela. Eram tantas. Ficava difícil. Acabei achando algo legal. Ela se arrumou e se maquiou. Em poucos minutos o Guto chegou.
Fui pra casa, mas antes passei na sorveteira comprei um açaí e sentei na praça próxima. Peguei o meu cel e liguei pro meu avô. Ficamos um tempão conversando. Ele me contou o que aconteceu com a minha vó. E a velha surtou ontem e foi parar no hospital. Tadinha dela gente kkk’ 
Fiquei fazendo hora na praça. Passava gente o tempo todo ali. Carros com o som altos. A praça dali era bem agitada. Acabei vendo o tio Caíque do outro lado da rua e ele veio até a mim.
Caíque: Oi.
Brunna: Oi. Como ta?
Caíque: Bem e você? Curtindo a nova família.
Brunna: Muito. Só não vi os meus pais hoje.
Caíque: É, eles disseram que iriam ver as coisas da Karina lá e disseram que iriam sair. Mas iam voltar cedo.
Brunna: Ata. Lá em casa ta parecendo uma boca de fumo.
Caíque: Galo ta lá é?
Brunna: Ta sim.
Caíque: Não curte muito uma bagunça não?
Brunna: Até curto, mas num sou chegada muito a essas coisas.
Caíque: Melhor mesmo.
Brunna: Mas ai tio. Você me disse que a minha mãe tinha mais uma irmã, a Bia certo?
Caíque: Certo. Quer que eu te leve lá?
Brunna: Queria né? Mas olha como eu to? De camiseta, short, chinelo.
Caíque: Ih ela num liga pra isso não. Bora lá. Meu carro ta lá na frente.
Brunna: Bora então. –Fomos até o carro dele. Entramos e ele deu partida.
Caíque: Gostou da festa ontem?
Brunna: Você tava lá?
Caíque: Eu não. O Thiago tava.
Brunna: Aé né to ligada conheci o Thiago ontem na festa.
Caíque: É.
Brunna: E ai tio tem mais algum filho?
Caíque: Tenho 25 mil Thiago.
Brunna: Tadinho, apronta tanto assim?
Caíque: Graças a Deus saiu de casa.
Brunna: Num fala assim dele.
Caíque: Aiai. –Ele riu. Chegamos à casa da tia Bia. Acho que é a casa dela né? Saímos do carro, ele tocou a campainha. Quem atendeu foi o tio Dudu.
Dudu: Oi gente, entra aí. Brunna quanto tempo ein? –Ele tava com o filho deles no colo. 
Brunna: Oi tio. Oi fofinho. –Brinquei com o filho dele.
Caíque: Fala ai Dudu.
Dudu: Beleza?
Caíque: Sempre. E a Bia cadê?
Dudu: Ta vindo já. Foi só fazer a mamadeira pra ele. –Sentamos no sofá.
Caíque: Vim trazer ela pra conhecer a tia.
Brunna: Mas eu já conheço ela. Vi ela uma vez. Mas nem se falamos muito.
Dudu: É naquela festa. –A tia Bia apareceu na sala.
Bia: Oi Caíque. –Ela deu um beijo no rosto do Caíque-. Brunna! Quanto tempo menina. –Nos abraçamos.
Brunna: Oi tia.
Bia: Fazendo o que aqui? Minha mãe deixou você vir?
Caíque: Nem te conto.
Bia: Ah me liguei. Ana me ligou hoje cedo me contando. –O celular do tio Caíque tocou e ele saiu. O Dudu foi dando mamadeira par o filho dele enquanto eu e a Bia conversávamos. Conversamos por horas a fio. O Caíque teve que ir embora pra casa. Disse que depois iria sozinha sem problemas
Falamos sobre um monte de coisa. Fiquei brincando com o filho dela. Quando tava ficando tarde assim eu me despedi deles pra ir embora. Era meia-noite já.
Brunna: Tenho que ir tia. 
Bia: É ta tarde já. –Ela me levou até a porta-. Volta mais vezes ou vou lá visitar vocês no morro.
Brunna: Ah vai sim. Manda um beijo para o tio lá.
Bia: Ta bom. Cuidado na rua em Brunna.
Brunna: Tudo bem. –Nos despedimos e fui andando mesmo pra casa. A rua tava deserta e tava frio pra caralho. O morro não ficava tão longe assim. Mas a minha casa ficava. Entrei em um beco que dava na entrada do morro. Olhei pra trás vinha um grupo de homens vindo na minha direção. Continuei andando. Meu coração se acelerou. Apertei o passo e eles vieram mais rápido. Tava subindo as escadas que dava no morro apareceu um cara de casaco com um capuz na cabeça. Tava cercada. Tava quase chorando. Ia passar por ele. Ele segurou meu braço.
Brunna: Me solta. –Ia gritar socorro, ele tapou a minha boca.
Xxxx: Xiu ta tudo bem. –Ele me puxou para o muro do lado. Ele tirou o capuz, era o Rodrigo.
Brunna: Ai meu Deus. –Ele me olhou e do nada me beijou. Tentei bater nele, mas ele segurou meus pulsos e colocou em volta do pescoço dele, ele me puxou pela cintura. Nos beijamos. Os caras passaram, falaram alguma coisa e foram embora. Paramos o beijo-. Nunca mais faça isso comigo.
Rodrigo: Acabei de salvar sua vida e é isso que eu ouço. Um obrigado seria bom.
Brunna: Não te pedi nada.
Rodrigo: Ei botijão. –Ele gritou pra um dos caras do grupo-. Toda sua. –Ele me empurrou. O cara me olhou malicioso.
Brunna: Não Rodrigo, não faz isso comigo. Por favor.
Rodrigo: Então para de graça. Não foi o seu dia hoje botijão.
Botijão: Ah que isso Digão. Desenrola a menina ai. Depois toda tua. –Ele e os amigos deles riram.
Rodrigo: Fica na tua. Longe dela. –Eles me olharam com caras de bravos. Um deles balbuciaram que me pegavam depois. Os caras foram. O Rodrigo ia atrás deles. Só que eu o segurei. As lágrimas estavam caindo dos meus olhos-. Vem vou te levar em casa.
Brunna: Não fala mais comigo. –Sai andando.
Rodrigo: Para Brunna. –Ele me puxou pelo braço.
Brunna: Você ia deixar aqueles caras tocarem em mim. Me solta. –Ele segurava o meu pulso.
Rodrigo: Ninguém ia tocar em você ta? Eu tava brincando.
Brunna: Isso não é brincadeira.
Rodrigo: Eu sei, releva ai Brunna.
Brunna: Me deixa em paz, por favor.
Rodrigo: Pow Brunna bora conversar. Tava doido pra falar com você.
Brunna: Eu não quero falar nada com você.
Rodrigo: Porra Brunna desculpa por ontem velho. Eu num sou acostumado com essas coisas.
Brunna: Não é não Rodrigo, que parte você não tinha entendido?
Rodrigo: Pow Brunna eu sei que errei.
Brunna: E errou feio. E ainda transou depois com aquela garota. Muito arrependido você está. –Cruzei os braços e batia o pé no chão.
Rodrigo: Me dá outra chance. –Ele segurou nos meus braços de leve, me fez olhar nos olhos deles. Me imprensou na parede e passou a mão nos meus braços e parou na minha cintura-. Ein? –Ele tava quase me beijando.
Brunna: Já teve a sua, poxa Rodrigo você sabia que eu não era assim velho. Que acaba de encontrar o cara e já ta dando pra ele. 
Rodrigo: É virgem Brunna?
Brunna: Sou Rodrigo. 
Rodrigo: Desculpa Brunna, me dá mais uma chance. Eu ia falar com você hoje mais cedo, mas pensei que tu tava com raiva ainda.
Brunna: Tava com raiva.
Rodrigo: Para essa raiva de mim. Deixa eu te dar um beijo.
Brunna: Rodrigo eu já disse que não. Eu não quero você mew. Que porra chata. –O empurrei.
Rodrigo: Ah, mas é claro, porque se fosse um playboyzinho vindo lá do asfalto tu ia gostar. Claro né, é porque é favelado a patricinha não gosta. Eu to aqui querendo ficar contigo e tu não quer. Eu nunca fui disso, eu correndo atrás de uma com várias atrás de mim. Quer me fuder me beija porra.
Brunna: Isso não tem nada a ver Rodrigo, para de criar coisas onde não há. Se eu não tivesse gostado de você, não teria ficado com você e segundo se eu não gostasse das pessoas daqui eu nem estaria aqui só.
    


10 comentários: